VACINA CONTRA HPV PREVINE CÂNCER EM HOMENS, DIZ ESTUDO

A relação entre o Papiloma Vírus Humano, ou HPV, e o câncer de colo de útero é a mais difundida, mas o vírus também pode causar outros tipos de câncer em mulheres e homens.  Um levantamento inédito feito pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia mostra que mais de 6 mil pessoas morreram em decorrência de câncer do canal anal, entre 2015 e 2023, no Brasil. A maioria dos casos desse tipo de câncer é uma consequência da infecção pelo HPV.ebcebc

A partir dos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, a pesquisa também identificou cerca de 38 mil internações pela doença nos últimos dez anos. O câncer do canal anal ainda é raro, e representa cerca de 2% dos tumores que atingem a região do intestino grosso, reto e ânus. Mas o membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, Helio Moreira, alerta que a incidência vem aumentando 4% ao ano.

De acordo com ele, há dois fatores principais para esse incremento: a diminuição do estigma a respeito do sexo anal, o que favorece a prática não somente entre homens homoafetivos, mas também entre pessoas bissexuais e heterossexuais; e o aumento da expectativa de vida das pessoas que têm HIV: “Com a melhora dos medicamentos que controlam o HIV, aumentou muito o tempo de vida desses pacientes. E mesmo tendo uma contagem de anticorpos dentro dos níveis normais, ainda assim para essa população o risco de desenvolver câncer de canal anal é maior do que para a população geral”, ele complementa.

Isso significa que a maior parte dos casos desse tipo de câncer pode ser prevenida com duas medidas simples. A primeira delas é o uso de proteção durante o ato sexual – já que essa é a principal via de transmissão do HPV. O coloproctologista Hélio Moreira destaca que isso é ainda mais importante no caso do sexo anal: “A parede da vagina é muito mais resistente a fissuras e lacerações do que a parede do canal anal. Daí o risco maior de você contrair infecções por HPV quando o sexo é anal”.

A segunda medida é a vacinação contra o HPV. Hoje o Sistema Único de Saúde oferece um imunizante quadrivalente, ou seja, que combate os quatro tipo S de vírus que mais causam doenças. Todas as meninas e meninos, entre 9 e 14 anos, devem ser vacinados, porque o imunizante tem maior efetividade se for tomado antes do início da vida sexual. Além disso, também fazem parte do público-alvo pessoas com HIV, transplantados, vítimas de violência sexual, e usuários de Profilaxia Pré-Exposição, até os 45 anos de idade.

Apesar do câncer de colo de útero ser a principal doença causada pelo HPV, a vacina também deve ser tomada pelos meninos – ou homens que se enquadrem nos grupos especiais – porque eles podem transmitir o vírus, além de ser infectados e desenvolver doenças, como o câncer de canal anal. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2022 e 2023, o número de doses aplicadas no público masculino cresceu 70%, mas desde 2014, quando a vacinação contra o HPV começou no Brasil, a proporção de meninos vacinados foi 24,2 pontos percentuais menor do que a de meninas.

Outra doença que também pode ser provocada pelo HPV é o câncer de pênis. Nos últimos dez anos, o Brasil registrou mais de 4,5 mil mortes e cerca de 22 mil internações, de acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia. Estima-se que metade dos casos seja causado por HPV, e uma das consequências mais drásticas é a amputação do pênis, realizada em cerca de 580 pessoas por ano, no Brasil.

O diretor da Escola Superior de Urologia da Sociedade Brasileira de Urologia, Roni de Carvalho Fernandes reforça que esse também é um tipo de câncer que pode ser prevenido de forma simples: “Com uma boa higiene genital e prevenindo doenças infectocontagosas sexualmente transmissíveis. E a vacinação do HPV pode diminuir aí uma incidência de 30 a 40% dos casos”.

E é essencial que a pessoa procure atendimento médico caso identifique alguma verruga na região genital: “Às vezes o homem acaba relegando, né? Uma verruga que existe há muito tempo ali no pênis pode ter o HPV e desenvolver um tumor. E a retirada dessa verruga, o tratamento dessa pele que tá machucada, pode evitar uma doença tão grave”, explica o urologista Roni de Carvalho.

