CÂMARA ANALISA PROJETO QUE OBRIGA SUS A MONITORAR IDOSOS

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A Câmara dos Deputados está discutindo o Projeto de Lei 3136/24, que propõe uma mudança no Estatuto da Pessoa Idosa. O projeto exige que as Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) entrem em contato com os idosos três meses após seu último atendimento. Se não conseguirem falar com o idoso ou houver suspeita de maus-tratos, uma assistente social deve fazer uma visita domiciliar para avaliar a situação, incluindo saúde, moradia e assistência.

O objetivo da proposta, apresentada pelo deputado Marx Beltrão (PP-AL), é combater o aumento de violência contra idosos no Brasil. Segundo ele, os maus-tratos, especialmente por familiares, têm crescido, levando até mesmo à morte em alguns casos. Em 2020, mais de 77 mil denúncias de violência contra idosos foram registradas pelo Disque 100, um aumento de 59% em relação a 2019.

Beltrão destaca a necessidade de um atendimento mais humanizado nas UAPS para garantir a segurança e o bem-estar dos idosos. O projeto será analisado por várias comissões na Câmara, incluindo as de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, Saúde, Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

Fonte: Via Certa

MUTIRÃO OFERECE EXAMES GRATUITOS DE MAMOGRAFIA PARA MULHERES DE 13 MUNICÍPIOS DO RN

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O Hospital Universitário Ana Bezerra (Huab-UFRN), em Santa Cruz, inicia nesta sexta-feira (18) um mutirão de exames gratuitos de mamografia, que deverá beneficiar mulheres de 13 municípios do Rio Grande do Norte. Ao todo, são oferecidas 360 vagas dentro da campanha Outubro Rosa.

Além das mamografias, o mutirão do hospital também oferece atividades educativas com profissionais de saúde no ambulatório do hospital, nas áreas de nutrição, mastologia, serviço social, psicologia, enfermagem, fonoaudiologia, odontologia, fisioterapia e técnica em radiologia.

Confira os municípios beneficiados:

– Japi
– Lajes Pintadas
– Santa Cruz
– São Bento do Trairi
– São José do Campestre
– São Tomé
– Boa Saúde
– Sítio Novo
– Serra Caiada
– Campo Redondo
– Coronel Ezequiel
– Tangará
– Bom Jesus

O mutirão funcionará até o dia 31 de outubro, com exceção de sábados, domingos e feriados.

De acordo com o chefe da Unidade Multiprofissional do Huab, José Ferreira Lima, o principal objetivo das ações é promover a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.

Através das atividades, buscamos informar as mulheres sobre a necessidade de realizar exames periódicos, como a mamografia, e estimular um estilo de vida saudável. Além de desmistificar o câncer de mama e criar um espaço seguro para que as mulheres compartilhem suas experiências e preocupações, promovendo um ambiente de apoio e solidariedade”, disse.

Como participar do mutirão?
Para participar do mutirão, as interessadas devem conferir a programação e se dirigir até o hospital, com os seguintes documentos:

– Cartão SUS
– RG
– Comprovante de residência

É preciso ter no mínimo 40 anos e informar que deseja realizar uma mamografia.

Fonte: G1 RN

“SUPERFUNGO” É IDENTIFICADO DENTRO DE HOSPITAL EM BELO HORIZONTE

Foto: Getty Images

Quatro casos de um “superfungo” foram confirmados no Hospital João XXIII em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.

O Candida auris foi identificado na unidade e a confirmação foi divulgada nesta semana pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

Dois dos pacientes infectados já tiveram alta: um no dia 20 de setembro e o outro no dia 2 de outubro. Outras duas pessoas contaminadas seguem internadas.

Os casos estão sendo testados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) da Fundação Ezequiel Dias (Funed). A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte também acompanha a situação.

Além das quatro confirmações, segundo a SES-MG, 24 outros casos estão sendo investigados. Outros 11 deram negativo e, entre eles, nove pacientes receberam alta e dois seguem internados.

