ESQUEMA COM CARTÕES CLONADOS CAUSA PREJUÍZOS EM NATAL; GOLPE USAVA ESTORNO PARA DESVIAR DINHEIRO

Imagem: Reprodução/Internet

Um esquema de fraudes com cartões de crédito clonados foi alvo de uma operação realizada nesta terça-feira (15), em Natal. Três pessoas são investigadas por envolvimento direto em crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

A operação foi deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e contou com apoio da Polícia Militar. De acordo com as investigações, o golpe funcionava por meio da simulação de compras com dados de cartões clonados, utilizando links gerados em um aplicativo de pagamentos de uma instituição bancária nacional. Após a transação ser concluída, os valores eram rapidamente transferidos ou sacados.

O esquema explorava o mecanismo de chargeback, que permite ao titular do cartão contestar uma compra e solicitar o estorno do valor. Com isso, os criminosos conseguiam lucrar antes que a fraude fosse detectada pelo verdadeiro dono do cartão ou pela instituição financeira.

As ações resultavam em prejuízo duplo: para os bancos, que arcam com o estorno, e para os clientes, que frequentemente têm seus perfis bloqueados e incluídos em cadastros de inadimplentes até que a situação seja regularizada.

Lavanderia suspeita de ser usada para lavar dinheiro

Entre os investigados, está um casal proprietário de uma lavanderia, que é suspeita de ter sido usada como fachada para ocultação e movimentação de recursos ilícitos. Outro homem, também residente em Natal, teria movimentado mais de R$ 100 mil em transações suspeitas, indicando atuação ativa no esquema.

Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos. Foram apreendidos cartões bancários, celulares e outros equipamentos eletrônicos, que agora serão periciados para aprofundar a apuração.

A investigação teve início em 2021, após uma denúncia anônima, e deve continuar nos próximos dias para identificar possíveis novos integrantes do grupo e rastrear o destino do dinheiro desviado.

Fonte: Tribuna do Norte

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