PREFEITURA DO NATAL REALIZA MUTIRÃO PARA EXAME DE COLONOSCOPIA NO MUNICÍPIO

Em alusão à campanha Março Azul, dedicada à prevenção e tratamento do câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Natal realiza, nos dias 22, 23, 29 e 30, um mutirão de colonoscopia no município.

A colonoscopia é um exame que avalia toda a extensão do intestino grosso em busca de lesões, e pode auxiliar na descoberta do câncer colorretal. “Por ser um procedimento que precisa de um preparo antecipado, de no mínimo 48 horas com uso de medicação e restrições alimentares, esses usuários estão sendo contactados e todos os cuidados que eles devem tomar para poderem realizar o exame da melhor forma possível estão sendo explicados”, detalha Fernanda Otaviano, diretora do Departamento de Regulação Avaliação e Controle (DRAC) da SMS Natal.

Durante os quatro dias da ação, serão ofertados 120 exames de colonoscopia. Os atendimentos acontecem das 7h às 13h para pacientes de baixa e média complexidade que passaram por consultas prévias e tiveram a solicitação para realização do exame.

O câncer colorretal é caracterizado pelo surgimento de tumores no intestino grosso (também conhecido como cólon ou reto), e pode ser causado por diversos fatores, como o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas, o baixo consumo de cálcio, tabagismo e obesidade. Geralmente se desenvolve a partir de lesões benignas que crescem na parede interna do intestino grosso, é tratável se descoberto precocemente.

Fonte: Agora RN

SMS NATAL REFORÇA CUIDADOS COM A LEPTOSPIROSE NO PERÍODO CHUVOSO

Foto: Reprodução

As fortes chuvas que atingem a capital nos últimos dias podem favorecer a infecção por doenças como a leptospirose. Transmitida pelo contato com água de enchentes e esgotos com urina dos ratos contaminados, a doença tem cura, mas os sinais devem ser observados para iniciar o tratamento o mais breve possível.

A leptospirose é uma doença infecciosa causada pelo contato direto ou indireto com a bactéria Leptospira, presente na urina de animais infectados, como os ratos, por exemplo. No período chuvoso, é comum que os dejetos desses animais se misturem com a água, o que acaba por contaminá-la. Pessoas que tiverem contato com essa água podem estar suscetíveis à doença, principalmente as que apresentem arranhões ou feridas, pois as leptospiras penetram no corpo humano pela pele.

Os sintomas mais frequentes da infecção são semelhantes aos de outras doenças, como a gripe e a dengue, por exemplo. Febre, dor de cabeça, dor muscular (principalmente nas panturrilhas), falta de apetite e náuseas ou vômitos, diarreia e tosse são alguns dos sintomas na fase inicial. Nas formas mais graves, podem aparecer icterícias (coloração amarelada da pele e dos olhos); além de apresentar complicações que podem levar a óbito, por isso a leptospirose deve ser identificada e tratada a tempo.

Para se prevenir contra a doença, é importante evitar manusear água ou lama de enchentes e impedir que crianças tenham contato com essas águas. A limpeza e desinfecção de locais e objetos onde houve inundação recente pode ser feita com uma solução de um copo de água sanitária em um balde de 20 litros de água. Durante o processo de desinfecção, deve-se utilizar luvas ou sacolas plásticas que protejam os pés e mãos do contato com a água ou lama infectada. Outros cuidados incluem o combate aos ratos urbanos, realizando o descarte do lixo no local correto, o armazenamento apropriado de alimentos em recipientes com tampas, além de manter a higienização de casas e terrenos, com a intenção de evitar a proliferação dos roedores.

Caso apresente algum sintoma que possa indicar a infecção pela doença, após contato com águas de enchente ou esgoto, deve-se procurar imediatamente a Unidade Básica de Saúde mais próxima da sua residência. O diagnóstico e o tratamento são a melhor solução para evitar casos mais graves da infecção. A automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença.

