CASA BRANCA CONFIRMA QUE TARIFAS PARA CANADÁ, MÉXICO E CHINA COMEÇAM A VALER AMANHÃ  

Foto: Chip Somodevilla/Getty Images

O presidente americano, Donald Trump, deverá seguir adiante com o prazo limite de sábado , 1º de fevereiro, previsto para impor tarifas alfandegárias de México e Canadá de 25% e de 10% para a China, grandes parceiros comerciais dos Estados Unidos, informou a Casa Branca nesta sexta-feira, negando uma reportagem que dizia que ele planejava adiar a implementação.

Eu vi essa reportagem e ela é falsa”, disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. “Eu estava com o presidente no Salão Oval e posso confirmar que amanhã o prazo de 1º de fevereiro que o presidente Trump estabeleceu permanece”, disse ela a repórteres durante coletiva de imprensa.

Cálculos do Peterson Institute for International Economics indicam que uma tarifa de 25% contra o México e o Canadá reduziria em cerca de US$ 200 bilhões o PIB dos EUA até o fim do governo Trump. A tarifa adicional de 10% sobre os produtos da China diminuiria o PIB americano em US$ 55 bilhões nos próximos quatro anos.

Trump ameaçou impor tarifas devido ao que ele afirma ser um fracasso em conter o fluxo de imigrantes sem documentos e drogas ilegais através das fronteiras dos EUA.

A decisão sobre as tarifas era amplamente esperada pelos mercados e pelos líderes empresariais e políticos, que examinaram cada palavra e ação de Trump em busca de qualquer indicação de que ele cumprirá suas ameaças ou simplesmente as usará como ponto de partida para as negociações comerciais.

Quando pressionado sobre se as tarifas entrariam em vigor no sábado, Leavitt confirmou que elas começariam em 1º de fevereiro.

Se em algum momento o presidente decidir reduzir essas tarifas, deixarei que ele tome essa decisão. Mas, a partir de amanhã, essas tarifas estarão em vigor”, disse. Ela se recusou a comentar se haverá alguma isenção para os produtos afetados pelas tarifas.

O czar de fronteira dos EUA, Tom Homan, deve conversar com autoridades canadenses nesta sexta-feira, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

As tarifas marcariam a primeira onda de imposições comerciais no novo mandato de Trump e seu impacto se estenderá muito além do Canadá e do México, já que outras nações se preparam para a possibilidade de serem os próximos alvos, enquanto as empresas americanas aguardam possíveis medidas de retaliação.

Trump fez campanha com a promessa de impor tarifas abrangentes como parte de uma agenda expansiva destinada a reestruturar os EUA e seus laços com outras nações. Mas as duas primeiras semanas de seu mandato geraram incertezas sobre se ele cumpriria sua promessa, com alguns líderes especulando que suas ameaças tinham como único objetivo ganhar poder de barganha.

O presidente americano já encomendou relatórios, que devem ser entregues em 1º de abril, sobre questões comerciais e tarifas em geral, o que poderia levá-lo a implementar novas taxas ou abandonar o pacto comercial continental que renegociou com o Canadá e o México durante seu primeiro mandato. Esse acordo será revisado em 2026.

Trump também prometeu tarifas setoriais, por exemplo, sobre produtos farmacêuticos, chips semicondutores, aço, alumínio e cobre, que poderiam se aplicar amplamente a muitos países. Ele também encarregou seu governo de investigar se a China cumpriu um acordo comercial firmado em seu primeiro mandato, abrindo caminho para a imposição de tarifas contra a segunda maior economia do mundo.

A tarifa de 25% imposta por Trump a dois grandes parceiros comerciais e mercados de exportação dos EUA ameaça ter consequências econômicas dramáticas e, potencialmente, desencadear uma guerra comercial, pois prejudica as proteções do acordo de livre comércio que o país assinou com o México e o Canadá.

No início desta semana, Trump sugeriu que a taxa de 25% poderia ser uma base e que as tarifas poderiam aumentar.

Nos primeiros 11 meses de 2024, o comércio dos EUA com o Canadá totalizou US$ 699 bilhões e com o México US$ 776 bilhões. Os economistas alertam que uma guerra comercial aumentaria o custo dos materiais importados usados pelos fabricantes dos EUA, bem como os preços para os consumidores dos EUA, e redirecionaria ou reduziria os fluxos comerciais.

A tarifa de 25% que Trump estabeleceu para os países dos EUA provavelmente teria um forte impacto em setores específicos, como os setores automotivo e de energia.

