CASAL DE IDOSOS SE REENCONTRA APÓS 40 ANOS E VIVE ROMANCE NA 3ª IDADE: ‘ELE PEDIU MINHA MÃO’

Foto: Reprodução

Imagine conhecer alguém na juventude, conviver, perder contato por 40 anos e, todas essas décadas depois, já na terceira idade, reencontrar essa pessoa. Apaixonar-se. Noivar, planejar casamento. Juntar filhos, netos e bisnetos numa família só.

A arte até poderia imitar, mas esse é o roteiro original das vidas de Aldemir Ferreira, de 74 anos, e Raimundo Nonato Sales, de 80 – história que contamos aqui, hoje, para celebrar o Dia Nacional do Idoso, fixado em 1° de outubro.

Cearenses do interior, os dois conviveram por anos sem a menor intenção de romance. Ela casada, ele também. Ela madrinha da filha dele, ele padrinho de um dos filhos dela. Ela de Cedro, ele de Limoeiro do Norte. Famílias amigas, unidas, e nada além disso.

Na época, quando os meninos eram pequenos, até uns 10 anos, era tudo junto: eles iam lá pra casa, nós pra deles. Mas cada um tinha seu companheiro, nunca pensamos em nada disso”, garante Aldemir, em entrevista.

A cearense permaneceu casada durante 30 anos, até se divorciar do esposo em 2001. Mais de uma década, ele passou a ser vizinho dela, e faleceu vítima da Covid em 2020. Ao longo de toda essa linha do tempo, Aldemir – que se define como viúva – não se relacionou com mais ninguém. Destino que mudaria em 2023.

No ano passado, fiz uma visita à minha afilhada, filha dele, e convidei pro aniversário de 101 anos da minha mãe, que seria no interior. Ele, que é viúvo, foi pra festa com a minha afilhada, e lá começamos”, conta, com a fala costurada por sorrisos.

Fonte: Blog de Daltro Emerenciano

CNJ ORGANIZA MUTIRÃO PARA REVISAR PRISÕES POR PORTE DE MACONHA APÓS DECISÃO DO STF

Foto: Pixabay

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) prepara um mutirão para verificar prisões decretadas pela Justiça e que ferem o entendimento fixado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que descriminalizou o uso de até 40 gramas de maconha.

A ação está prevista para ocorrer durante todo o mês de novembro. Os juízes vão analisar processos que envolvam pessoas condenadas “por adquirir, guardar, ter em depósito, transportar ou trazer consigo, para consumo pessoal a substância cannabis sativa em quantidade de até 40 gramas ou seis plantas fêmeas”.

Isso vale para casos de quem foi submetido a processo administrativo disciplinar pela prática de falta grave. Atualmente, há cerca de 65 mil processos de falta grave, incluindo por outros motivos, como tentativa de fuga, briga, posse de celular, entre outros.

Foi determinado que cada tribunal avalie caso a caso se a falta envolve pose de drogras e se existem os requisitos previstos para afastar a natureza penal da infração, como estabeleceu o Supremo.

Serão revisados processos de condenados que estão em regime fechado ou semiaberto. Os juízes devem avaliar, por exemplo, se além da quantidade das drogras, há outros elementos que possam identificar se o caso trata de uso ou tráfico de drogas.

Os mutirões também vão analisar prisões por crimes sem uso de violência ou grave ameaça ou penas de multa preventivas com duração maior que um ano.

Publicação do acórdão
Nesta sexta-feira (27), o Supremo publicou o acórdão com o resultado do julgamento. Em junho, o STF decidiu que o porte de até 40 gramas de maconha vai ser um parâmetro para determinar se a pessoa é um usuário ou um traficante.

A decisão estabeleceu critérios mais claros para a polícia e para aplicação das penas. A abordagem vai seguir o mesmo procedimento: portar maconha continua sendo um ato ilícito. A pessoa pega com a droga será revistada e conduzida para a delegacia. A maconha, apreendida.

Quem portar até 40 g de maconha ou seis plantas fêmeas da droga para uso pessoal será enquadrado como usuário. A planta fêmea produz flores com grande quantidade de canabinoides, especialmente o THC, o principal composto psicoativo da maconha.