COM COCEIRA E MANCHAS NA PELE, SESAP INVESTIGA POSSÍVEL NOVA DOENÇA NO RN

Foto: Reprodução

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) está investigando o possível surgimento de uma nova doença viral no Rio Grande do Norte. Os pacientes afetados apresentam sintomas como corpo empolado, manchas vermelhas e coceira intensa, mas sem febre.

O secretário estadual de Saúde, Alexandre Motta, afirmou que a doença já está circulando em Natal e que a transmissão ocorre por meio de um vírus. O alerta foi dado pelo infectologista potiguar Kleber Luz, um dos principais especialistas do país na área.

A Sesap ainda não divulgou o número exato de casos registrados nem se há grupos mais vulneráveis à enfermidade, como crianças, idosos ou pessoas com comorbidades. Para aprofundar as investigações, Motta pediu que pacientes com os sintomas solicitem a notificação da doença pelo médico responsável.

“Peça ao seu médico que faça a notificação para o setor de Vigilância da Secretaria de Saúde, para que possamos investigar essa nova doença”, destacou o secretário em vídeo publicado nas redes sociais. Ele também orientou que sejam solicitados exames para doenças exantemáticas e que as amostras colhidas sejam encaminhadas ao Laboratório Central (Lacen).

Segundo Motta, os testes laboratoriais ajudarão a determinar se se trata de uma doença já conhecida, mas com manifestações atípicas, ou de uma nova enfermidade em circulação. “O Lacen vai fazer as investigações necessárias e tentar descobrir o que está acontecendo”, explicou.

A Sesap segue monitorando a situação e orienta a população a buscar atendimento médico em caso de sintomas.

*Com informações do Portal 98 FM*

PACIENTES DO RN APRESENTAM MANCHAS VERMELHAS E COCEIRA, E SECRETARIA DE SAÚDE INVESTIGA NOVA POSSÍVEL DOENÇA   

Foto: Reprodução

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) investiga o possível surgimento de uma nova doença no Rio Grande do Norte. Os principais sintomas apresentados pelos pacientes são corpo empolado e manchas vermelhas, além de coceira intensa, sem febre.

De acordo com o secretário de Saúde, Alexandre Motta, a doença está circulando em Natal e é transmitida por vírus. Ele disse ter sido alertado sobre o assunto pelo infectologista potiguar Kleber Luz, que é um dos principais especialistas em infectologia do País.

A Sesap não confirmou quantos pacientes já apresentaram os sintomas e se há algum público mais atingido pela doença, como crianças, idosos ou portadores de alguma outra condição.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o secretário pediu para que, em caso de apresentação de sintomas, o paciente peça ao médico para que faça a notificação para o setor de Vigilância da Secretaria de Saúde, para que com isso possa ser investigada que doença é essa.

A segunda coisa é que peça ao seu médico que solicite os exames para doenças exantemáticas e encaminhe esse material colhido para o Lacen (Laboratório Central)”, afirmou Motta.

De acordo com o secretário, que também é infectologista, com as amostras, o Lacen “vai fazer as investigações necessárias e tentar descobrir se já é uma doença comum, com características diferentes, ou se isso pode ser uma nova enfermidade”.

Fonte: Portal 98FM 

ÀS VESPERAS DO CARNAVAL, BAHIA REGISTRA 1.800 CASOS DE COVID-19 E 9 MORTES   

Foto: Joá Souza/BNews

A Bahia, especialmente Salvador, está com os olhos voltados para o Carnaval, que começa oficialmente em menos de duas semanas. A capital baiana, que já recebe turistas de todos os cantos do mundo para curtir o verão e está praticamente preparada para os dias de festa, enfrenta nos bastidores um novo alerta: o aumento do número de casos de Covid-19.

De acordo com último boletim epidemiológico, publicado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) na última segunda-feira (10), a Bahia registrou 1.819 novos casos da doença até 6 de fevereiro. Desde o primeiro dia de 2025, nove mortes foram contabilizadas, sendo cinco em Salvador.

