LOJAS TRADICIONAIS EM NATAL E JOÃO PESSOA ESTÃO SENDO FURTADAS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Foto: Ilustrativa
Marca tradicional em Natal, João Pessoa e região, a Casa do Estudante tem sofrido com furtos praticados por crianças e adolescentes. Tanto que, na última semana, todas as unidades da loja foram vítimas de ações criminosas e não restou outra coisa que não gravar um alerta para os pais desses jovens.
O caso foi destaque no Jornal das 6, da 96 FM Natal. Por meio de vídeo divulgado no Instagram da Casa do Estudante, o porta-voz da instituição afirma que as crianças e adolescentes, que estariam sendo motivados por trends, tipos de campanhas nas redes sociais.
Segundo o porta-voz da loja, em uma única semana, todas as unidades da marca foram alvos de pequenos furtos. A reportagem que o porta-voz cita diz respeito a hastag “clepto”, que incentiva jovens a furtar e compartilhar seus crimes com termos como “colheitas” e “mirtilagens”. Os furtos, geralmente, são realizados em perfumarias, farmácias, papelarias, supermercados e lojas de departamento.
É importante destacar que, no brasil, o furto — definido como “subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel” — é classificado como crime, conforme o código penal, e pode resultar em pena de reclusão de um a quatro anos, além de multa.
TREND NAS REDES SOCIAIS
Embora a tendência não seja exclusivamente brasileira, marcando presença também em países como Espanha e Estados Unidos, as “mirtilagens” têm gerado repercussões inusitadas por aqui. Com mais de 100 mil visualizações no YouTube, uma música chamada “Clepto Girls” fala sobre as garotas do movimento, que geralmente furtam roupas e lingeries rendadas, itens da cultura japonesa (como mangás), ursos de pelúcia e produtos de skincare. Alguns itens, como objetos da Hello Kitty e brinquedos da linha Sylvanian Families, são verdadeiras tendências entre elas. “Me chamam de problema, mas quem vai julgar, se é tão fácil pegar e sair sem pagar?”, diz a letra da música, que tem inspirado coreografias no TikTok.
Ao Estadão, Camila (nome fictício) conta que o movimento #clepto começou no X (antigo Twitter). Segundo ela, antes da suspensão da rede social, os posts sobre furtos eram ainda mais frequentes, e algumas pessoas se tornaram conhecidas justamente por isso, ganhando o status de veteranos ou, em alguns casos, de “clepto mommy” (algo como “mamãe clepto”). Camila também relata que a maioria dos participantes têm entre 13 e 20 anos e não enfrenta dificuldades financeiras, pertencendo majoritariamente à classe média alta. “No meu caso, comecei a furtar depois de ver outras pessoas fazendo. Os posts me deram segurança, parecia algo fácil”, contou Camila, que preferiu não revelar sua idade, mas afirmou estar respondendo à reportagem diretamente da escola.
Fonte: Portal 96FM