Depois da apreensão, a droga será enviada para análise no instituto de criminalística. Se não houver indicativo de que a maconha era para venda, o que caracteriza o tráfico de drogas, a pessoa será obrigada a comparecer em um juizado especial criminal. Ela não responderá a inquérito e nem será fichada.

O juiz vai determinar a pena de advertência e comparecimento a curso educativo. Se a Polícia Civil encontrar indícios de que a pessoa estava vendendo a maconha – como o uso de balança de precisão e anotações com contatos de usuários –, não importa a quantidade, haverá investigação pelo crime de tráfico.

A regra aprovada pelo Supremo vale até que o Congresso Nacional estabeleça novos critérios de diferenciação entre usuário e traficante.

Fonte: Blog do BG

INFLUENCER QUE SE CASOU CONSIGO MESMA MORRE APÓS CAIR DE APARTAMENTO

Foto: Reprodução

A influenciadora turca Kübra Aykut, que viralizou com um vídeo no qual ela se casou consigo mesma, morreu após cair do 5º andar de um prédio em Istambul.

A queda aconteceu em 23 de setembro. Nesta segunda-feira (30/9), a People divulgou que ela não resistiu aos ferimentos. Ela tinha 29 anos.

As autoridades locais investigam a morte trágica da influenciadora para entender se foi um acidente ou se Aykut se jogou do edifício. Alguns relatos indicam que a influenciadora deixou um bilhete detalhando as lutas pessoais.

Fãs e seguidores da jovem turca expressaram choque e tristeza com a notícia e deixaram comentários nos últimos vídeos postados por Aykut. A publicação mais recente de Aykut no TikTok foi feita em 7 de setembro. No Instagram, a última postagem é do dia 20.

No TikTok, ela somava mais de 1 milhão de seguidores e, no Instagram, mais de 226 mil. No YouTube, tinha mais de 24,6 inscritos no canal. A Wixir Creative, agência de mídia social turca que representava Aykut, compartilhou homenagens a ela no Instagram após a notícia da morte.

Nós nunca esqueceremos você, nós sempre vamos ficar esperando você entrar por aquela porta de repente”, diz um dos posts.

O vídeo no qual ela se casa com ela mesma foi publicado em dezembro de 2023. A turca se vestiu de noiva e fez uma festa para familiares e amigos. “Como não vejo ninguém como digno de mim, decidi me casar sozinha e tomei medidas para que isso acontecesse”, contou na ocasião. “Tive um lindo casamento com meus amigos. Nós nos divertimos muito, espero que vocês tenham se divertido também.”

Fonte: Metrópoles

BETS NÃO AUTORIZADAS SERÃO SUSPENSAS A PARTIR DESTA TERÇA-FEIRA (1º)

Foto: Joédson Alves

As bets (empresas de apostas eletrônicas) que não pediram autorização para operar no país terão as atividades suspensas a partir desta terça-feira (1º). A suspensão valerá até que a empresa entre com um pedido, e a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda conceda a permissão.

Segundo o Ministério da Fazenda, o prazo de dez dias foi concedido para que os apostadores resgatem o saldo dos sites não autorizados a continuar em funcionamento no país.

Os sites não autorizados continuarão a ser acessados até 11 de outubro, quando serão retirados do ar pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

De outubro a dezembro só poderão continuar funcionando os sites autorizados e que já estavam atuando. Segundo o Ministério da Fazenda, as empresas suspensas poderão fazer o pedido a qualquer momento, mas irão para o fim da fila.

Confira a lista das empresas
A lista das empresas que fizeram o pedido está disponível na página do Sistema de Gestão de Apostas do Ministério da Fazenda (Sigap).

Fonte: Ponta Negra News

[VÍDEO] ROGÉRIO MARINHO ANUNCIA LICITAÇÃO DA ADUTORA DO AGRESTE

Obra vai beneficiar diretamente 38 municípios e atender mais de 500 mil pessoas com oferta de água regular

 

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O senador Rogério Marinho (PL), ex-ministro do Desenvolvimento Regional, anunciou nesta segunda-feira (30) a publicação do pregão eletrônico no valor de R$ 515 milhões para início da construção da adutora do Agreste, a partir do primeiro trimestre do próximo ano (2025).