O boletim aponta que o município soteropolitano lidera o número de casos confirmados nas últimas 10 semanas epidemiológicas (2024-2025), com 772 registros. Na sequência, aparecem Juazeiro (92), Jaguarari (76), Porto Seguro e Lauro de Freitas (71) e Itabuna (60).

Conforme os dados coletados pela Sesab, as faixas etárias mais afetadas foram de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos, representando, respectivamente, 18,2% e 19,1% dos casos diagnosticados.

Em entrevista ao BNews, Márcia São Pedro, diretora de Vigilância Epidemiológica do Estado (DIVEP), explica que o aumento, registrado desde o final do ano passado, serve como um alerta, especialmente nesse período de grandes festas. Segundo a profissional, a população reduziu drasticamente a busca pelos pontos de testagem da doença, o que pode interferir diretamente nesse pico de novos casos.

As pessoas não buscam as unidades de saúde. Apresentam sintomas de gripe e ficam em casa. Hoje elas não testam, não buscam isso. Então a gente precisa manter a vigilância ativa, fortalecer a cobertura vacinal para reduzir a transmissão do vírus e evitar novos aumentos. A ampliação da testagem e a manutenção da estratégia de imunização são fundamentais para prevenir e controlar a Covid“, esclarece.

Márcia destaca que todas as variantes do coronavírus estão circulando, especialmente da linhagem Ômicron. Com a chegada do Carnaval e a aglomeração de pessoas, a Secretaria de Saúde intensifica as campanhas de vacinação e reforça os cuidados contra o vírus.

Estaremos em um evento de massa, com grande circulação de pessoas, incluindo turistas de outros estados. Sabemos que nesses locais há variantes em circulação. Então, sempre que houver aglomeração, é necessário adotar medidas preventivas para que as pessoas possam desfrutar de suas atividades de lazer de uma forma mais tranquila”, pontua.

O primeiro passo, de acordo com a diretora do Divep, é manter a carteira de vacinação atualizada para reduzir riscos de agravamento da doença, como hospitalização e internamento, e ficar atento aos sintomas. Além disso, as estratégias que já são conhecidas de tempos de pandemia, como uso de máscara e higienização constante das mãos, também são cruciais.

A Covid-19 é um vírus respiratório igual a H1N1, a Influenza. São os mesmos sintomas de uma gripe normal: congestão, dor de cabeça, febre, algumas pessoas têm distúrbios gastrointestinais. Se a gente trabalhar na prevenção, as pessoas vão adoecer menos”, diz.

Para além do Coronavírus, a diretora de Vigilância Epidemiológica do Estado alerta para outras doenças que nunca saem de moda, como outros vírus respiratórios, a dengue, lepitospirose e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

Campanha de vacinação

A cidade de Salvador segue realizando a vacinação da população contra Covid-19. A Secretaria Municipal de Saúde atualiza semanalmente os postos onde as vacinas são ofertadas, bem como o público que pode receber as doses. As informações podem ser consultadas no site da secretaria.

Fonte: BNews

MAIS AVANÇOS NA SAÚDE: CER DE SÃO GONÇALO PASSA A OFERECER ATENDIMENTO EM NEUROPEDIATRIA

A saúde em São Gonçalo do Amarante acaba de dar um passo importante! A partir desta terça-feira (11), crianças com transtornos de aprendizagem e do espectro autista podem contar com atendimento especializado em neuropediatria no Centro Especializado em Reabilitação (CER).

A novidade foi recebida com entusiasmo pela equipe do CER. O psicólogo Alberto Magnos destacou a importância da nova especialidade: “Sem dúvida, a chegada desse profissional agrega um grande valor ao serviço prestado aqui.”

Rafaela, assistente social e supervisora da unidade, também celebrou o avanço. “É um feito histórico, tendo em vista que o CER foi inaugurado sem essa especialidade. Felizmente, contamos com o apoio total do nosso prefeito Jaime Calado na melhoria da saúde.”