O primeiro caso confirmado do “superfungo” no país foi em 2021. Desde então, a SES-MG monitora os casos suspeitos de infecção. De 2021 até o momento atual, foram descartados 129 casos no estado.

No mundo, o primeiro caso foi identificado em uma mulher em 2009 no Japão. Considerado um fungo emergente, ele é difícil de ser diagnosticado e pode levar a morte.

O Candida auris passou a ser chamado de “superfungo” porque é resistente a praticamente todos os medicamentos.

Segundo a SES-MG, o superfungo é altamente transmissível e capaz de colonizar rapidamente a pele do paciente e o ambiente próximo a ele.

Por isso, é importante prevenir o contato com casos suspeito e isolar os leitos dos pacientes infectados ou com suspeita de infecção.

A pasta ainda informou que o “Hospital João XXIII está seguindo os protocolos de segurança sanitária em ambiente hospitalar, e que tomou todas as medidas de controle e manejo necessárias para proteção dos demais pacientes e profissionais da unidade, como higienização das mãos, medidas de precaução de contato (uso de luvas e avental) dos casos suspeitos e testes para detecção de novos casos.”

Fonte: CNN

CRISTIANE DANTAS VOLTA A COBRAR IMPLANTAÇÃO DA LINHA DE CUIDADOS PARA MULHERES COM ENDOMETRIOSE NO RN

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A deputada estadual Cristiane Dantas voltou a cobrar da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap/RN), a criação de uma linha de cuidados para prevenir e cuidar das mulheres com endometriose no Rio Grande do Norte. A cobrança foi feita em pronunciamento na sessão plenária desta quarta-feira (16), na Assembleia Legislativa.

É um problema que muito me preocupa, a endometriose, que inclusive já promovi audiência pública para debater. Já fizemos reunião com a Sesap defendendo a criação de uma linha de cuidados para tratar deste problema que afeta muitas mulheres, mas não houve avanços“, disse.

Cristiane informou que no momento as pacientes com endometriose só podem ser atendidas na Januário Cicco, que conta com especialistas. “Mas hoje é humanamente impossível atender a demanda que surge no ambulatório, que já atende 40 mulheres por mês, mas 119 estão na fila de espera por uma consulta para diagnóstico“, informou.

A deputada acrescentou que a demanda é tão alta, que a unidade não dá conta nem para as cirurgias. “Hoje há 42 pacientes com processo judicial na fila de espera da cirurgia. São pessoas que sentem muitas dores e isso provoca um abalo na qualidade de vida. Então é preciso que essa situação seja vista com a devida atenção que merece“, solicitou Cristiane Dantas.

MINISTÉRIO DA SAÚDE INTENSIFICA AÇÕES PARA COMBATER OBESIDADE NO RN

Foto: Divulgação

O Ministério da Saúde reforçou, na última sexta-feira (11), durante o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, a importância de políticas públicas para enfrentar o avanço da obesidade no país. Através de programas de conscientização, monitoramento de fatores de risco e incentivo à adoção de hábitos saudáveis, o governo busca conter o crescimento da doença crônica que, de acordo com dados recentes, já atinge 24,3% da população adulta brasileira. Além disso, a pasta tem como meta reduzir a prevalência da obesidade para 20,3% até 2030, alinhando-se a recomendações internacionais.

A obesidade, que impacta todas as faixas etárias, está associada a sérias condições de saúde, como doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão, além de acarretar danos psicológicos, como baixa autoestima e depressão. Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, os números são expressivos: 23% dos homens e 21% das mulheres estão obesos, segundo dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

Em resposta ao crescimento constante da obesidade desde 2006, o Ministério da Saúde ampliou suas estratégias de prevenção. O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), em vigor até 2030, integra ações para controlar a obesidade e incentivar o aumento de 30% no consumo de frutas e hortaliças no país. Além disso, programas como o Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado em 2014, e o Guia de Atividade Física, de 2021, orientam a população sobre escolhas saudáveis.

A diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis, Letícia de Oliveira Cardoso, ressalta a importância do monitoramento contínuo para o sucesso das políticas públicas. “A avaliação dos indicadores nutricionais e alimentares é essencial para medir os progressos ou identificar áreas que precisam de atenção no combate à obesidade”, afirma.

A prevenção e o tratamento da obesidade no SUS são conduzidos pela Atenção Primária à Saúde (APS), que promove o acompanhamento de pacientes com sobrepeso através de equipes multidisciplinares. Casos mais complexos, como os que demandam intervenções cirúrgicas, são direcionados para outros níveis de atendimento dentro da rede pública.

Para garantir um atendimento de qualidade, o Ministério da Saúde investe na capacitação de profissionais de saúde, promovendo abordagens mais empáticas e sem estigmas, e estimula parcerias com universidades e institutos de pesquisa para aprimorar as estratégias de cuidado e prevenção. Kelly Alves, coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição, reforça que “é necessário criar políticas públicas que incentivem escolhas saudáveis e combatam a exposição da população a ambientes obesogênicos, que favorecem o consumo de alimentos ultraprocessados e o sedentarismo”.

O enfrentamento à obesidade, segundo especialistas, passa por uma combinação de educação alimentar, atividade física e políticas que protejam a população das práticas que promovem hábitos prejudiciais à saúde.

Fonte: Portal 98FM

QUASE 20 MARCAS DE CREATINA SÃO REPROVADAS POR NÃO CONTER 0% DO COMPOSTO QUÍMICO; VEJA QUAIS

 

Foto: Reprodução/ Internet

A Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) reprovou 18 marcas de creatina comercializadas no mercado, conforme o laudo deste ano, divulgado na última quinta-feira, 10 de outubro, pela entidade.

Na comparação com 2023, desta vez 21% das marcas reprovadas anteriormente foram aprovadas nesta edição da análise.

 

O estudo da associação comparou as informações constantes no rótulo dos produtos com o respectivo conteúdo das suas embalagens. No total, foram 88 produtos verificados.

O dado mais interessante do laudo foi a constatação de que dez marcas, fabricadas por quatro empresas, não continham nenhuma grama de creatina no produto. Nesta situação, uma empresa fabrica sozinha cinco das dez marcas reprovadas.

Conforme a legislação, é permitida uma variação de até 20% entre a indicação da quantidade de creatina e sua presença efetiva no produto comercializado.

Com tal critério – presença ou não de creatina no produto comercializado -, o laudo é dividido em cinco categorias: de 0% a 5%, 5,1% a 10%, 10,1% a 20%, -100% e -21% a 99%.

No primeiro caso (0% a 5%) foram 48 marcas aprovadas. Nas categorias seguintes (5,1% a 10% e 10,1% a 20%) foram 13 marcas aprovadas.

A relação de todas as marcas analisadas, aprovadas e reprovadas, pode ser conferida no site da Abenutri.

Os fabricantes já entraram com medidas judiciais contra a divulgação dos resultados.

Confira as marcas reprovadas:

  1. MUSCLE FULL
  2. SCI NUTRITION
  3. Melius Nutrition
  4. Demons Lab
  5. Wise Health
  6. Dark Dragon
  7. EVOLUTION NUT.
  8. PROSIZE
  9. NFT Nutrition
  10. TRIBE NUTRITION
  11. Muscle Pharm
  12. Iron Tech Sports
  13. INTLAB    Power Creatina
  14. IMPURE NUTRITION
  15. GENERIC LABS
  16. GENERIC LABS
  17. Cellucor
  18. AGE

Fonte: Agência Brasil

VACINA CONTRA HANSENÍASE SERÁ TESTADA EM 54 VOLUNTÁRIOS NO BRASIL

Foto: Fernando Frazão

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)será responsável por liderar um teste clínico histórico para a saúde pública mundial: uma etapa do desenvolvimento de uma vacina contra a hanseníase. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na segunda-feira (14) a realização dos testes em humanos, e, se a pesquisa obtiver as respostas desejadas, esse pode ser o caminho para a população brasileira contar com uma vacina gratuita contra a doença.

