[VÍDEO] PESSOAS FORMAM FILAS PARA ‘VENDER A ÍRIS’ POR CRIPTOMOEDA

 

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Dezenas de pessoas estão formando filas, em diversos pontos de São Paulo, querendo vender uma imagem da própria íris – a do olho, mesmo – a Tools for Humanity, empresa digital de Sam Altman, criador do ChatGPT.

O valor? R$ 600, R$ 700… Pode variar um pouco, porque o pagamento é feito com Worldcoin, uma criptomoeda da própria empresa que está coletando os dados. E como toda moeda digital, ela pode valorizar ou desvalorizar.

Segundo o chefe de operações da empresa, Rodrigo Tozzi, uma das possibilidades é diferenciar humanos de robôs.
“Existem diversas formas de o projeto ser rentabilizado no futuro. A mais óbvia é vender o acesso dessa ferramenta para outras plataformas, então vamos pensar, por exemplo, numa rede social. Imagine que uma rede social queira garantir que determinados comentários ou que apenas humanos possam participar, postar conteúdo e comentar naquela rede. Este é um serviço que pode ser vendido pelo protocolo, e, dessa forma, essa rede social garante que apenas humanos e não robôs participem.”

Miguel Lannes Fernandes, especialista em tecnologias emergentes, e Álvaro Martins, professor de Cibersegurança e IA da FGV, ressaltam que a coleta de íris levanta questões sobre privacidade.

“Ela é passível de vazamento de dados. Qualquer uma é, porque 100% seguro não existe. Esse é apenas um problema. A gente está falando de risco, e esse é um controle social. Controle do cidadão. Nossos dados valem tudo, e quando a gente está falando de IA, do combustível da Inteligência Artificial, são dados. Outro problema é vazar dado e alguém se passar por mim. A gente conhece várias histórias de se apropriarem de CPF, de documento, de passaporte dos outros, então imagina se for uma coisa digital. E o que eu vejo como mais grave é o acesso a todos os dados”, afirmou Miguel Lannes.

A GloboNews entrou em contato com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que disse que já pediu e recebeu as informações da empresa responsável por essa leitura da íris, e que instaurou um processo de fiscalização.

Fonte: Globo News

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