RUI COSTA: INVESTIGAÇÃO DA PF SOBRE ESQUEMA MILIONÁRIO DE DESVIOS EM COMPRA DE RESPIRADORES CITA MINISTRO
A Polícia Federal encontrou indícios de desvios milionários nos recursos pagos pelo Consórcio Nordeste em 2020 para a compra de respiradores pulmonares nunca entregues. As informações de Aguirre Talento para o UOL apontam que o contrato, firmado à época em que Rui Costa (PT), atual ministro da Casa Civil, presidia o consórcio, previa o pagamento adiantado de R$ 48,7 milhões à empresa Hempcare, especializada em produtos à base de maconha e sem experiência na área de equipamentos médicos.
Desvio de recursos e aquisições pessoais
Segundo as investigações da PF, em apenas um mês após o pagamento, a Hempcare esvaziou suas contas e transferiu o valor integral a terceiros sem relação com a aquisição dos ventiladores.
Parte dos recursos foi utilizada para compra de bens pessoais de alto valor, como um SUV Volkswagen Touareg, um caminhão Mercedes-Benz Accelo e um Mitsubishi ASX.
Além disso, foram pagos R$ 150 mil em faturas de cartão de crédito e até mensalidades escolares de filhos de investigados.
“Impressiona verificar que as investigações cuidaram de apontar que até mesmo as faturas de cartões de crédito da investigada, que perfizeram o montante de R$ 149.378,74, foram pagas com valores advindos das contas da Gespar Administração de Bens. Ou seja, com dinheiro originalmente público destinado à compra dos respiradores pulmonares“, aponta trecho do processo.
Operação da PF e novas revelações
Cristiana Taddeo, proprietária da Hempcare, revelou em delação premiada que pagou comissões milionárias a Isaac, que se apresentou como amigo de Rui Costa e da então primeira-dama da Bahia, Aline Peixoto.
“Achei que as tratativas para celebração do contrato com o Consórcio Nordeste ocorreram de forma muito rápida, mas entendi que eu estava sendo beneficiada porque havia combinado de pagar comissões expressivas aos intermediadores do governo“, declarou Cristiana em seu depoimento.
A empresária devolveu R$ 10 milhões aos cofres públicos como parte de seu acordo de delação. O restante dos recursos segue sendo rastreado.
Fonte: Space Money