Candidata a ser a primeira vacina contra a hanseníase, a LepVax foi desenvolvida pelo Access to Advanced Health Institute (AAHI), instituto americano de pesquisa biotecnológica, sem fins lucrativos. Com a moderna tecnologia de subunidade proteica, a vacina teve testes pré-clínicos promissores contra a bactéria Mycobacterium leprae, causadora da doença.

Antes de chegar a etapa de estudos em humanos no Brasil, que contará com 54 voluntários, a vacina já teve sua segurança demonstrada em testes em 24 pessoas sadias nos Estados Unidos. O estudo mostrou a segurança da vacina, sem nenhum registro de evento adverso grave. Também apontou imunogenicidade, ou seja, capacidade de estimular a resposta imunológica.

Com o teste no Brasil, os pesquisadores vão poder observar os efeitos da LepVax em um território com transmissão da hanseníase. O Brasil concentra 90% dos casos da doença no continente americano e também é o segundo país do mundo em número de notificações da doença, atrás apenas da Índia. Em dez anos, de 2014 a 2023, foram quase 245 mil novas infecções, segundo o Ministério da Saúde. Apenas em 2023, foram registrados 22.773 novos casos.

Portanto, considerando o cenário epidemiológico do país, os pesquisadores acreditam que possivelmente o sistema imunológico de grande parte dos brasileiros teve contato anterior com micobactérias, o que pode influenciar na resposta à vacina.

A chefe do Laboratório de Hanseníase do IOC/Fiocruz, Roberta Olmo, destaca que a realização do ensaio clínico da LepVax no instituto da Fiocruz reflete o grau de maturidade alcançado ao longo de anos de trabalhos pioneiros do laboratório, que permitiram conquistar o reconhecimento da comunidade científica nacional e internacional.

“A eliminação sustentada da hanseníase enquanto problema de saúde pública requer uma vacina. Neste cenário, a LepVax surge como uma vacina profilática e terapêutica, que poderá contribuir para as metas de controle da doença”, afirma ela.

O enfrentamento da hanseníase está no escopo do Comitê Interministerial para Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Determinadas Socialmente (Cieds), instalado em junho. O grupo de nove pastas é liderado pelo Ministério da Saúde para buscar soluções contra doenças negligenciadas, muitas vezes associadas à pobreza e a outros determinantes sociais.

Para a hanseníase, as metas incluem a interrupção da transmissão em 99% dos municípios, a eliminação da doença em 75% dos municípios e a redução de 30% do número absoluto de novos casos com incapacidade física aparente no momento do diagnóstico até 2030.

Três doses

O Instituto Oswaldo Cruz vai avaliar a segurança e a imunogenicidade da vacina, além de investigar o uso de duas formulações diferentes da vacina, com baixa e alta dose de antígeno. Para isso, os participantes serão divididos aleatoriamente em três grupos: dois receberão a vacina, sendo um com dose baixa e outro com dose alta; e o terceiro grupo receberá o placebo, que é uma solução salina, sem efeito biológico.

Cada um dos participantes receberá três doses da aplicação correspondente ao seu grupo, com 28 dias de intervalo. Depois disso, eles serão acompanhados por um ano. Para participar, é preciso ter entre 18 e 55 anos, boas condições de saúde e não estar grávida. Além disso, os voluntários não podem ser pessoas que já tiveram a doença ou contato próximo com pacientes com hanseníase.

O dermatologista e pesquisador do Ambulatório Souza Araújo, Cássio Ferreira, explica em, texto divulgado pelo Instituto Oswaldo Cruz que a segurança da vacina será avaliada através do acompanhamento clínico e de exames laboratoriais. “Nos Estados Unidos, o resultado foi muito positivo, sem nenhum evento adverso de maior gravidade. As reações registradas, como dor no local da injeção, cansaço e dor de cabeça, são comuns em imunizações. Essa primeira demonstração de segurança foi fundamental para a pesquisa avançar.”

