REBECA ANDRADE É EXALTADA EM SEGUNDA PARTE DO DOCUMENTÁRIO DE SIMONE BILES: “ELA NÃO É HUMANA”
Foto: Alexandre Loureiro/COB
A segunda parte do documentário “O Retorno de Simone Biles” estreou nesta sexta-feira (25), na Netflix, com bastidores e detalhes da disputa acirrada por medalhas na Olimpíada de Paris. Grande parte do último episódio da série trata da rivalidade da norte-americana com a ginasta queridinha dos brasileiros: Rebeca Andrade, a maior medalhista do Brasil em Jogos Olímpicos.
Rebeca é tratada, por comentaristas, treinadores e pela própria Biles, como a principal rival da norte-americana. Há quem diga que Simone Biles encontrou na brasileira uma “verdadeira concorrente” e “a única que pode desafiar” seu reinado.
O documentário mostra que Biles ansiava por uma redenção em Paris, após abandonar a competição em Tóquio 2020 por problemas de saúde mental. O foco da norte-americana era a disputa por equipes e o individual geral, em que a ginasta é avaliada nos quatro aparelhos: salto, solo, trave de equilíbrio e barras assimétricas.
E foi nessa última disputa que Biles mostrou sua reverência à Rebeca. No primeiro aparelho, o salto, a brasileira fez um Cheng quase perfeito, com aterrissagem cravada, e recebeu uma nota de 15.100 – com uma execução incrível de 9.500. Ao comentar o salto para o documentário, a ginasta dos Estados Unidos afirmou que Rebeca “não é humana”.
“Quando ela cravou daquele jeito, eu pensei: ‘só pode ser brincadeira’. Ela não é humana. As pessoas acham que eu não sou. Ela que não é”, disse.
Biles e os técnicos decidiram que era preciso que a norte-americana executasse o Biles II, salto criado por ela e considerado o mais difícil da ginástica feminina. Isso porque, segundo os treinadores Laurent e Cécile Landi, a pontuação de Rebeca estava muito próxima e ela precisava garantir uma vantagem. Simone tirou 15.766 com o salto e, ao final do individual geral, levou o ouro para casa. Rebeca ficou com a prata.
Em outro trecho do documentário, Biles confessa que a proximidade das notas de Rebeca a estressava: “Há uma parte de mim em que fico pensando: ‘(Rebeca) Andrade está me dando trabalho’. Isso me estressa”, contou.
A produção focou nessas duas disputas e não se aprofundou nas finais por aparelhos. Na final do solo, Rebeca fez história ao desbancar a favorita Biles e levar o ouro. A brasileira fez uma série quase perfeita, com nota de 14.166, enquanto a norte-americana pisou fora do tablado por duas vezes e ficou com 14.133.
Fonte: Ponta Negra News