Venho trazer essa excelente notícia, pois é uma obra extremamente importante que nós trabalhamos, planejamos e gestamos enquanto ministro do Governo Bolsonaro e que finalmente está sendo implementada no governo atual, pela ação do nosso mandato que alocou o recurso e priorizou essa ação que vai beneficiar todo Agreste Potiguar. Vamos acabar de uma vez por todas com a falta de água que sempre assolou aquela região”, destacou o senador.

Enquanto ministro, em 2021, Rogério Marinho foi o responsável, junto com sua equipe técnica, pelos estudos e recursos do projeto técnico da nova adutora. O estudo foi concluído no início de 2023. No mesmo ano, já no atual Governo, pela ocasião da elaboração do Orçamento Geral da União para 2024, o senador Rogério Marinho articulou, pela indicação do seu mandato, a emenda de bancada direcionada para a obra.

“Através do nosso mandato de senador (Rogério Marinho) e negociamos com o relator e colocamos R$ 45 milhões que estão sendo consignados para o início dessa primeira fase da obra”, destacou Rogério.

Sobre a Adutora
A Adutora do Agreste vai beneficiar diretamente 38 munícipios e mais de 500 mil potiguares, que terão melhoria na sua qualidade de vida através da oferta de água com regularidade. A primeira etapa da construção, com captação no Rio Guaju, em Pedro Velho, vai atender: Montanhas, Nova Cruz, Santo Antônio, Serrinha, Canguaretama, Pedro Velho.

Em seguida, diretamente, Boa Saúde, Lagoa D´Anta, Gameleiras, Passa e Fica, Santa Cruz, São José de Campestre e Serra de São Bento; e de uma forma indireta os municípios de Barcelona, Bom Jesus, Campo Redondo, Coronel Ezequiel, Espirito Santo, Ielmo Marinho, Jaçanã, Japi, Lajes Pintada Lagoa de Pedras, Lagoa dos Velhos, Lagoa Salgada, Monte Alegre, Passagem, Rui Barbosa, Santa Maria, São Bento do Trairi, São Paulo do Potengi, São Pedro, São Tomé, Elói de Souza, Serra Caiada, Sítio Novo, Tangará e Várzea, que terão maior oferta hídrica em função da redistribuição da água oriunda das adutoras Monsenhor Expedido e Espírito Santo.

NIKOLAS FERREIRA PROCESSA SOBRINHO DE DILMA APÓS BRIGA SOBRE RELÓGIO

Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) decidiu processar o candidato a vereador em Belo Horizonte Pedro Rousseff (PT), sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff, por danos morais.

Nikolas acionou Pedro na Justiça após o sobrinho de Dilma postar um vídeo nas redes sociais dizendo que o deputado bolsonarista teria adquirido um relógio de luxo da marca Cartier, no valor de R$ 40 mil.

No vídeo, Pedro Rousseff também acusa Nikolas de não declarar o relógio à Justiça Eleitoral nas eleições de 2020, quando o bolsonarista foi eleito vereador por Belo Horizonte.

Na ação, o deputado do PL acusa o sobrinho de Dilma Rousseff de “fake news”. Nikolas nega que o relógio seja da marca Cartier. Segundo ele, o objeto é de outra marca e custou R$ 210,89.

Verifica-se claro intento de não só difamar o autor, como também de confundir a população em uma criação de contextos e eventos que em nada se condizem ou se traduzem em nexo de ilegalidade, malferindo a honra de Nikolas”, afirmam os advogados do deputado no processo.

Na ação, Nikolas pede que Pedro Rousseff apague o vídeoe poste uma retratação em suas redes sociais. O bolsonarista solicita ainda uma indenização de R$ 40 mil por danos morais.

Fonte: Blog do BG

[VÍDEO] GUSTTAVO LIMA DIZ TER SIDO PEGO DE SURPRESA COM DECRETO DE PRISÃO, MAS GARANTE ESTAR TRANQUILO

 

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“>Em live realizada na tarde desta segunda-feira (30/9), o cantor Gusttavo Lima afirmou ter sido pego de surpresa com o decreto de sua prisão. Ele contou que, quando soube, estava com a família nos Estados Unidos.

“Meu telefone tocou. ‘Ó, tem um mandado de prisão pra você’. Você fica meio assim… mas por dentro, super tranquilo. Fui pego de surpresa”, declarou ele.

