Foto: Reprodução/Redes Sociais
Na manhã desta quarta-feira (25), trabalhadores e trabalhadoras da saúde do estado do Rio Grande do Norte realizaram um protesto em frente ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) para denunciar as péssimas condições de trabalho, a precariedade da infraestrutura e o déficit de profissionais. O SVO, que é um dos dois serviços responsáveis por atender toda a população do estado, enfrenta sérios problemas estruturais.
Durante a manifestação, os servidores foram surpreendidos com a presença de policiais militares, enviados a mando do governo Fátima Bezerra. Segundo os policiais, a intenção era verificar se o protesto era pacífico. No entanto, para o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde (Sindsaúde/RN), essa ação foi interpretada como uma tentativa de intimidação e assédio, visto que a manifestação tinha o objetivo de expor as más condições enfrentadas pelos trabalhadores no local.
Os servidores relatam que a estrutura do SVO apresenta graves problemas, como mofo nas paredes, equipamentos danificados por infiltrações, falta de exaustores e geladeiras com temperatura inadequada para a conservação dos corpos, o que gera um odor fétido em todo o prédio. Esses problemas não apenas afetam a saúde dos profissionais, mas também dos familiares que frequentam o local e dos moradores da vizinhança.
“Seria bom que as autoridades do governo viessem aqui para acompanhar uma necrópsia, aí eu duvido que eles não se sensibilizassem com essa situação”, desabafou um servidor durante o protesto.
Além disso, os manifestantes denunciaram um suposto boicote por parte da direção do SVO. Segundo os trabalhadores, uma diretora sem competência técnica estava absorvendo as demandas para evitar a interrupção dos serviços durante o protesto.
A manifestação faz parte da paralisação de 24 horas realizada pelos profissionais da saúde, aprovada em assembleia da categoria. A principal pauta inclui a melhoria das condições de trabalho, da infraestrutura do SVO, e a incorporação de insalubridades para todos os servidores da saúde.
Fonte: O Potengi