Com essa ampliação, o município reforça seu compromisso com a inclusão e o bem-estar da população, oferecendo um atendimento mais eficiente e acessível. O diretor do CER, Dr. Tony Davi, ressaltou a relevância do momento: “O início das atividades do núcleo de neuropediatria é um marco muito importante para toda a comunidade.”

O atendimento será conduzido pelo neuropediatra Dr. Adolfo César, que se junta à equipe do CER. “É com muita alegria que passo a integrar essa equipe maravilhosa para atender pacientes que tanto precisam dessa especialidade.”

Para as famílias, a chegada do neuropediatra representa uma conquista significativa. A dona de casa Joseane Patrícia, mãe de uma criança que precisa do atendimento, expressou sua felicidade: “Só nós, mães, sabemos o quanto é difícil conseguir essa especialidade, até mesmo na rede privada. Além de ser caro, o acesso é limitado. Graças a Deus, agora temos isso no nosso Centro.”

A psiquiatra Micheline Dantas enfatizou que, com essa nova especialidade, o atendimento se torna ainda mais completo e poderá ser ampliado. “Além das crianças com transtorno do espectro autista, dificuldades de aprendizagem e TDAH, o CER também poderá atender adultos que necessitam de cuidados psiquiátricos.”

Com essa iniciativa, São Gonçalo do Amarante avança na oferta de serviços de saúde especializados, garantindo mais qualidade de vida para quem precisa.

Fonte: Blog do BG

COREN-RN APONTA FALTA DE PROFISSIONAIS E ESTRUTURA PRECÁRIA NO HOSPITAL REGIONAL DE CAICÓ

Foto: Raiane Miranda

O Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Norte (Coren-RN) realizou uma fiscalização no Hospital Regional de Caicó e constatou falta de profissionais, estrutura inadequada e dificuldades na comunicação interna, comprometendo o atendimento aos pacientes. O presidente do Coren-RN, Egídio Júnior, relatou que a situação da unidade é preocupante, com déficit de enfermeiros e técnicos de enfermagem e ausência de infraestrutura básica.

“Há remanejamento constante de profissionais entre setores, o que prejudica a adaptação e compromete a qualidade da assistência”, afirmou Egídio. Além disso, o hospital não possui uma rede de ramais telefônicos internos, dificultando a comunicação entre as equipes. “Os profissionais precisam usar seus celulares pessoais ou se deslocar fisicamente para chamar médicos ou resolver emergências”, explicou.

A sobrecarga de trabalho aumenta o risco de erros no atendimento, especialmente em setores críticos como Sala Verde e Sala Amarela, que possuem número reduzido de profissionais para uma alta demanda de pacientes. “O tempo de resposta às emergências é afetado pela falta de estrutura, o que compromete a segurança dos pacientes”, alertou o presidente do Coren-RN.

A fiscalização também identificou falta de insumos essenciais, como materiais para banho no leito e lençóis, além de uso inadequado de materiais improvisados, o que pode aumentar o risco de infecção hospitalar. “O hospital enfrenta dificuldades no abastecimento de medicamentos e equipamentos básicos para a assistência”, destacou Egídio.

Após a visita técnica, o Coren-RN elaborou um relatório que será encaminhado à Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP). O Conselho também pretende formalizar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público para exigir providências. “Já há uma reclamação pré-processual em andamento para pressionar o governo estadual a tomar medidas”, informou Egídio.

O Coren-RN reforçou que sua atuação não inclui a fiscalização da gestão hospitalar, mas sim das condições de trabalho dos profissionais de enfermagem. Segundo o Código de Ética da categoria, os profissionais têm o direito de se recusar a trabalhar em condições inadequadas que coloquem em risco a segurança dos pacientes.

O Conselho anunciou que intensificará fiscalizações em unidades básicas de saúde na região do Seridó, podendo até determinar interdição ética em locais onde a estrutura for considerada precária. “Nosso objetivo é garantir que os profissionais não sejam expostos a condições inseguras e que a população receba atendimento adequado”, afirmou Egídio.