Fonte: Metópoles

TRAÍDA, ESPOSA DE JOGADOR DO CITY PEDE R$ 109 MILHÕES PARA REATAR RELAÇÃOTRAÍDA, ESPOSA DE JOGADOR DO CITY PEDE R$ 109 MILHÕES PARA REATAR RELAÇÃOTRAÍDA, ESPOSA DE JOGADOR DO CITY PEDE R$ 109 MILHÕES PARA REATAR RELAÇÃO

Foto: Matt McNulty/Getty Images

Annie Kilner, esposa do lateral Kyle Walker, do Manchester City, fez uma grande exigência para reatar seu casamento.

Após ser traída diversas vezes pelo jogador, a modelo exigiu metade da fortuna do marido, avaliada em aproximadamente 30 milhões de libras (cerca de R$ 219 milhões na cotação atual). As informações são do jornal britânico The Sun.

Como esposa de Walker, Annie tem direito a R$ 109 milhões em caso de divórcio. Entretanto, ela estaria exigindo esse valor antecipadamente. Segundo fontes, a modelo não quer correr o risco de perder parte deste dinheiro para Lauryn Goodman, amante e mãe de dois dos filhos de seu marido.

O valor permitiria ao jogador do Manchester City voltar a morar na casa da esposa com os quatro filhos. Ainda segundo o The Sun, Walker já estaria em contato com advogados para acatar o pedido de Kilner.

A relação entre Kyle Walker e Annie Kilner
O relacionamento entre Kyle Walker e Annie Kilner é marcado por idas e vindas. Em 2019, o casal se separou. Na época, eles já tinham três filhos juntos.

Enquanto estavam separados, a influenciadora britânica Lauryn Goodman anunciou estar grávida do jogador.

Após um tempo, o casal reatou o relacionamento. Enquanto Annie estava grávida do quarto filho, Lauryn também anunciou estar esperando um bebê de Walker. Na ocasião, o lateral do City chegou a pedir desculpas publicamente para a esposa.

Desde então, a relação entre os três é conturbada. Em janeiro deste ano, a imprensa inglesa divulgou que Goodman teria contado a amigos que tinha a intenção de acabar com o casamento do jogador.

Fonte: CNN Brasil

UMA TONELADA DE COCAÍNA EMBAIXO DA CAMA: INVESTIGAÇÃO DA BBC ENCONTRA INGLÊS SUSPEITO DE CASO QUE LEVOU BRASILEIROS INOCENTES À PRISÃO

Foto: Arquivo Pessoal/Daniel Guerra

Para Daniel Guerra, velejador brasileiro que aspirava a viajar pelo mundo, aquele anúncio de emprego era um sonho que estava a ponto de se tornar realidade. O anúncio dizia que o proprietário de um iate britânico procurava ajudantes de convés para levar seu barco do Brasil para a Europa — uma das grandes viagens oceânicas do mundo.

Não haveria salário, mas todas as despesas seriam pagas e, o que era ainda mais importante, Daniel acumularia milhas e parte da experiência necessária para alcançar seu maior objetivo. “O meu sonho na época era me tornar capitão de barcos e ir trabalhar na Europa“, lembra Daniel, hoje com 43 anos.

Ao ler o anúncio, postado na internet por uma agência de recrutamento de velejadores, ele conta à BBC que se sentiu “superfeliz, supercontente“.

E as coisas pareciam ainda melhores quando Daniel e seu colega Rodrigo Dantas, que também havia sido contratado para o trabalho através do mesmo anúncio online, conheceram o seu novo empregador britânico.

Eles temiam que se tratasse de um ricaço esnobe ou um influencer posando de uma vida de luxo, um tipo mandão. Mas que nada. George Saul era uma figura sorridente e simpática, pouco afeita às formalidades. Os velejadores, segundo ele, podiam até chamá-lo pelo seu apelido: “Fox” (raposa, em português).

Eu costumava trabalhar em alguns barcos e os donos eram velhos, superexigentes, supergrosseiros e falavam comigo de cima para baixo“, conta Rodrigo, 32, à BBC. “Ele [Fox] era supereducado, supersorridente e alegre.