O Instituto Oswaldo Cruz foi escolhido como centro clínico responsável pelos testes e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) é o patrocinador do ensaio clínico. O projeto da LepVax é financiado pela entidade filantrópica American Leprosy Missions (ALM), dos Estados Unidos, que lidera o desenvolvimento da vacina desde 2002. O estudo no Brasil também tem financiamento do Ministério da Saúde e do fundo japonês Global Health Innovative Technology Fund (GHIT Fund). A Fundação de Saúde Sasakawa, do Japão, é parceira da pesquisa.

Fonte: Agência Brasil

POPULAÇÃO DE MÉDICOS QUASE DOBRA NOS ÚLTIMOS 14 ANOS

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Um levantamento divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que o Brasil quase duplicou o número de médicos nos últimos 14 anos, passando de 304 mil, em 2010, para cerca de 576 mil, em 2024. Os dados fazem parte do estudo Demografia Médica no Brasil divulgado nesta terça-feira 15, em Brasília.ebcebc

O painel revela que nenhum estado registrou diminuição da quantidade de médicos ou da densidade médica nesse período. Porém, ao avaliar os índices de razão de médicos por mil habitantes, o quadro ressalta as disparidades socioeconômicas e de infraestrutura de saúde nas diferentes regiões do país.

Enquanto unidades da federação economicamente mais desenvolvidas apresentam um número significativo de médicos a cada mil habitantes, outras sofrem com a escassez desses profissionais de saúde, em especial nas cidades do interior.

O Distrito Federal, que conta com 6,3 médicos a cada mil habitantes; Rio de Janeiro, com 4,3 a cada mil; São Paulo (3,7); Espírito Santo (3,6); Minas Gerais (3,5) e Rio Grande do Sul (3,4) estão acima da média nacional que é de 3,07 profissionais a cada mil habitantes.

Por outro lado, estados como Amazonas, com média de 1,6 médico a cada mil habitantes; Amapá, com 1,5; Pará, com 1,4; e Maranhão, com 1,3 apresentam as menores razões de médicos por mil habitantes, embora, com destaca o Conselho Federal de Medicina, tenham mostrado evolução superior a 67% nos últimos 14 anos. Em 2010, o Amazonas tinha 0,97; o Amapá contabilizava 0,87; o Pará possuía 0,83; e o Maranhão, 0,65.

“Apesar desse quadro mostrar o aumento significativo da presença dos profissionais no país, o CFM entende que se mantém o cenário de desigualdade na distribuição por conta da fragilidade de políticas públicas que estimulem a migração e fixação em áreas distantes ou de difícil provimento”, disse o CFM.

Em números absolutos, São Paulo registra a maior quantidade de médicos do País, com 166 mil profissionais registrados. Em seguida, aparecem Minas Gerais, com 72 mil; Rio de Janeiro, com 70 mil e Rio Grande do Sul, com 37 mil. Já as unidades da federação como menor quantitativo são o Amapá, com 1,1 mil; Roraima, com 1,2 mil; Acre, com 1,5 mil; e Tocantins, com 4,3 mil.

“O levantamento também mostra que as capitais concentram 23% da população do país, mas agrupam 52% dos médicos. Os municípios do interior somam 77% da população do Brasil, porém dispõem de 48% dos médicos”, disse o CFM.

A capital com o maior número de médicos é Vitória (ES), que registra 18,7 médicos por mil habitantes. Em contrapartida, a média do interior do estado é de somente 2,25. Na sequência vem Porto Alegre (RS), cuja média é de 11,85 médicos para cada mil pessoas, contra 2,26 observada no interior do estado gaúcho.

“Na outra ponta, Roraima apresenta um dos exemplos mais extremos dessa concentração, com 97% dos médicos localizados em Boa Vista. A capital abriga 65% dos aproximadamente 640 mil habitantes do estado”, aponta o CFM.

Para o presidente do CFM, José Hiran Gallo, os dados mostram a necessidade de políticas públicas focadas na redistribuição de médicos pelo território nacional, com o objetivo de minimizar as desigualdades regionais no acesso à saúde. Ele também destaca a necessidade de programas de formação de profissionais voltados para as necessidades específicas de cada região.