Fonte: O Globo

PROFESSOR DO TEXAS DENUNCIA ALUNOS EM POST DE AGÊNCIA DE IMIGRAÇÃO DOS EUA: ‘MUITOS NEM FALAM INGLÊS’  

Foto: Reprodução

Um professor do Texas está sendo investigado por “convidar” oficiais da Agência de Imigração e Fronteiras dos EUA (ICE, na sigla em inglês) para irem até a escola em que trabalha, no Texas, nos Estados Unidos.

O professor fez a denúnca em resposta a uma postagem do próprio ICE, na conta da agência na rede social X. Ele escreveu que agentes da ICE “deveriam ir à escola NorthSide, em Forth Worth” para encontrar imigrantes ilegais e criticou:

“Tenho muitos alunos que nem falam inglês e estão na 10ª ou 11ª série. Eles têm que se comunicar comigo pelo tradutor do iPhone. O [Departamento de Educação dos EUA] deveria reformular totalmente nosso sistema escolar, no Texas também”.

Após a postagem, o professor, que não foi identificado publicamente, foi retirado do cargo até que as investigações sejam concluídas.

O Distrito Escolar de Fort Worth, após anunciar a investigação contra o professor e seu afastamento, tentou tranquilizar os pais de alunos e disse estar comprometido “em manter um ambiente positivo e de apoio para todos os alunos” em um comunicado postado tanto em inglês como espanhol.

De acordo com a rede CBS News Texas, 93% dos alunos do distrito se identificam como hispânicos ou latinos.

O caso, que ganhou repercussão na sexta-feira (24), acabou gerando um protesto em Fort Worth no domingo (26), pedindo a proteção das crianças nas escolas do Texas. A professora Jeanette Martinez contou à FOX News local que seus alunos estão com medo de ir para a aula.

Na sexta-feira, três dos meus pais disseram que não mandariam mais os filhos para a escola porque estavam com medo. Eles estão apenas tentando obter educação. As crianças não devem ter medo“, lamentou.

Famílias indocumentadas em todo o país estão sentindo medo e preocupação agora depois que o governo Trump anunciou que permitiria prisões de imigrantes em escolas, igrejas e hospitais — encerrando uma política que estava em vigor desde 2011.

O deputado democrata do Texas Marc Veasey usou o X para comentar o caso: “As crianças devem se sentir seguras e apoiadas na escola, não alvos dos próprios educadores que deveriam orientá-las. Esta situação alarmante na NorthSide High é um lembrete do trabalho que devemos fazer para proteger todas as crianças, não importa de onde venham”.

Fonte: g1

TRUMP DIZ QUE VAI TRANSFORMAR GUANTÁNAMO EM PRISÃO PARA IMIGRANTES  

Foto: REUTERS/Carlos Barria

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (29) que vai instruir o Departamento de Segurança Interna e o Pentágono a preparar a prisão americana de Guantánamo, em Cuba, para receber até 30 mil imigrantes ilegais.

Temos 30 mil leitos em Guantánamo para deter os piores criminosos ilegais que ameaçam o povo americano”, disse Trump durante um evento na Casa Branca.

Ele disse que “alguns deles são tão maus que nem confiamos nos países para mantê-los porque não queremos que eles voltem, então vamos mandá-los para Guantánamo. Isso dobrará nossa capacidade [prisional] imediatamente, certo?”

A prisão de Guantánamo foi estabelecida em 2002, pelo então presidente George W. Bush, para receber suspeitos de terrorismo e supostos combatentes “ilegais” detidos durante operações militares americanas fora dos EUA. O local recebeu cerca de 780 presos desde sua criação, sendo que 15 permanecem lá.

Guantánamo se tornou célebre durante a campanha de “Guerra ao Terror” criada por Bush após os ataques de 11 de setembro de 2001, e questionada diversas vezes pelas constantes violações do direito internacional e dos direitos humanos.

Incontáveis relatos de tortura de prisioneiros vieram à tona, incluindo a prática do “waterboarding” — o ato de forçar a cabeça de um suspeito em água até quase afogá-lo, para forçar uma delação.

Vários detidos por tempo indeterminado jamais chegaram a ser inidiciados por qualquer crime, passando até 14 anos em celas semelhantes a jaulas. Apenas dois prisioneiros chegaram a ser condenados. Os presidentes democratas Barack Obama e Joe Biden prometeram fechar a prisão, mas não o fizeram durante seus respactivos mandatos.

A prisão de Guantánamo é anexa à Base Naval de Guantánamo, mantida pelos EUA na ilha de Cuba desde 1903, mesmo com as hostilidades entre Washington e Havana desde a Revolução Cubana de Fidel Castro, que tomou o poder em 1959.