Atualmente, mais de 54% das mulheres e 41% dos homens que já iniciaram a vida sexual têm algum tipo de HPV. A maioria das infecções não manifesta sintomas, e o vírus pode ser transmitido também pelo contato com a mucosa infectada por via genital, oral ou manual, mesmo sem penetração. Por isso, os especialistas defendem que a vacinação com altas coberturas é a forma mais garantida de evitar que o vírus continue se propagando.

Fonte: AGORA RN

 

 

 

 

NATAL AMPLIA VACINAÇÃO CONTRA HPV PARA PESSOAS COM ATÉ 19 ANOS

Foto: SMS/Reprodução

A Prefeitura do Natal anunciou nesta segunda-feira (3) que ampliou a vacinação contra o HPV. Antes, a vacina ficava disponível para crianças e adolescentes com idade entre 9 e 14 anos, mas agora foi ampliada para quem entre 9 anos, 19 meses e 29 dias.

O Papilomavírus Humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível (IST) e uma das principais causas relacionadas a doenças como o câncer do colo do útero, pênis, anus e boca. A vacina contra o HPV é quadrivalente e protege contra os tipos virais 6, 11, 16 e 18 (os dois últimos tipos responsáveis por cerca de 71% dos casos de câncer de colo de útero e por mais da metade dos casos de outros cânceres relacionados ao HPV).

A imunização acontece com esquema vacinal em dose única para o público-alvo de crianças entre 9 e 14 anos e agora também para jovens com idade entre 15 até 19 anos, 11 meses e 29 dias, que não receberam nenhuma dose do imunizante contra a doença.

Convidamos esses jovens a procurarem um ponto de vacinação para receberem a proteção contra o HPV, principalmente os com idade entre 15 e 19 anos que não tomaram a vacina no período em que eram público-alvo e que agora contam com essa nova chance, pois a vacinação contra o HPV é uma grande aliada no combate à infecção e traz uma proteção importante, já que o vírus da doença é responsável por alguns tipos de cânceres que mais acometem as pessoas”, reforça Veruska Ramos, chefe do Núcleo de Agravos Imunopreveníveis (NAI).

Outros públicos

Devem se vacinar também pessoas que fazem parte dos grupos prioritários para receber o imunizante, que recebem entre duas a três doses do imunizante (respeitando o intervalo e quantidade de doses indicadas para cada grupo); como portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PRR), pessoas com idade entre 15 e 45 anos que fazem uso da profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), imunocompetentes, pessoas de 9 a 45 anos que vivem com HIV e Aids; pacientes oncológicos, transplantados e vítimas de violência sexual.

Onde se vacinar

Para se vacinar, os usuários do município podem procurar uma das Unidades Básicas de Saúde, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e de 13h às 15h, ou um dos pontos extras de vacinação localizados nos Shoppings Midway Mall e Partage Norte Shopping, que funcionam de segunda a sexta-feira das 13h às 20h, e no sábado das 10h às 15h levando documento de identificação e cartão de vacina.

Fonte: Portal 98FM

ADESIVO INOVADOR DESENVOLVIDO NA ALEMANHA PROMETE REVOLUCIONAR O TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Foto: Reprodução

Pesquisadores da Alemanha desenvolveram um adesivo inovador, projetado para pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca, com o objetivo de reparar corações danificados e proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes. O dispositivo, criado no Centro Médico Universitário de Göttingen, foi recentemente publicado na renomada revista científica Nature e já foi implantado com sucesso em 15 pessoas de diferentes idades, mostrando resultados promissores.

Este adesivo, que é implantado diretamente no músculo cardíaco, ajuda a melhorar os movimentos do coração e pode beneficiar mais de 64 milhões de pessoas em todo o mundo que enfrentam algum tipo de insuficiência cardíaca. Essa condição, que causa sintomas como cansaço excessivo, ataques cardíacos, pressão alta e doença arterial coronária, afeta uma parcela significativa da população global, especialmente à medida que a idade avança.

O professor Ingo Kutschka, coautor do estudo, celebrou o avanço e a relevância dessa inovação: “Agora temos, pela primeira vez, um transplante biológico desenvolvido em laboratório disponível, que tem o potencial de estabilizar e fortalecer o músculo cardíaco”, afirmou.

Como funciona o adesivo

O adesivo é um implante biológico desenvolvido a partir de células retiradas do sangue dos pacientes, que são então “reprogramadas” para agir como células-tronco. Estas células podem se transformar em qualquer tipo de célula do corpo, sendo direcionadas para o desenvolvimento do músculo cardíaco e tecido conjuntivo. Uma vez criadas, as células são incorporadas a um gel de colágeno e cultivadas em moldes personalizados.