“É imprescindível o desenvolvimento de uma política de recursos humanos robusta para a assistência ao SUS, enfatizando a criação de incentivos atrativos aos profissionais para sua fixação em regiões com maior dificuldade de provimento”, observa.

Fonte: Agência Brasil

COOPMED-RN ANUNCIA PARALISAÇÃO DE MÉDICOS EM HOSPITAIS ESTADUAIS DEVIDO À ATRASO SALARIAL

Foto: Adriano Abreu

A Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed-RN) informou que os médicos cooperados que atuam na rede pública de saúde, por meio da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), irão paralisar parcialmente suas atividades em diversos hospitais do estado, nesta quarta-feira (16). A medida foi tomada devido ao atraso no pagamento dos honorários referentes ao mês de maio de 2024, que ainda não foi efetuado pelo Governo do Estado.

A paralisação afetará importantes unidades de saúde, incluindo o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, o Hospital Dr. José Pedro Bezerra (Santa Catarina), o Hospital Regional do Seridó (Caicó), o Hospital Giselda Trigueiro, o Hospital Dr. João Machado, o Hospital Alfredo Mesquita (Macaíba) e o Hospital Cleodon Carlos de Andrade (Pau dos Ferros).

De acordo com a Coopmed-RN, os serviços serão suspensos de forma parcial a partir das 7h desta quarta-feira, em conformidade com as diretrizes estabelecidas pela cooperativa. A ação afeta mais de 300 médicos cooperados que atuam nas escalas desses hospitais.

Em nota, enviada nesta terça-feira (15), a Coopmed-RN reforça que encaminhará aos profissionais envolvidos as orientações detalhadas sobre como será executada a paralisação nos respectivos hospitais.

Nota na íntegra:
A Cooperativa Medica do RN – Coopmed-RN informa que os médicos cooperados que atuam na SESAP irão paralisar os serviços nos seguintes hospitais: Walfredo Curgel, Pedro Bezerra (Santa Catarina), Hospital Regional do Seridó (Caicó), Ciselda Trigueiro, Dr. João Machado, Alfredo Mesquita (Macaíba) e Cleodon (Pau dos Ferros). A paralisação ocorre em virtude da falta de pagamento dos honorários referentes ao mês de maio de 2024 que até o presente momento não foi confirmado pelo Governo do Estado

Diante dessa situação, a diretoria da Coopmed-RN informa o início de uma paralisação parcial dos serviços a partir das 7h da quarta-feira, 16 de outubro, em conformidade com as diretrizes da Cooperativa.

Nesta terça-feira, 15 de outubro, serão enviadas as normativas detalhadas sobre como será feita a paralisação aos mais de 300 médicos envolvidos nas escalas dos hospitais mencionados acima.

Fonte: Tribuna do Norte

SINMED-RN: ESTADO PRECISA DOBRAR NÚMERO DE LEITOS PÚBLICOS EM UTI

Foto: Magnus Nascimento

Os leitos de UTI no Rio Grande do Norte estão em proporção inferior ao que é dimensionado pelo Ministério da Saúde. É o que aponta o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN), Geraldo Ferreira, que avalia que são necessários mais leitos no Estado para suprir a demanda constante de pacientes.

Há uma proporção de 2,2 leitos leitos de UTI para 10 mil habitantes no serviço público e no RN essa média fica em torno de 1,5. Ou seja: há um déficit de leitos ainda visível. Se compararmos com o setor privado, que tem uma média de 4,5 leitos para 10 mil habitantes, essa diferença é ainda mais gritante. É necessário ao Estado uma complementação de vagas, tanto que o Estado mantém contratos com alguns hospitais privados para fornecimento de leitos, como o Rio Grande, Memorial e Hospital do Coração”, avalia Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed-RN.

Tomando com base a média nacional já há um déficit considerável em torno de 80 a 100 leitos e se formos tomar a média do setor privado precisaríamos praticamente dobrar o número de leitos de UTI no RN”, acrescentou Geraldo Ferreira.

Fonte: Blog do BG