Foto: Durval Paiva

Uma campanha nas redes sociais tem mobilizado milhares de pessoas nos últimos dias. Com mais de 500 mil visualizações em menos de 24 horas, o vídeo publicado pela família de Bernardo Barreto de Oliveira, uma criança potiguar, de 13 anos, diagnosticada com leucemia, viralizou ao fazer um apelo direto e urgente: encontrar um doador compatível de medula óssea.

No vídeo, publicado nas redes sociais da mãe de Bernardo, Monalisa Barreto de Oliveira, o filho explica que foi diagnosticado com leucemia em janeiro de 2023. Após um período de estabilidade, a doença voltou em 2025 e agora depende de um transplante de medula óssea para sobreviver. “Em janeiro de 2023, eu fui diagnosticado com leucemia e o tratamento corria bem, até que esse ano, 2025, houve uma recaída da doença. E por conta disso, eu vou precisar de uma transplante de medula óssea”, explica a criança.

Ao lado do pai e da mãe, Bernardo pede que pessoas entre 18 e 34 anos façam o cadastro como doadores voluntários no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Monalisa ressalta que o gesto pode ser determinante não só para o filho, mas para milhares de pessoas que aguardam por um transplante em todo o país. “Para a gente, vai salvar a vida do nosso filho”, diz a mãe.

A família reforça que o gesto é rápido, gratuito e pode representar a única chance de cura para pacientes como Bernardo. Eles também pedem orações e apoio na divulgação da campanha. “Nós agradecemos a todos que puderem nos ajudar, não só com o exame que será feito, com a doação da medula, ou também através de orações, implorando a Deus que esteja abençoando a nossa vida e a vida do doador”, finaliza o pai.

Como ser doador

A campanha também informa o passo a passo para se cadastrar no REDOME, com detalhes sobre o processo e o local de atendimento em Natal. Após o cadastro, o voluntário passa a integrar o banco nacional de doadores e poderá ser acionado se for compatível com algum paciente.

Passo a passo para se cadastrar como doador:

Idade e saúde: Ter entre 18 e 34 anos e 6 meses, e estar em bom estado de saúde.
Documentação: Levar documento oficial com foto.
Cadastro presencial: Comparecer ao Hemonorte, em Natal (endereço abaixo).
Amostra de sangue: Será coletada uma pequena amostra para análise.
Formulário: Preencher os dados pessoais.
Endereço do Hemonorte:
Av. Alm. Alexandrino de Alencar, 1800 – Tirol, Natal, RN.
CEP: 59015-350

Horário de Funcionamento:
De segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Divulgação

O Banco de Leite da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC-UFRN) conta atualmente com 19 litros em estoque, número considerado médio para atender às necessidades da unidade – o ideal seriam 30 litros. Em razão disso, a MEJC tem reforçado a importância da doação neste período, em que o estoque costumar oscilar com um quantitativo médio ou baixo por conta das férias. As mulheres que tiverem interesse em se tornar doadoras devem fazer contato com a Maternidade pelo telefone (3342-5800) ou WhatsApp (84 991358217) para receber orientações e fazer o cadastro.

Verônica Feitosa, enfermeira do Banco de Leite da MEJC, explica que o estoque atual é suficiente para atender as demandas apenas durante um dia e meio. “A situação que nos deixa confortável é quando estamos com 30 litros, porque esse número consegue segurar a demanda da casa por três dias, que é justamente o período de pasteurização, composto, além do processo em si, por etapas seguintes como a da microbiologia, onde o leite fica em quarentena”, explica. Feitosa esclarece que as mulheres em condições de doar (aquelas que estão saudáveis e amamentando) podem fazer contato para receber as orientações necessárias.

“Depois das orientações, fazemos o cadastro para que essa mulher seja inserida na rota do leite, em uma parceria nossa com o Corpo de Bombeiros (CB) chamada Bombeiro Amigo do Peito – um agente do CB vai até a casa da mulher para pegar o leite conforme programado. “Não é preciso se deslocar até a maternidade para doar. Basta fazer o armazenamento adequado do leite congelado, em um pote de vidro com tampa plástica que nós marcamos o dia para pegar”, afirma a enfermeira.

Além da MEJC, em Natal, há ainda um posto de coleta no Hospital Universitário Ana Bezerra (Huab-UFRN), em Santa Cruz. Ambas as unidades integram a Rede Ebserh. A situação dos estoques é sazonal, por isso a importância da doação consistente, sendo o cenário de baixa muito comum nos meses de dezembro e janeiro. “As pessoas costumam ir para as praias porque as crianças estão em férias escolares e as doações diminuem”, diz Verônica Feitosa. As rotas, no entanto, continuam sendo feitas nos dias estabelecidos, mas o trabalho para captar doadoras precisa de mais dedicação e divulgação. O Huab, em Santa Cruz, funciona também como ponto de coleta dos municípios vizinhos (Lajes Pintadas, Tangará, Campo Redondo, Jaçanã, Coronel Ezequiel, São Bento do Trairi e Japi).

O Banco de Leite Humano (BLH) da MEJC é referência no Rio Grande do Norte e possui uma equipe multiprofissional para oferecer assistência à mãe e ao bebê, além de comodidade à doadora, com a coleta domiciliar. “É importante essa doação, do mesmo modo que as pessoas não desistam de solicitar [o cadastro de doadoras]. Quem quiser doar, mesmo que tenha se distanciado, basta indicar o endereço, e a gente viabiliza [a captação]”, enfatiza a coordenadora do Banco de Leite Humano da MEJC, Ana Zélia Pristo.

O BLH da MEJC fornece leite humano para bebês internados nos 90 leitos de UTI neonatal e Unidade Intermediária da Maternidade. Potencialmente, qualquer bebê internado pode necessitar de doações de leite. O alimento é capaz de nutrir, hidratar, proteger contra infecções e promover um desenvolvimento mais saudável, adequado e rápido. A MEJC ressalta que não há nenhum substituto artificial que reúna todas as propriedades do leite materno, especialmente para bebês prematuros. Toda mulher que amamenta e produz leite em excesso pode doar.

Fonte: Tribuna do Norte