POLÍCIA NÃO INDICIA NINGUÉM POR MORTE DE MULHER COM TRAUMA NA CABEÇA DEIXADA POR NAMORADO EM HOSPITAL NA GRANDE NATAL

Foto: Cedida

A Polícia Civil concluiu o inquérito e não indiciou ninguém pela morte da vendedora Ana Carla Roque, de 35 anos de idade, ocorrido em julho do ano passado. Ana foi deixada pelo namorado e por um amigo dele no Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, com traumas no corpo e no crânio – os dois saíram da unidade e não voltaram mais.

De acordo com a equipe médica que atendeu a vendedora no hospital, o namorado de Ana disse que ela teria sofrido os ferimentos ao ter pulado do carro em movimento, versão que a família nunca acreditou. A mulher chegou ao hospital em parada cardiorrespiratória e não foi possível reanimá-la.

Ana Carla morreu no hospital por volta das 5h do dia 28 de julho, mas os familiares só souberam da morte dela na tarde daquele dia, após contato das autoridades.

A equipe de saúde do hospital havia informado que o namorado deixou a unidade dizendo que estava saindo para avisar a mãe de Ana sobre o que tinha acontecido, o que não ocorreu.

A assistente social disse que recebeu minha menina no hospital e que ela já estava falecida. Eu perguntei o que foi [que tinha acontecido], e ela me disse: ‘Foram dois caras deixar ela no hospital dizendo que iam atrás da senhora e voltavam, só que eles saíram de lá e não voltaram mais‘”, relembrou Maria da Conceição Alves, mãe de Ana Carla.

Horas antes de morrer, segundo a família de Ana Carla, a vítima estava em uma festa na praia de Pirangi, em Parnamirim. Nas redes sociais, ela gravou momentos na festa. Segundo a família, ela havia começado o namoro há cerca de um mês.

Investigação
A investigação ficou por conta da Delegacia de Nísia Floresta. Segundo disse o delegado Bruno Leonardo, que investigou o caso, à Inter TV Cabugi, os depoimentos e perícias feitos apontaram que a queda do carro representou um cenário possível para a morte da vendedora.

Entre as lesões encontradas, foram escoriações no joelho, rosto da vítima, pernas e região escapular, que são condizentes aparentemente com o que foi descrito sobre o acidente: de que a vítima teria, de fato, caído do veículo e que a sua causa morte teria sido o traumatismo cranioencefálico com hemorragia“, disse.

A investigação apontou ainda que não houve sinais de agressão dentro do veículo.

Tivemos intimações e oitivas de diversas testemunhas, inclusive da pessoa que estava acompanhando a vítima e o investigado do carro. Também solicitamos perícia no veículo investigado, onde foi encontrado mancha de sangue“, pontuou.

No entanto, essas perícias, após ser questionado ao Itep, os peritos criminais informaram que não havia sinais de espargimento [espalhamento], ou seja que não haviam indicativos de que houve agressões dentro do veículo investigado e que está envolvido no suposto acidente“.

Com a conclusão, o inquérito será enviado para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.

Fonte: g1 RN

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