Fonte: G1

DÓLAR REGISTRA SÉTIMA QUEDA CONSECUTIVA E FECHA O DIA COTADO A R$ 5,86

Foto: Agência Brasil

O dólar teve a sétima queda consecutiva e fechou na última terça-feira (28) cotado a R$ 5,86. Desde novembro do ano passado, a moeda americana não ficava abaixo de R$ 5,90.

O movimento de valorização do real frente ao dólar também é notado em outras moedas de países emergentes, a exemplo do peso mexicano.

O principal motivo apontado pelos especialistas é que o mercado está corrigindo as apostas mais pessimistas de que Trump impusesse, logo no início da gestão dele, tarifas agressivas a outros países, o que ainda não aconteceu.

A bolsa brasileira também registrou queda nesta terça. O recuo acontece à espera das decisões sobre os juros no Brasil e nos Estados Unidos, que serão anunciados nesta quarta-feira (29).

Fonte: Ponta Negra News

OMS ALERTA QUE SUSPENSÃO DE RECURSOS DOS EUA A PROGRAMA DE AIDS PODE CAUSAR ‘AMEAÇA GLOBAL’

Foto: Wikimedia/Domínio Público

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a recente decisão do governo de Donald Trump de interromper o financiamento para programas de HIV, que beneficiam milhões de pessoas em países de baixa e média renda, incluindo o Brasil, pode representar uma “ameaça global” significativa para pessoas que vivem com o vírus.

Segundo a OMS, a medida, que afeta diretamente iniciativas como o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio da AIDS (PEPFAR, na sigla em inglês), põe em risco a vida de mais de 30 milhões de pessoas ao redor do mundo que dependem desses programas para acesso a terapias antirretrovirais essenciais.

Essas medidas, se prolongadas, podem levar ao aumento de novas infecções e mortes, revertendo décadas de progresso e possivelmente levando o mundo de volta aos anos 1980 e 1990, quando milhões morriam de HIV a cada ano, incluindo muitos nos Estados Unidos”, afirmou a organização, em nota.

Com o congelamento do financiamento, Trump determinou que países onde o PEPFAR está presente deixem de distribuir medicamentos contra o HIV adquiridos com a ajuda dos EUA, mesmo que já estejam estocados em clínicas locais. Por causa disso, a medida já resultou no fechamento de clínicas e na suspensão de atendimentos em diversos países africanos.

Pedimos ao governo dos Estados Unidos que conceda isenções adicionais para garantir a entrega de tratamento e cuidados essenciais para o HIV”, acrescentou a OMS.

Na África do Sul, serviços de HIV/AIDS foram suspensos por ONGs devido aos cortes no financiamento. Já na Nigéria, estima-se que a perda de US$ 390 milhões anuais (aproximadamente R$ 1,9 bilhão) afetará os serviços de saúde.

No Brasil, o PEPFAR também tem um papel importante no enfrentamento ao HIV. O programa financia ações para facilitar o acesso a autotestes em várias capitais brasileiras e colabora com instituições como a Fiocruz para implementar projetos de conscientização e prevenção.

Além disso, o programa também contribui para fortalecer os sistemas de saúde, ampliando a profilaxia pré-exposição (PrEP), melhorando o diagnóstico precoce e ajudando a evitar a interrupção do tratamento.

O g1 questionou o Ministério da Saúde sobre os impactos da suspensão do financiamento do PEPFAR no Brasil, mas ainda não obteve resposta da pasta.

Números do HIV e da Aids
A estimativa do Ministério da Saúde é de que um milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil.

E em 2023 (números mais recentes), o país registrou 46.495 novos casos de infecção, um aumento no número de pessoas que testaram positivo.

Por outro lado, no mesmo ano, o país também enfrentou 10.338 mortes relacionadas à Aids, a menor mortalidade pela síndrome dos últimos 10 anos.

Já a faixa etária com maioria dos casos de Aids é a de 25 a 29 anos de idade, com 34%, seguida da de 30 a 34 anos, com 32,5%.

Fonte: Blog do BG

MILEI QUER CONSTRUIR CERCA EM FRONTEIRA ENTRE ARGENTINA E BOLÍVIA   

Foto: Marcelo Endelli/Getty Images

O governo da Argentina anunciou a intenção de construir uma cerca de 200 metros de extensão na cidade de Aguas Blancas, fronteira com a Bolívia. De acordo com a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, o objetivo da medida é “proteger os argentinos do tráfico de drogas”.

