HOMEM EM SITUAÇÃO ANÁLOGA À ESCRAVIDÃO É TATUADO COM INICIAIS DE PATRÕES

Foto: Auditoria-Fiscal do Trabalho/Divulgação

Um homem e uma mulher transgênero foram resgatados de condições análogas à escravidão em Planura, no Triângulo Mineiro. Além de jornadas exaustivas e violência física e psicológica, o homem teve o corpo tatuado com as iniciais dos patrões. O esquema, que mirava pessoas LGBTQIAPN+ em situação de vulnerabilidade, foi desarticulado pela Auditoria-Fiscal do Trabalho de Minas Gerais em operação.

“Eles se apresentavam como salvadores, mas eram algozes”, disse um auditor-fiscal sobre os três empregadores presos — um contador de 57 anos, um administrador de 40 e um professor de 24. As vítimas, uruguaias, foram atraídas por anúncios no Facebook e Instagram com falsas promessas de moradia, alimentação e estudo.

Vítima de trabalho escravo é tatuada com iniciais de patrões auditoria MPT

O homem trabalhou por quase uma década como doméstico sem registro ou salário. “Além das agressões, ele foi marcado como propriedade”, relatou uma fonte da operação, referindo-se às tatuagens com as iniciais dos patrões. Imagens íntimas dele foram feitas sem consentimento e usadas como ameaça.

A mulher transgênero enfrentou condições degradantes e sofreu um AVC durante o trabalho, segundo a Auditoria-Fiscal. “Era um clima de terror. Qualquer resistência resultava em mais violência”, afirmou um integrante da equipe de resgate.

A ação teve apoio da Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho e da Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da UNIPAC. As vítimas recebem atendimento psicológico e jurídico na Universidade Federal de Uberlândia.

Fonte: Agora RN

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