PREFEITURA DO NATAL INAUGURA 1º HOSPITAL PÚBLICO VETERINÁRIO

Foto: Eryka Silva/98 FM

A Prefeitura do Natal inaugurou nesta terça-feira (10) o primeiro hospital público veterinário da cidade. Localizada no bairro da Ribeira, a unidade é gerida pela Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, organização da sociedade civil (OSC) selecionada por edital lançado pela Prefeitura. O hospital tem foco no atendimento gratuito de cães e gatos da cidade.

A cerimônia de inauguração contou com a presença do prefeito Álvaro Dias (Republicanos).

Além de atender presencialmente, o hospital veterinário terá demanda remota, pela TeleVet, disponível pelo aplicativo “Natal Digital”.

No hospital, serão realizados serviços diversos, desde consultas a cirurgias, passando ainda por exames de imagem e tratamento ambulatorial. A meta é que o hospital veterinário efetue mais de 3 mil procedimentos por mês, incluindo ainda diagnósticos por imagem, 50 cirurgias e mais de 500 consultas.

O hospital está localizado na Rua Dr. Barata, 233, Ribeira. Os serviços estarão disponíveis das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira.

Por dia, serão distribuídas 50 fichas de atendimento. Será destinado um atendimento individual para o animal por cada CPF do tutor. Para ter acesso, o cidadão deve possuir o comprovante de residência do Município de Natal e documento oficial.

Fonte: Portal 98 FM Natal

SUS PASSARÁ A CUSTEAR NOVO REMÉDIO PARA TRATAMENTO DE NEUROBLASTOMA

Foto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou na quinta-feira (5) a incorporação do medicamento betadinutuximabe ao tratamento do neuroblastoma de alto risco. Isso significa que o remédio passará a ser custeado e distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A condição para o tratamento é a de que o paciente tenha sido previamente tratado com quimioterapia e alcançado pelo menos uma resposta parcial, seguida de terapêutica mieloablativa e transplante de células tronco.

O pedido de incorporação do medicamento foi submetido à Conitec em janeiro deste ano pelo laboratório farmacêutico Recordati, que comercializa o remédio com o nome Qarziba.

O neuroblastoma é o terceiro tipo de câncer infantil mais recorrente, depois da leucemia e de tumores cerebrais. O remédio, que custa cerca de R$ 2 milhões, é indicado para casos de alto risco ou recidiva e já foi utilizado em mais de mil pacientes de 18 países. Segundo o fabricante, ele melhora a sobrevida, aumenta a probabilidade de cura e reduz o risco de a doença voltar.

Em janeiro deste ano, uma campanha de arrecadação de recursos para o tratamento de Pedro, filho do indigenista Bruno Pereira, chamou a atenção para a urgência da incorporação do betadinutuximabe ao SUS. Em apenas três dias, a campanha alcançou a meta, mas a família de Pedro se uniu a outras famílias que também vivenciam a dificuldade de acesso aos remédios para o tratamento do neuroblastoma.

Na reunião da Conitec desta quinta-feira também foi aprovada a incorporação ao SUS de novos remédios para doença pulmonar obstrutiva crônica.

Fonte: Ponta Negra News

VARIANTE DO OROPOUCHE QUE CAUSOU SURTO NO NORTE CHEGOU A MAIS ESTADOS E HÁ NOVAS MUTAÇÕES

Foto: Reprodução

Cientistas identificaram que a variante do vírus oropouche (OROV) responsável pelo surto de febre oropouche no Norte do Brasil já se espalhou para a Bahia, Espírito Santo e Santa Catarina.

No novo estudo, publicado na revista científica The Lancet, os pesquisadores do grupo Fleury e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) confirmaram ainda a existência de duas novas mutações, presentes nesses mesmos Estados.

As alterações no genoma do vírus podem ter contribuído para sua propagação pelo País, para o aumento de casos e para as manifestações graves da doença, que causou as duas primeiras mortes do mundo em 2024.

Neste ano, o Brasil registrou mais de 7.800 casos de febre oropouche em 22 Estados, segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. Para comparação, em 2023, foram 831 casos da doença, todos em Estados da região Norte (Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima).

Novo passo para entender o vírus
As informações do estudo complementam o que já indicava uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre o genoma do vírus que iniciou o surto de febre oropouche no Norte do País, em 2022.

Segundo a análise da Fiocruz, o aumento de casos foi causado por uma nova linhagem do OROV que surgiu no Amazonas entre 2010 e 2014 e se espalhou silenciosamente na última década.

Agora, a nova pesquisa mostra que essa mesma variante já chegou à Bahia, Espírito Santo e Santa Catarina, o que indica o avanço do vírus pelo País.

Mutações
Os cientistas também encontraram novas mutações que datam do período entre 2023 e 2024, depois do início do surto. Isso indica que a disseminação do vírus nos últimos dois anos pode ter desencadeado alterações no seu genoma.

À medida que o vírus vai sendo transmitido, mutações vão acontecendo”, diz Daniela Zauli, coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Fleury.

A pesquisa indica que o vírus passou por um rearranjo – alterações que impactam uma extensão maior de seu DNA. As evidências apontam que o OROV se rearranjou com dois outros microrganismos de sua família: o vírus Iquito e o PEDV, que circulam na Amazônia e têm potencial para infectar seres humanos

O vírus tem três pedacinhos. O que aconteceu em um dado momento é que dois ou até três vírus diferentes contaminaram a mesma célula. Na hora de empacotar um vírus novo, em vez de pegar os três segmentos do mesmo oropouche, eles pegaram um pedacinho dos outros vírus, que são parecidos”, explica o infectologista Celso Granato, diretor clínico do Grupo Fleury não envolvido no estudo

Essa troca com outros vírus pode acontecer eventualmente, de acordo com os especialistas. “Isso faz parte da evolução natural (dos vírus). A gente tem que ficar atento ao que essa evolução traz para os seres humanos”, diz Daniela.

Ela ressalta que não é possível afirmar se essas mutações estão relacionadas a casos graves de febre oropouche ou a mudanças na maneira como o vírus se propaga. Novos estudos devem investigar essas associações.

A febre oropouche é transmitida pelo inseto Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. “Quando você tem uma mutação, isso pode gerar a capacidade de ser transmitido por outros tipos de insetos”, afirma Granato. “Falando em hipótese, se esse vírus se adapta bem ao Aedes aegypti, por exemplo, isso é muito ruim porque é um mosquito mais difundido no País”, complementa.

Os especialistas enfatizam a importância de ampliar a testagem porque as amostras oferecem material de análise e permitem aos pesquisadores entender se as alterações do OROV demandam alterações nas medidas de prevenção da doença, por exemplo.

Essa vigilância genética do vírus é importantíssima porque é através dela que vamos conhecer melhor como esse vírus está se comportando em um País como o Brasil, que é tão heterogêneo”, conclui Granato.

Fonte: Blog Jair Sampaio