RECIFE SUPERA GOVERNO ESTADUAL EM CARGOS COMISSIONADOS APÓS REFORMA ADMINISTRATIVA   

Foto: Hesíodo Goés/Governo de Pernambuco

A reforma administrativa proposta pelo prefeito João Campos (PSB) e aprovada na última semana pela Câmara Municipal do Recife aumentou o número de cargos comissionados da gestão municipal, que agora totalizam 3.555. O número ultrapassa o do governo de Pernambuco, comandado por Raquel Lyra (PSDB), que dispõe de 3.378 cargos comissionados.

O acréscimo de 423 novos postos comissionados na administração da capital pernambucana ocorre em um contexto de articulações políticas, com vistas às eleições de 2026, quando João Campos e Raquel Lyra são apontados como potenciais adversários na disputa pelo governo estadual.

A Prefeitura do Recife justificou a medida afirmando que a reforma administrativa representa menos de 1% da Receita Corrente Líquida do município, com a despesa total com pessoal em 41,62%, o menor índice da história da cidade. A gestão municipal destaca ainda que a nova estrutura foi projetada para atender às demandas crescentes da cidade e cita avanços como a ampliação de vagas em creches e unidades de saúde, além da realização de mais de 3.000 contratações efetivas por concurso público nos últimos quatro anos.

Críticas à reforma vieram de opositores, como o vereador Eduardo Inojosa (Novo), que classificou os novos cargos como “cabides de emprego” e ressaltou que Recife, proporcionalmente, tem 636% mais cargos comissionados por habitante que o governo estadual. Inojosa apontou ainda um impacto financeiro anual estimado em R$ 69,7 milhões.

Entre os nomeados para os novos cargos estão ex-vereadores, ex-prefeitos e ex-candidatos que obtiveram boa votação. Vinicius Castello (PT), derrotado na disputa pela Prefeitura de Olinda, será secretário-executivo de Infraestrutura. Ana Célia (PSB), ex-prefeita de Surubim, assumiu a função de secretária-executiva de Planejamento e Articulação Social.

A prefeitura informou que a reforma administrativa visa adequar a máquina pública às novas demandas e garantir a ampliação de serviços essenciais, afirmando que as mudanças integram um planejamento para o próximo mandato (2025-2028).

Com informações da Folha de São Paulo.

Fonte: Agora RN

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