Além da fiscalização, o Coren-RN tem promovido ações para valorizar a enfermagem no Seridó, com aumento do número de enfermeiros na região, incentivo à capacitação profissional e realização de palestras e eventos. “Os profissionais têm buscado qualificação para aprimorar a assistência, mas precisam de condições adequadas para exercer seu trabalho”, ressaltou.

O Coren-RN também acompanha o caso das cirurgias de catarata realizadas em Parelhas, investigando possíveis falhas na esterilização dos materiais utilizados. Um relatório já foi enviado às autoridades, mas a entidade aguarda resposta do município sobre as providências adotadas. “A Justiça determinou indenizações aos pacientes prejudicados, mas ainda buscamos aprofundar a investigação para identificar responsabilidades”, explicou Egídio.

Egídio Júnior reforçou o compromisso do Coren-RN com a fiscalização e valorização da enfermagem, cobrando melhorias na infraestrutura e o reconhecimento salarial da categoria. “Precisamos que o governo implemente o piso salarial da enfermagem e adote medidas para garantir segurança e qualidade no atendimento à população”, finalizou.

Fonte: Agora RN

VACINA CONTRA HPV PREVINE CÂNCER EM HOMENS, DIZ ESTUDO

A relação entre o Papiloma Vírus Humano, ou HPV, e o câncer de colo de útero é a mais difundida, mas o vírus também pode causar outros tipos de câncer em mulheres e homens.  Um levantamento inédito feito pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia mostra que mais de 6 mil pessoas morreram em decorrência de câncer do canal anal, entre 2015 e 2023, no Brasil. A maioria dos casos desse tipo de câncer é uma consequência da infecção pelo HPV.ebcebc

A partir dos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, a pesquisa também identificou cerca de 38 mil internações pela doença nos últimos dez anos. O câncer do canal anal ainda é raro, e representa cerca de 2% dos tumores que atingem a região do intestino grosso, reto e ânus. Mas o membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, Helio Moreira, alerta que a incidência vem aumentando 4% ao ano.

De acordo com ele, há dois fatores principais para esse incremento: a diminuição do estigma a respeito do sexo anal, o que favorece a prática não somente entre homens homoafetivos, mas também entre pessoas bissexuais e heterossexuais; e o aumento da expectativa de vida das pessoas que têm HIV: “Com a melhora dos medicamentos que controlam o HIV, aumentou muito o tempo de vida desses pacientes. E mesmo tendo uma contagem de anticorpos dentro dos níveis normais, ainda assim para essa população o risco de desenvolver câncer de canal anal é maior do que para a população geral”, ele complementa.

Isso significa que a maior parte dos casos desse tipo de câncer pode ser prevenida com duas medidas simples. A primeira delas é o uso de proteção durante o ato sexual – já que essa é a principal via de transmissão do HPV. O coloproctologista Hélio Moreira destaca que isso é ainda mais importante no caso do sexo anal: “A parede da vagina é muito mais resistente a fissuras e lacerações do que a parede do canal anal. Daí o risco maior de você contrair infecções por HPV quando o sexo é anal”.

A segunda medida é a vacinação contra o HPV. Hoje o Sistema Único de Saúde oferece um imunizante quadrivalente, ou seja, que combate os quatro tipo S de vírus que mais causam doenças. Todas as meninas e meninos, entre 9 e 14 anos, devem ser vacinados, porque o imunizante tem maior efetividade se for tomado antes do início da vida sexual. Além disso, também fazem parte do público-alvo pessoas com HIV, transplantados, vítimas de violência sexual, e usuários de Profilaxia Pré-Exposição, até os 45 anos de idade.

Apesar do câncer de colo de útero ser a principal doença causada pelo HPV, a vacina também deve ser tomada pelos meninos – ou homens que se enquadrem nos grupos especiais – porque eles podem transmitir o vírus, além de ser infectados e desenvolver doenças, como o câncer de canal anal. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2022 e 2023, o número de doses aplicadas no público masculino cresceu 70%, mas desde 2014, quando a vacinação contra o HPV começou no Brasil, a proporção de meninos vacinados foi 24,2 pontos percentuais menor do que a de meninas.