Fox passou até no teste de aprovação dos exigentes pais de Rodrigo, que estavam preocupados com seu filho fazendo uma viagem tão longa em um barco que pertencia a um completo estranho, e pediram para conhecê-lo pessoalmente. Eles gostaram do jeitão do britânico.

Ficaram sabendo que Fox havia trazido o Rich Harvest para o Brasil para reformas e buscava uma tripulação para navegar o veleiro de volta à Europa. Além dos novatos, Rodrigo e Daniel, haveria mais dois, incluindo um capitão qualificado.

[Parecia] uma pessoa acima de qualquer suspeita. Tranquilo, educadíssimo“, lembra João, pai de Rodrigo.
Mas, no fim das contas, os pais de Rodrigo não foram os únicos que quiseram verificar se tudo estava nos conformes a bordo do veleiro Rich Harvest. No último porto antes de partir do Brasil, a polícia em Natal passou cerca de seis horas procurando drogas no iate, com a ajuda de um cão farejador. No entanto, eles não encontraram nada.

Naquele momento, os velejadores brasileiros pensaram que se tratava apenas de uma verificação de rotina. Eles já tinham ouvido falar de cocaína plantada em barcos e agora, pelo menos, imaginavam que estava tudo limpo.

Foi minha primeira viagem internacional [marítima]. Eu imaginei: quando a gente viaja no aeroporto, a gente também passa por uma inspeção, até mesmo alguns cães farejadores trabalham no aeroporto também“, conta Rodrigo. “Pra mim, era como uma busca de rotina.

Essas preocupações passavam longe quando a tripulação embarcou em sua jornada épica em 4 de agosto de 2017, com o litoral brasileiro desaparecendo lentamente atrás do veleiro.

Com Daniel e Rodrigo, havia mais um tripulante, um brasileiro (com quem a BBC não conseguiu contato e que, por isso, não será nomeado) e um capitão francês. Fox, por sua vez, havia voltado para a Europa de avião dois dias antes.

Estava um dia lindo, tempo perfeito, sol“, lembra Daniel, que publicou uma mensagem de agradecimento a Fox em sua página no Facebook. O texto dizia: “A vida nos dá oportunidade e irmãos. Sou muito grato pela chance, Fox.

Após duas semanas de viagem, o veleiro apresentou problemas no motor, obrigando-os a parar em Cabo Verde, um arquipélago próximo da costa da África.

Mas mais uma vez, Daniel e Rodrigo conseguiram ver as coisas pelo lado positivo. O país é um paraíso turístico, e Fox disse que lhes enviaria dinheiro para que aproveitassem as ilhas enquanto os reparos eram feitos em uma marina local.

Assim, Daniel não se preocupou quando outros policiais chegaram para revistar a embarcação. “Eles não encontraram nada no Brasil“, pensou consigo mesmo, “também não vão encontrar nada em Cabo Verde.

Mas os policiais cabo-verdianos foram mais meticulosos do que os seus colegas brasileiros, usando equipamentos especiais para cortar e expor o interior do barco.

Escondida debaixo de fundos falsos, eles encontraram cerca de 1,2 tonelada de cocaína – com valor estimado em £100 milhões (mais de R$ 600 milhões) pelo preço de mercado praticado nas ruas da Europa. Foi uma das maiores operações de apreensão de droga de Cabo Verde.

Eu não podia acreditar na hora. Só conseguia chamar o Fox de filho da p*“, lembra Daniel. “Eu estava furioso, não conseguia aceitar o que estava acontecendo, sabe?

Daniel diz que percebeu imediatamente que sua situação era ainda mais delicada porque parte das drogas estava escondida em um fundo falso que ficava justamente no quarto dele: “Não é brincadeira. É uma tonelada de cocaína embaixo da tua cama, né? (risos).

Os brasileiros foram detidos e levados para a prisão. Em março de 2018, a tripulação foi a julgamento em Cabo Verde.

Durante o julgamento, eles argumentaram ser totalmente inocentes. Os acusados insistiram que nunca tinham ouvido falar de Rich Harvest ou de seu dono até responderem ao anúncio de emprego. Apesar disso, eles foram condenados a dez anos de prisão cada um.

Mas se a quantidade de droga apreendida era impressionante, a Polícia Federal do Brasil, que também monitorava o caso, considerava que o “peixe grande” tinha escapado.

