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O tradicional desfile das escolas de samba de Natal acontecerá nos dias 7 e 8 de março, iniciando às 19h na Avenida Duque de Caxias, localizada no bairro Ribeira. Entre fantasias e imensas alegorias, 12 escolas divididas em dois grupos disputarão o título de campeã de 2025.

Este ano, o tema será “Natal de braços abertos para a alegria”, no qual as escolas participantes montarão seu enredo e homenagens exclusivas. As escolas serão avaliadas através de uma comissão julgadora composta por dez membros especialistas nas áreas a serem avaliadas, incluindo critérios como: bateria, samba-enredo, evolução, fantasia, alegorias e comissão de frente, além dos aguardados Mestre-sala e Porta-bandeira.

Dentre as 12 escolas participantes, 8 serão premiadas do 1º ao 4º lugar, tanto no Grupo A quanto do Grupo B. O valor da premiação está orçado em R$ 195 mil, sendo distribuído com base na colocação. De acordo com a secretária de cultura, Iracy Azevedo, todas as escolas de samba também foram beneficiadas com um apoio financeiro de R$ 295 mil ao todo.

“As escolas giram a economia criativa com aquisição de insumos, ocupação de mão de obra e geração de renda. Inúmeros profissionais são contratados para fazer grandes desfiles, com grandes enredos. Entre tantos profissionais que são utilizados, citamos do carnavalesco ao ‘empurrador’ de alegorias; do figurinista à costureira; do compositor do samba enredo aos músicos da bateria; o aderecista, o pintor artístico, profissões que se envolvem na construção do desfile”, ressaltou Iracy ao falar sobre o investimento nas escolas de samba.

Entre os profissionais que fazem esse evento acontecer, Larissa Lira, ativista cultural e membro da Liga Das Escolas de Samba do RN, começou na Escola de Samba Balanço do Morro aos 15 anos, como porta-bandeira, e há 25 anos participa do movimento das escolas de samba. “As escolas de samba são manifestações culturais que representam nossa identidade, a identidade do povo brasileiro. Somos guardiões de uma tradição e de toda representatividade, não só do carnaval mas de toda nossa ancestralidade”, ressaltou Larissa.

Carlos Alberto, conhecido no meio carnavalesco como “Di Carlo”, já trabalha com escolas de samba há 60 anos, participando de diversos blocos não apenas em Natal, mas também em outros estados do Brasil, como São Paulo e Rio de Janeiro. Ele conta que não é fácil ser carnavalesco na cidade potiguar: “As escolas de samba de Natal, quase nenhuma tem sede, trabalham nas próprias casas, nas residências dos diretores. E é isso que fazemos. O que podemos fazer é ajudar nesse sistema, é ajudar o carnaval do Natal com essas dificuldades”.

Apesar disso, ele ressalta a união das escolas de samba de Natal: “Eu tenho amizade com todos, os diretores, os presidentes, os vice-presidentes, carnavalescos, somos todos unidos. E em Natal todo mundo é unido, graças a Deus. Tem picuinhas, umas coisas, mas a gente se dá bem.”

O desfile das escolas de samba é aberto ao público e dividido em dois grupos:

Escolas do Grupo B (dia 7):

Imperatriz Alecrinense;

Batuque Ancestral;

Confiança no Samba;

Grande Rio do Norte;

União do Samba.

Escolas do Grupo A (dia 8):

Balanço do Morro;

Malandros do Samba;

Em Cima da Hora;

Águia Dourada;

Acadêmicos do Morro;

Asas de Ouro;

Império do Vale.

Fonte: Tribuna do Norte