O adesivo, que tem o formato hexagonal e tamanho de cerca de 5 cm por 10 cm, é fixado em uma matriz e implantado no coração do paciente. Embora os efeitos terapêuticos levem de três a seis meses para serem observados, os resultados iniciais são altamente promissores, com a melhoria significativa da função cardíaca e da capacidade de contração das paredes do coração.

Os testes iniciais, realizados com macacos rhesus saudáveis, não apresentaram efeitos adversos, como batimentos cardíacos irregulares, tumores ou mortes. Para testar sua eficácia em condições mais reais, os pesquisadores também aplicaram os adesivos em macacos com uma doença semelhante à insuficiência cardíaca crônica. Os animais demonstraram uma melhoria considerável na função cardíaca.

A primeira aplicação em humanos ocorreu em uma mulher de 46 anos com insuficiência cardíaca avançada. Três meses após a implantação, o paciente estava estável e foi submetido a um transplante de coração. Durante a cirurgia, os pesquisadores notaram que os adesivos haviam sobrevivido e se integrado ao tecido cardíaco, com o desenvolvimento de um suprimento sanguíneo ao redor dos implantes.

Apesar dos resultados positivos, o processo terapêutico dos adesivos leva de três a seis meses para se mostrar eficaz, o que significa que essa tecnologia pode não ser adequada para todos os pacientes. Até o momento, 15 pacientes já receberam os adesivos, mas mais pesquisas serão necessárias para validar os efeitos a longo prazo e para resolver algumas limitações, como a maturação incompleta das células do músculo cardíaco e o fluxo sanguíneo mais lento.

Pesquisadores como a professora Sian Harding, do Imperial College London, descreveram a pesquisa como inovadora, mas destacaram a necessidade de mais trabalho para aprimorar os resultados. A professora Ipsita Roy, da Universidade de Sheffield, também reconheceu o avanço e destacou que a abordagem menos invasiva, comparada ao transplante de coração, poderia ser uma alternativa promissora para muitos pacientes.

Fonte: O Potengi 

HOMEM ‘VAZA’ COLESTEROL PELAS MÃOS APÓS ADERIR A DIETA CARNÍVORA; FOTOS

Um homem de 40 anos queria emagrecer e ter mais disposição. Para isso, decidiu aderir a dieta carnívora, que vez ou outra volta ao viralizar nas redes. No cardápio, ele chegou a comer quatro quilos de queijo por dia. O resultado? O colesterol chegou a níveis altíssimos e ele ‘vazou’ gordura pelas mãos. Especialistas alertam que dietas como essa são um perigo, com risco de doenças cardíacas e AVC.

O caso aconteceu na Flórida, nos Estados Unidos. Para se ter ideia, o paciente mantinha a dieta ao longo de oito meses, e chegava a comer quatro quilos de queijo por dia.

Ao chegar na unidade hospitalar apresentando sinais preocupantes no corpo, médicos perceberam que ele tinha xantelasma, condição que se caracteriza por acúmulo de gordura e colesterol na pele.

Fotos mostram diferentes nódulos, retirados somente após cirurgia. O homem incluía alta ingestão de gordura no cardápio. Além de queijo, consumia diariamente tabletes inteiros de manteiga e gordura adicional incorporada em hambúrgueres.

“Ele chegou a um quadro de infiltração de gordura nas mãos. Isso significa que a quantidade era excessiva e chegou a um ponto-limite. Não existe dieta da moda que vença a ciência, esse caso é um alerta às pessoas”, escreveu o médico cardiologista Roberto Kalil no Journal of the American Medical Association (Jama), um dos mais renomados do mundo, onde foi publicado um artigo sobre o caso.

O próprio paciente, ao chegar no hospital, contou que tinha iniciado a dieta com promessa de perder peso, se sentir mais disposto e atingir maior clareza mental. A realidade, porém, é que apresentava níveis de colesterol até cinco vezes mais altos que o recomendado.