Para a polícia brasileira, o cabeça da operação era Fox, cujo veleiro tinha sido objeto de uma informação passada pela Agência Nacional de Combate ao Crime (National Crime Agency, NCA) do Reino Unido antes da saída do veleiro do Brasil.

Mas as coisas pareciam – momentaneamente – estar mudando.

Em agosto de 2018, Fox foi preso na Itália, e as autoridades brasileiras entraram com um processo de extradição para que ele fosse enviado ao Brasil para responder às acusações no caso. Mas a papelada chegou tarde demais, e Fox foi libertado – para grande frustração do delegado brasileiro André Gonçalves.

Gonçalves, que atua na Bahia e investigava o caso, temia que o britânico desaparecesse e se convertesse em fugitivo.

O delegado conta que sua equipe havia mantido Fox e Rich Harvest sob vigilância no Brasil por um bom tempo. A polícia brasileira acredita que as “reformas” que foram realizadas no barco tinham em parte o objetivo de instalar compartimentos secretos na embarcação. As autoridades brasileiras acreditam que as drogas foram carregadas antes de os velejadores brasileiros serem contratados.

Gonçalves admite que, em um primeiro momento, desconfiou que os quatro velejadores também estariam envolvidos.

Se uma pessoa está em um barco cheio de drogas, você acha que essa pessoa deve ter algo a ver com isso“, diz.
Mas acrescenta que, ao investigar seus antecedentes, não encontrou nada que os ligasse previamente ao mundo das drogas ou a Fox.

Quanto mais fundo eu ia, ainda não conseguia encontrar uma conexão. Mas, ao mesmo tempo, isso fortalecia as evidências que tínhamos contra o Fox.

As declarações de inocência dos velejadores também foram reforçadas por uma fonte inesperada: o britânico Robert Delbos, o homem que, segundo a polícia brasileira, teria coordenado a reforma do barco.

Delbos, 71 anos, foi condenado por tráfico de drogas no Reino Unido em 1988 e cumpriu pena de prisão de 12 anos. Ele tentou contrabandear 1,5 tonelada de maconha para o país.

Antes de Rich Harvest partir do Brasil, policiais sob as ordens de Gonçalves observaram Delbos supervisionando o início das reformas do veleiro.

Inicialmente, suspeitaram que se tratasse da instalação de compartimentos secretos na embarcação, e por isso entraram com um processo de extradição na mesma época em que pediram a extradição de Fox.

Delbos passou alguns meses em uma prisão de segurança máxima no Brasil aguardando julgamento, mas alegou que as drogas também haviam sido colocadas no barco em um momento posterior, sem o seu conhecimento.

Ele foi absolvido após a Justiça decidir que não havia elementos para comprovar que ele sabia dos planos de traficar as drogas.

Em entrevista à BBC, Delbos afirmou que até mesmo os traficantes de drogas possuem códigos de ética, e que Fox os havia violado ao ludibriar os velejadores e usá-los como mulas, sem que eles soubessem, em vez de contratar contrabandistas profissionais.

Isso é ultrapassar totalmente o limite. Isso não se faz. Ele (Fox) era um homem estúpido e ganancioso. Em vez de pagar a tripulação direitinho e contratar contrabandistas profissionais, ele contratou quatro caras inocentes“, disse.
À medida que cresciam as dúvidas sobre a culpa dos velejadores, suas famílias iniciaram uma campanha pela sua libertação, que ganhou corpo e deu visibilidade ao caso no Brasil.

Em 2019, a Justiça de Cabo Verde anulou as condenações, e os brasileiros finalmente puderam voltar para casa. Fox, por sua vez, voltou para o Reino Unido e nunca foi julgado.

Aos 41 anos, Fox vive em uma casa nos subúrbios de Norwich, no leste da Inglaterra, cidade onde cresceu, frequentou a faculdade e se tornou um exímio velejador amador, habituado a explorar a variada costa do Condado de Norfolk. Ele é empresário e dono de uma empresa imobiliária.

Em março do ano passado, Fox fazia parte de uma associação empresarial local. Em suas redes sociais, chegou a publicar uma foto posando ao lado do então prefeito da cidade, James Wright (é importante ressaltar que não existe nenhum elemento para sugerir que o prefeito tivesse conhecimento das acusações contra Fox).