Do governo nacional promovemos a cerca em Aguas Blancas para proteger os argentinos do tráfico de dr0gas. Por isso, com o Plano Güemes incorporamos uma nova medida para reforçar o controle na fronteira, que estava totalmente descontrolada”, escreveu Bullrich no X (antigo Twitter), nesta segunda-feira (27/1).

Aguas Blancas é um pequeno município de cerca de 1,5 mil habitantes. Ele fica no nordeste da província de Salta, no lado oposto da cidade boliviana de Bermejo. O rio que batiza a cidade da Bolívia é a fronteira natural entre as duas localidades.

A construção foi confirmada também pelo interventor do governo federal na província, Adrián Zigaran, em uma entrevista à imprensa local.

O Ministério das Relações Exteriores da Bolívia divulgou um comunicado nesta segunda-feira no qual demonstra preocupação com a medida.

“As questões fronteiriças devem ser abordadas através dos mecanismos de diálogo bilateral estabelecidos entre os estados para encontrar soluções coordenadas para questões comuns”, afirmou a pasta.

Fonte: Blog do BG

BRASILEIROS DEPORTADOS DOS EUA DIZEM TER SIDO AGREDIDOS EM VOO DE VOLTA AO BRASIL

Foto: Reprodução

Brasileiros deportados dos Estados Unidos disseram ter sido agredidos por agentes americanos durante voo de repatriação do país até Manaus, local da primeira parada da aeronave, na noite desta sexta (24). Eles desembarcaram no aeroporto de Confins, em Minas Gerais, neste sábado (25).

Os migrantes afirmam que as agressões ocorreram no Panamá, quando a aeronave pousou no país centro-americano. De acordo com eles, um dos motores apresentou problema e demorou a voltar a funcionar. Neste ínterim, os migrantes não foram autorizados a deixar a aeronave, que passou por períodos com o ar-condicionado desligado.

Eles relataram falta de ar e pessoas passando mal, inclusive mulheres e crianças, além de dificuldade para serem autorizados a ir ao banheiro e conseguir se alimentar ou beber água. Protestos dos presentes para que agentes americanos deixassem que os migrantes saíssem da aeronave resultaram em discussão e, neste momento, teriam ocorrido as agressões.

Em seguida, a aeronave decolou e pousou em Manaus. Relatos de imigrantes dão conta de que, após o pouso, a Polícia Federal entrou na aeronave e ordenou que os imigrantes deixassem o avião e as algemadas fossem retiradas.

A Força Aérea Brasileira foi acionada pelo governo Lula para buscar os deportados em Manaus e levá-los ao destino final, Belo Horizonte.

Na noite deste sábado, o Itamaraty publicou em suas redes sociais a informação de que pedirá explicações ao governo Trump sobre “o tratamento degradante dispensado aos passageiros no voo”.

A pasta informou que para obter informações o ministro Mauro Vieira reuniu-se em Manaus com o delegado Sávio Pinzón, superintendente interino da Polícia Federal no Amazonas, e com o major-brigadeiro Ramiro Pinheiro, comandante do 7º Comando Aéreo Regional.

Na chegada no Aeroporto de Confins, os deportados falaram a jornalistas sobre o retorno e denunciaram as agressões.

Vários deles confirmam as agressões e mostraram marcas de algemas apertadas e de agressões nas costas. Um deles afirma que alguns dos agredidos fizeram exame de corpo de delito ainda em Manaus.

Eu não fui agredido, mas os meninos foram. Eles estavam algemados, meteram o porrete neles sem dó. Desumano. Chutes, jogando os moleques no chão. Em um deles, um cara deu um mata-leão”, disse Luiz Fernando Caetano Costa, um dos imigrantes retornados, que estava havia um ano e meio nos EUA.

Alguns rapazes mais novos começaram a ver as crianças passando mal, eles estavam falando para tirar as crianças. Os agentes dos Estados Unidos não queriam deixar a gente sair. Agrediram um dos meninos, derrubaram ele no chão e deram um chute nele”, afirmou Mario Henrique Andrade Mateus, 41, que diz ter ficado três meses detido na imigração americana.

Após a chegada da Polícia Federal, depois de muita discussão, muita briga, com a presença da Polícia Federal, eles não queriam deixar a gente descer. E quando aceitaram, eles queriam tirar as algemas para que a Polícia Federal não visse que nós estávamos algemados em território brasileiro”, disse Mario Henrique no aeroporto.

Nós não aceitamos isso e começou um novo atrito, até que o delegado da Polícia Federal, o superintendente-geral, conseguiu entrar na aeronave. Forçou lá e conseguiu entrar e obrigou a retirada da gente de dentro da aeronave e deu todo o suporte necessário para nós”, afirmou.