Outra doença que também pode ser provocada pelo HPV é o câncer de pênis. Nos últimos dez anos, o Brasil registrou mais de 4,5 mil mortes e cerca de 22 mil internações, de acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia. Estima-se que metade dos casos seja causado por HPV, e uma das consequências mais drásticas é a amputação do pênis, realizada em cerca de 580 pessoas por ano, no Brasil.

O diretor da Escola Superior de Urologia da Sociedade Brasileira de Urologia, Roni de Carvalho Fernandes reforça que esse também é um tipo de câncer que pode ser prevenido de forma simples: “Com uma boa higiene genital e prevenindo doenças infectocontagosas sexualmente transmissíveis. E a vacinação do HPV pode diminuir aí uma incidência de 30 a 40% dos casos”.

E é essencial que a pessoa procure atendimento médico caso identifique alguma verruga na região genital: “Às vezes o homem acaba relegando, né? Uma verruga que existe há muito tempo ali no pênis pode ter o HPV e desenvolver um tumor. E a retirada dessa verruga, o tratamento dessa pele que tá machucada, pode evitar uma doença tão grave”, explica o urologista Roni de Carvalho.

Atualmente, mais de 54% das mulheres e 41% dos homens que já iniciaram a vida sexual têm algum tipo de HPV. A maioria das infecções não manifesta sintomas, e o vírus pode ser transmitido também pelo contato com a mucosa infectada por via genital, oral ou manual, mesmo sem penetração. Por isso, os especialistas defendem que a vacinação com altas coberturas é a forma mais garantida de evitar que o vírus continue se propagando.

Fonte: AGORA RN

 

 

 

 

NATAL AMPLIA VACINAÇÃO CONTRA HPV PARA PESSOAS COM ATÉ 19 ANOS

Foto: SMS/Reprodução

A Prefeitura do Natal anunciou nesta segunda-feira (3) que ampliou a vacinação contra o HPV. Antes, a vacina ficava disponível para crianças e adolescentes com idade entre 9 e 14 anos, mas agora foi ampliada para quem entre 9 anos, 19 meses e 29 dias.

O Papilomavírus Humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível (IST) e uma das principais causas relacionadas a doenças como o câncer do colo do útero, pênis, anus e boca. A vacina contra o HPV é quadrivalente e protege contra os tipos virais 6, 11, 16 e 18 (os dois últimos tipos responsáveis por cerca de 71% dos casos de câncer de colo de útero e por mais da metade dos casos de outros cânceres relacionados ao HPV).

A imunização acontece com esquema vacinal em dose única para o público-alvo de crianças entre 9 e 14 anos e agora também para jovens com idade entre 15 até 19 anos, 11 meses e 29 dias, que não receberam nenhuma dose do imunizante contra a doença.

Convidamos esses jovens a procurarem um ponto de vacinação para receberem a proteção contra o HPV, principalmente os com idade entre 15 e 19 anos que não tomaram a vacina no período em que eram público-alvo e que agora contam com essa nova chance, pois a vacinação contra o HPV é uma grande aliada no combate à infecção e traz uma proteção importante, já que o vírus da doença é responsável por alguns tipos de cânceres que mais acometem as pessoas”, reforça Veruska Ramos, chefe do Núcleo de Agravos Imunopreveníveis (NAI).

Outros públicos

Devem se vacinar também pessoas que fazem parte dos grupos prioritários para receber o imunizante, que recebem entre duas a três doses do imunizante (respeitando o intervalo e quantidade de doses indicadas para cada grupo); como portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PRR), pessoas com idade entre 15 e 45 anos que fazem uso da profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), imunocompetentes, pessoas de 9 a 45 anos que vivem com HIV e Aids; pacientes oncológicos, transplantados e vítimas de violência sexual.