Fonte: Blog de Daltro Emerenciano

CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA GRIPE TERMINA NESTA SEXTA (31); RN TEM 58% DO PÚBLICO-ALVO IMUNIZADO

Foto: Divulgação

A campanha de vacinação contra a gripe (influenza) encerra nesta sexta-feira (31) no Rio Grande do Norte. A aplicação do imunizante está disponível para toda a população acima de 6 meses de idade.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), o Rio Grande do Norte atingiu, até esta quinta-feira (30), 58% de cobertura vacinal para os grupos prioritários: gestantes, puérperas, idosos, crianças e povos indígenas.

As vacinas contra influenza estão disponíveis nas salas de vacina dos postos de saúde.

A campanha de vacinação começou em março do ano passado para grupos prioritários. Em Natal, por exemplo, a ampliação para população acima dos 6 meses aconteceu em maio. A prorrogação da campanha até janeiro deste ano foi uma recomendação do Ministério da Saúde.

De acordo com a Sesap, 927.984 doses de vacina para influenza foram aplicadas nos 167 municípios potiguares até esta quinta.

A vacina é a principal medida de prevenção para a influenza, especialmente nesse período de sazonalidade da doença, em que vírus circula ainda mais e os casos aumentam”, explicou a coordenadora estadual do Programa de Imunização, Laiane Graziela.

Fonte: g1RN

OMS ALERTA QUE SUSPENSÃO DE RECURSOS DOS EUA A PROGRAMA DE AIDS PODE CAUSAR ‘AMEAÇA GLOBAL’

Foto: Wikimedia/Domínio Público

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a recente decisão do governo de Donald Trump de interromper o financiamento para programas de HIV, que beneficiam milhões de pessoas em países de baixa e média renda, incluindo o Brasil, pode representar uma “ameaça global” significativa para pessoas que vivem com o vírus.

Segundo a OMS, a medida, que afeta diretamente iniciativas como o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio da AIDS (PEPFAR, na sigla em inglês), põe em risco a vida de mais de 30 milhões de pessoas ao redor do mundo que dependem desses programas para acesso a terapias antirretrovirais essenciais.

Essas medidas, se prolongadas, podem levar ao aumento de novas infecções e mortes, revertendo décadas de progresso e possivelmente levando o mundo de volta aos anos 1980 e 1990, quando milhões morriam de HIV a cada ano, incluindo muitos nos Estados Unidos”, afirmou a organização, em nota.

Com o congelamento do financiamento, Trump determinou que países onde o PEPFAR está presente deixem de distribuir medicamentos contra o HIV adquiridos com a ajuda dos EUA, mesmo que já estejam estocados em clínicas locais. Por causa disso, a medida já resultou no fechamento de clínicas e na suspensão de atendimentos em diversos países africanos.

Pedimos ao governo dos Estados Unidos que conceda isenções adicionais para garantir a entrega de tratamento e cuidados essenciais para o HIV”, acrescentou a OMS.

Na África do Sul, serviços de HIV/AIDS foram suspensos por ONGs devido aos cortes no financiamento. Já na Nigéria, estima-se que a perda de US$ 390 milhões anuais (aproximadamente R$ 1,9 bilhão) afetará os serviços de saúde.

No Brasil, o PEPFAR também tem um papel importante no enfrentamento ao HIV. O programa financia ações para facilitar o acesso a autotestes em várias capitais brasileiras e colabora com instituições como a Fiocruz para implementar projetos de conscientização e prevenção.

Além disso, o programa também contribui para fortalecer os sistemas de saúde, ampliando a profilaxia pré-exposição (PrEP), melhorando o diagnóstico precoce e ajudando a evitar a interrupção do tratamento.

O g1 questionou o Ministério da Saúde sobre os impactos da suspensão do financiamento do PEPFAR no Brasil, mas ainda não obteve resposta da pasta.

Números do HIV e da Aids
A estimativa do Ministério da Saúde é de que um milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil.

E em 2023 (números mais recentes), o país registrou 46.495 novos casos de infecção, um aumento no número de pessoas que testaram positivo.

Por outro lado, no mesmo ano, o país também enfrentou 10.338 mortes relacionadas à Aids, a menor mortalidade pela síndrome dos últimos 10 anos.

Já a faixa etária com maioria dos casos de Aids é a de 25 a 29 anos de idade, com 34%, seguida da de 30 a 34 anos, com 32,5%.

