JOVEM MORRE APÓS SER FERIDO POR PEIXE-LEÃO NO LITORAL DO RN

Foto: Pixabay/churananngm

Um jovem de 26 anos morreu afogado neste fim de semana enquanto pescava no município de Grossos, na região Oeste do Rio Grande do Norte. A vítima foi identificada como Thiago Rodrigues, morador da comunidade de Manibu, em Icapuí, no Ceará. Segundo a Polícia Militar, o jovem foi ferido por um peixe-leão, espécie marinha venenosa e invasora, antes de se afogar.

De acordo com informações da Polícia Militar, Thiago foi ferido enquanto pescava e continuou no mar, mas acabou se afogando em seguida. Seu pai, que o acompanhava na embarcação, presenciou a tragédia. O Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep/RN) confirmou que a causa da morte foi afogamento.

O jovem mergulhador pode ter se afogado em decorrência da toxina presente nos espinhos dorsais do peixe, que é potente e capaz de provocar dor intensa, inchaço, paralisia temporária e, em alguns casos, reações sistêmicas mais graves, como dificuldade respiratória e perda de consciência. Essas reações podem comprometer a capacidade da vítima de se manter na superfície da água, especialmente se ela estiver mergulhando ou nadando no momento do contato, o que pode levar ao afogamento.

Espécie Invasora

O peixe-leão é uma espécie originária do Pacífico Sul e do Oceano Índico, com habitat natural em áreas de recifes de coral, especialmente no Mar Vermelho. Em seu ambiente de origem, a população é naturalmente controlada por predadores como tubarões, garoupas, moréias e barracudas. No entanto, desde que chegou ao Brasil em 2020, a espécie tem se espalhado rapidamente por não possuir predadores naturais na região.

População do animal está em crescimento e preocupa especialistas

O primeiro registro do peixe-leão no litoral potiguar foi feito em 2022. Desde então, cerca de 300 exemplares já foram avistados em águas do estado, segundo dados da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A presença crescente do animal preocupa autoridades ambientais e especialistas, tanto pelos riscos ao ecossistema marinho quanto pela ameaça direta à vida humana.

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