Onde se vacinar

Para se vacinar, os usuários do município podem procurar uma das Unidades Básicas de Saúde, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e de 13h às 15h, ou um dos pontos extras de vacinação localizados nos Shoppings Midway Mall e Partage Norte Shopping, que funcionam de segunda a sexta-feira das 13h às 20h, e no sábado das 10h às 15h levando documento de identificação e cartão de vacina.

Fonte: Portal 98FM

ADESIVO INOVADOR DESENVOLVIDO NA ALEMANHA PROMETE REVOLUCIONAR O TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Foto: Reprodução

Pesquisadores da Alemanha desenvolveram um adesivo inovador, projetado para pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca, com o objetivo de reparar corações danificados e proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes. O dispositivo, criado no Centro Médico Universitário de Göttingen, foi recentemente publicado na renomada revista científica Nature e já foi implantado com sucesso em 15 pessoas de diferentes idades, mostrando resultados promissores.

Este adesivo, que é implantado diretamente no músculo cardíaco, ajuda a melhorar os movimentos do coração e pode beneficiar mais de 64 milhões de pessoas em todo o mundo que enfrentam algum tipo de insuficiência cardíaca. Essa condição, que causa sintomas como cansaço excessivo, ataques cardíacos, pressão alta e doença arterial coronária, afeta uma parcela significativa da população global, especialmente à medida que a idade avança.

O professor Ingo Kutschka, coautor do estudo, celebrou o avanço e a relevância dessa inovação: “Agora temos, pela primeira vez, um transplante biológico desenvolvido em laboratório disponível, que tem o potencial de estabilizar e fortalecer o músculo cardíaco”, afirmou.

Como funciona o adesivo

O adesivo é um implante biológico desenvolvido a partir de células retiradas do sangue dos pacientes, que são então “reprogramadas” para agir como células-tronco. Estas células podem se transformar em qualquer tipo de célula do corpo, sendo direcionadas para o desenvolvimento do músculo cardíaco e tecido conjuntivo. Uma vez criadas, as células são incorporadas a um gel de colágeno e cultivadas em moldes personalizados.

O adesivo, que tem o formato hexagonal e tamanho de cerca de 5 cm por 10 cm, é fixado em uma matriz e implantado no coração do paciente. Embora os efeitos terapêuticos levem de três a seis meses para serem observados, os resultados iniciais são altamente promissores, com a melhoria significativa da função cardíaca e da capacidade de contração das paredes do coração.

Os testes iniciais, realizados com macacos rhesus saudáveis, não apresentaram efeitos adversos, como batimentos cardíacos irregulares, tumores ou mortes. Para testar sua eficácia em condições mais reais, os pesquisadores também aplicaram os adesivos em macacos com uma doença semelhante à insuficiência cardíaca crônica. Os animais demonstraram uma melhoria considerável na função cardíaca.

A primeira aplicação em humanos ocorreu em uma mulher de 46 anos com insuficiência cardíaca avançada. Três meses após a implantação, o paciente estava estável e foi submetido a um transplante de coração. Durante a cirurgia, os pesquisadores notaram que os adesivos haviam sobrevivido e se integrado ao tecido cardíaco, com o desenvolvimento de um suprimento sanguíneo ao redor dos implantes.

Apesar dos resultados positivos, o processo terapêutico dos adesivos leva de três a seis meses para se mostrar eficaz, o que significa que essa tecnologia pode não ser adequada para todos os pacientes. Até o momento, 15 pacientes já receberam os adesivos, mas mais pesquisas serão necessárias para validar os efeitos a longo prazo e para resolver algumas limitações, como a maturação incompleta das células do músculo cardíaco e o fluxo sanguíneo mais lento.

Pesquisadores como a professora Sian Harding, do Imperial College London, descreveram a pesquisa como inovadora, mas destacaram a necessidade de mais trabalho para aprimorar os resultados. A professora Ipsita Roy, da Universidade de Sheffield, também reconheceu o avanço e destacou que a abordagem menos invasiva, comparada ao transplante de coração, poderia ser uma alternativa promissora para muitos pacientes.

Fonte: O Potengi