A BBC abordou o empresário quando ele chegava a um hotel de Norwich para um café da manhã organizado semanalmente pela associação empresarial da qual fazia parte. Fox se recusou a comentar sobre Rich Harvest e o sofrimento causado aos velejadores inocentes.

Questionado sobre as alegações de que seria um traficante de drogas, respondeu: “Não sou“.

Um porta-voz da agência britânica de combate ao crime, NCA, disse que se a polícia brasileira ainda quiser levar o caso adiante, terá de entrar com um pedido de extradição.

O Ministério da Justiça do Brasil afirmou que não comenta casos individuais.

Enquanto isso, Rodrigo Dantas e Daniel Guerra estão tentando reconstruir suas vidas no Brasil, tendo há muito tempo abandonado seus sonhos de se tornarem capitães de barcos.

Rodrigo conta que, ao voltar para casa, teve dificuldades para encontrar trabalho como velejador, porque potenciais empregadores continuaram desconfiando de sua inocência.

Daniel afirma que suas ambições prévias de dar a volta ao mundo em um veleiro “ficaram trancadas em Cabo Verde“. Ele diz que perdeu a capacidade de confiar nas pessoas, uma qualidade vital para superar os percalços de uma longa viagem oceânica.

Mesmo agora, diz que ainda se pergunta quem era realmente Fox – aquele britânico “bacana” a quem se sentiu tão grato, cujo anúncio de emprego virou sua vida de cabeça para baixo.

Daniel diz que “gostaria muito de ver a justiça ser feita“, mas não deseja encontrar Fox nunca mais.

Fonte: G1

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA PODEM USAR IA PARA TRABALHAR EM CASA

Foto: Voiceitt

A inteligência artificial (IA) está transformando o mercado de trabalho, especialmente para pessoas com deficiência. Um exemplo de inovação nesse campo é a empresa israelense Voiceitt, que desenvolveu uma tecnologia de reconhecimento de fala para indivíduos com deficiências na comunicação, causadas por condições como paralisia cerebral, Parkinson e Síndrome de Down.

IA que Entende Fala Não Padronizada
O Voiceitt utiliza IA para criar modelos personalizados de voz, permitindo que pessoas com fala atípica possam se comunicar de forma mais eficiente com outras pessoas e dispositivos digitais. O sistema, lançado em 2021, funciona como um tradutor de voz, convertendo a fala não padronizada em áudio compreensível. Para treinar a IA, os usuários gravam cerca de 200 frases simples.

A tecnologia inicialmente tinha como foco a comunicação presencial, mas foi adaptada para o trabalho remoto, com integrações em plataformas populares como WebEx, Zoom, Microsoft Teams e ChatGPT, além de uma extensão para o Google Chrome que transforma fala atípica em legendas exibidas na tela.

Inclusão no Mercado de Trabalho Remoto
Para a cofundadora da Voiceitt, Sara Smolley, a acessibilidade no ambiente de trabalho remoto é crucial. A tecnologia permite que pessoas com fala não padronizada usem comandos de voz para escrever e-mails, redigir documentos e navegar na internet, expandindo as oportunidades de emprego e promovendo inclusão digital.

O software pode ser adquirido por licenças de uso que variam entre US$ 20 e US$ 50, tornando-se uma ferramenta acessível tanto para empresas quanto para instituições de educação e saúde.

Desafios e Futuro da Tecnologia Assistiva
Apesar dos avanços, ainda há desafios a serem superados. Colin Hughes, defensor da acessibilidade e usuário do Voiceitt, destaca que, embora o aplicativo seja preciso, ele ainda carece de funções como controle de cursor por voz e reconhecimento de ditado para textos longos. Ele sugere que o setor de tecnologia assistiva precisa de melhorias para atender de forma mais ampla às necessidades de profissionais com deficiência.

Privacidade e Segurança
Com o uso de IA, a privacidade é uma preocupação legítima. Smolley afirma que a Voiceitt segue rigorosos padrões de proteção de dados, em conformidade com a União Europeia, garantindo que os dados dos usuários sejam anonimizados e usados para melhorar os algoritmos da empresa.

Fonte: Ponta Negra News