Fonte: Blog do BG

UNIFESP TESTA CONGELAMENTO DO CÂNCER DE MAMA EM TRATAMENTO PIONEIRO NO BRASIL

Foto: Divulgação

Os docentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) realizaram, pela primeira vez em um hospital público brasileiro, a crioablação para tratamento de câncer de mama. O procedimento consistiu na utilização de nitrogênio líquido para o tratamento de um câncer de mama inicial. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a técnica utiliza temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir as células cancerígenas ou tecido-alvo. Esse foi o primeiro protocolo de pesquisa na América Latina que usa a técnica para tratar a doença.

De acordo com o professor da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, Afonso Nazário, durante o procedimento, foram realizados três ciclos de 10 minutos, alternando o congelamento e o descongelamento do tumor mamário. “Inserimos, por meio de uma agulha, o nitrogênio líquido a uma temperatura de cerca de -140º na região afetada, o que forma uma esfera de gelo, destruindo o tumor. A incisão deixada pela agulha é igual ou até menor à própria biópsia realizada pela paciente”, explica Afonso Nazário.

Os estudos produzidos pela Unifesp apontam que o procedimento pode ser feito em ambulatório, sem necessidade de internação hospitalar, com o uso de anestesia local. Além disso, é uma técnica indolor, com alto grau de precisão e relativamente rápida. Em alguns países, como Israel, Estados Unidos, Japão e Itália, a técnica já é utilizada para o tratamento do câncer de mama. O procedimento é utilizado também para tratar outros tipos de câncer e problemas cardíacos, como a arritmia.

No Brasil, a crioablação já foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda não consta no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para o tratamento do câncer de mama. O protocolo é aplicado em pacientes com tumores menores de 2,5cm e com indicação primária de cirurgia.

O procedimento tem caráter experimental e marca a continuidade da pesquisa de pós-doutorado de Vanessa Sanvido, docente da instituição, relacionada ao câncer de mama. “A primeira parte do estudo consistiu na realização da crioablação seguida de cirurgia. Essa etapa inicial, que contou com aproximadamente 60 casos, obteve uma eficácia de 100% para tumores menores do que 2cm. A fase atual do protocolo consiste na comparação de um grupo em que é feita a crioablação sem a necessidade de realização de uma operação com outro grupo em que é feita a cirurgia tradicional. Nessa fase, mais de 700 pacientes participarão da pesquisa, em 15 centros de saúde do estado de São Paulo”, explica Sanvido.

“As agulhas utilizadas no procedimento têm um valor alto, mas, com a expansão do uso da crioablação, acreditamos que o custo da agulha vai cair e se tornar mais acessível. Nós estamos otimistas de que poderemos, futuramente, contar com o procedimento no Sistema Único de Saúde [SUS]. Nosso objetivo é tirar da fila do SUS de 20% a 30% das pacientes”, espera Nazário. 

Fonte: Tribuna do Norte

FALTA DE RECEITAS AMARELAS DEIXA PACIENTES SEM MEDICAMENTOS CONTROLADOS NO RN  

Foto: Odair Leal/Sesacre

Pacientes que utilizam medicamentos controlados estão com dificuldade para ter acesso aos remédios por falta de receitas especiais no Rio Grande do Norte. Em clínicas de Natal, médicos têm deixado de prescrever os remédios por falta da receita tipo A, conhecida como “receita amarela”. Sem medicamentos, pacientes correm risco de ter seus quadros de saúde agravados.

Segundo norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as receitas amarelas não podem ser impressas diretamente por médicos e estabelecimentos de saúde. A partir da demanda dos profissionais, elas são enviadas pelo órgão local de vigilância sanitária – no caso do RN, é a Subcoordenadoria da Vigilância Sanitária (Suvisa), órgão estadual.

A receita amarela é usada para a prescrição de entorpecentes e alguns psicotrópicos. A Anvisa monitora a venda dos medicamentos com receita amarela para reduzir o abuso no uso das drogas.

À 98 FM, o técnico Cícero Belarmino de Oliveira, da Suvisa-RN, informou que o órgão adquiriu 10 mil blocos de receitas amarelas em 2024, com previsão de durar até março de 2025. Cada bloco tem 20 receitas, o que totaliza 200 mil receitas. A alta demanda fez com que as receitas acabassem em outubro, cinco meses antes do previsto.

De acordo com o técnico da Suvisa-RN, uma nova remessa de receitas já foi encomendada junto a um fornecedor, que deverá fazer a entrega dos blocos em até 10 dias. A previsão é que a situação esteja normalizada em 15 de fevereiro, com o envio das receitas para os médicos e estabelecimentos autorizados. Para durar até março de 2026, foram encomendados 20 mil blocos, com 20 receitas cada – totalizando 400 mil receitas.

Enquanto a nova carga de receitas não chega, a Suvisa-RN orienta que os médicos e estabelecimentos de saúde tenham máxima cautela e moderação na prescrição dos medicamentos, só dispensando remédios em casos de real necessidade. Segundo a Suvisa-RN, ainda há receitas na sede do órgão, que são liberadas sob demanda. Os demais casos devem aguardar até a chegada das novas receitas.

Fonte: Portal 98FM

PESQUISADORES DO IFRN DESENVOLVEM FERRAMENTA INOVADORA PARA TRIAGEM DE DOENÇAS ÓSSEAS  

Foto: IFRN/Divulgação

O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), por meio do Núcleo Avançado de Inovação Tecnológica (Navi), anuncia a conclusão de uma pesquisa pioneira que resultou no desenvolvimento do Osseus, um dispositivo biomédico projetado para auxiliar na triagem de doenças osteometabólicas. A pesquisa, conduzida entre novembro de 2018 e março de 2024, foi coordenada pelos professores João Paulo Queiroz dos Santos e Agnaldo Souza Cruz, envolvendo equipes multidisciplinares e parcerias nacionais e internacionais.

Com cerca de 30 centímetros e peso inferior a 5 quilos, o Osseus se destaca pela portabilidade, permitindo sua utilização em qualquer ambiente. Além disso, apresenta um custo significativamente menor que o equipamento DEXA, atualmente utilizado no Brasil. Enquanto o DEXA pode custar entre R$ 200 mil e R$ 300 mil, o Osseus pode ser produzido em larga escala por cerca de R$ 3 mil, tornando-o uma solução viável para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Inovação e impacto social

Utilizando a teoria das antenas, o dispositivo mede a densidade óssea de maneira não invasiva e sem a necessidade de exposição à radiação. Isso possibilita um uso frequente, contribuindo para a detecção precoce de doenças e a redução de gastos com tratamentos de saúde relacionados a traumas ósseos. Segundo o pesquisador Mikael Marcos, o Osseus também promove maior acessibilidade, especialmente em regiões remotas, onde a triagem pode ser realizada de forma rápida e prática.

O projeto não apenas revolucionou o campo da saúde pública, mas também formou profissionais qualificados e ampliou o alcance da pesquisa científica no Brasil. “O IFRN foi fundamental para abrir portas e oferecer oportunidades que transformaram minha trajetória acadêmica e profissional”, afirmou Mikael, que iniciou sua formação no curso técnico de Eletrônica do IFRN e hoje é pesquisador na área de Engenharia Biomédica.

Próximos passos do Navi

O Navi, criado em 2014, segue inovando com projetos como a Caneta de Plasma, destinada à área bucal, e o Fiscaliza SUS, ferramenta de auditoria baseada em inteligência computacional. Para mais informações sobre o Osseus e outros projetos do Núcleo, acesse o site oficial.

Fonte: Novo Notícias

ELEIÇÃO UNIMED – OPOSIÇÃO CADA VEZ MAIS FORTE ANUNCIA A CHEGADA DO MÉDICO UROLOGISTA KALLYANDRE MEDEIROS PARA FORMAR FUTURA CHAPA

O grupo da oposição que vai disputar a eleição da Unimed Natal, liderado pelos médicos Márcio Rêgo e Carla Karini, anunciou nesta sexta-feira (24), a chegada do médico urologista Kallyandre Medeiros para a futura chapa.

Com muita satisfação, anunciamos que o Dr. Kallyandre, Urologista, coordenador de cirurgia do Hospital Walfredo Gurgel e médico da Liga Contra o Câncer, fará parte da nossa futura chapa para a eleição da Unimed. Seguimos firmes no propósito de construir uma cooperativa mais ética, inclusiva, transparente e comprometida com o bem-estar de cooperados e usuários. Juntos, vamos transformar!”, destacou Márcio Rêgo.

Dr. Kallyandre é o sétimo nome confirmado na chapa da oposição. Além de Márcio (ortopedista) e Carla (cardiologista), também já foram anunciados: Dodora Rocha (patologista), Marcos Doti (oftalmologista), Robinson Dias (ginecologista e obstetra), Flávio Rocha (mastologista) e agora Kallyandre (urologista).