Fonte: Folha de São Paulo

HAMAS LIBERTA QUATRO REFÉNS ISRAELENSES EM TROCA DE 200 PRISIONEIROS PALESTINOS

Foto: Reprodução / CNN

O Hamas libertou quatro mulheres soldados israelenses neste sábado (25) como parte de um acordo de cessar-fogo mediado por Catar e Egito. Em troca, 200 prisioneiros palestinos estão sendo liberados por Israel, incluindo condenados por ataques fatais. A troca ocorre após 15 meses de guerra na Faixa de Gaza.

As reféns — Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag — foram capturadas em um posto de observação nos limites de Gaza durante o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023. Após serem libertadas, elas foram entregues a veículos da Cruz Vermelha e encaminhadas para forças israelenses, reencontrando suas famílias em uma base militar. O Ministério da Saúde de Israel informou que as quatro foram levadas para um hospital no centro do país.

A libertação foi acompanhada por celebrações em Tel Aviv, onde centenas de israelenses se reuniram na chamada “Praça dos Reféns”, assistindo ao momento ao vivo em uma tela gigante. Do lado palestino, os prisioneiros foram transportados em ônibus da prisão militar de Ofer, na Cisjordânia ocupada, enquanto multidões aguardavam sua chegada.

Este é o segundo processo de troca desde o início do cessar-fogo, em 19 de janeiro. A primeira troca resultou na libertação de três civis israelenses em troca de 90 prisioneiros palestinos. O acordo, apoiado pelos Estados Unidos, prevê a libertação gradual de reféns israelenses, incluindo crianças, mulheres e idosos, em troca de centenas de prisioneiros palestinos.

Atualmente, 90 reféns permanecem em Gaza, e cerca de um terço deles foi declarado morto pelas autoridades israelenses. Famílias dos reféns que ainda aguardam libertação expressam preocupação com a possibilidade de interrupção do cessar-fogo antes do cumprimento total do acordo.

Desde o início do conflito, mais de 47 mil palestinos foram mortos, segundo autoridades locais. A guerra foi desencadeada pelo ataque do Hamas em outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 israelenses e no sequestro de 250 reféns.

Fonte: Agência Brasil

AVIÃO COM PRIMEIROS DEPORTADOS DA ERA TRUMP POUSA EM MANAUS

Foto: Força Aérea dos EUA

O avião com os primeiros deportados dos Estados Unidos no novo mandato do presidente Donald Trump está em solo brasileiro. A aeronave pousou em Manaus (AM) na noite desta sexta-feira (24/1), mas, devido a problemas técnicos, não seguiu viagem até o destino final, o Aeroporto de Confins, na Grande Belo Horizonte (MG).

A informação é da BH aiport, concessionária que administra o aeroporto de Confins. Inicialmente, a empresa afirmou que foi necessário fazer manutenção na aeronave em Manaus, mas depois relatou o cancelamento do voo para a Grande Belo Horizonte.

Avião com deportados

Aeronave pousaria na noite desta sexta no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG).

Dos 158 passageiros de várias nacionalidades, 88 são brasileiros, segundo relatos de fontes do Itamaraty ao Metrópoles.

Voos com brasileiros deportados dos Estados Unidos ocorrem desde 2017, durante o governo Temer. Eles chegam ao Brasil uma ou duas vezes por mês, no máximo, sempre às sextas-feiras.

Não há previsão de quando a aeronave poderá decolar novamente nem a causa do problema técnico.

A aeronave com 88 imigrantes brasileiros detidos por estarem em condição ilegal nos EUA é pertencente ao Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) norte-americano.

Os deportados deste primeiro voo não foram presos na gestão de Trump. Eles haviam sido retirados das ruas ainda na gestão do ex-presidente Joe Biden, que deixou o cargo na última segunda-feira (20/1). Neste ano, já houve outro voo que pousou no Brasil com pessoas deportadas dos Estados Unidos. Isso aconteceu no último dia 10, ainda na gestão de Biden. Havia 100 pessoas a bordo.

Fonte: Metrópoles

TRUMP PROÍBE MULHERES TRANS EM PRISÕES FEMININAS  

Foto: Jornal Nacional/Reprodução

O governo Donald Trump determinou que mulheres trans presas passem a cumprir pena em cadeias para homens.

A decisão da Casa Branca se aplica aos presídios federais dos Estados Unidos. Atualmente, 2,3 mil pessoas trans estão detidas nessas cadeias; 1,5 mil fizeram a transição para o gênero feminino.

Pessoas trans não se identificam com o gênero que foi atribuído a elas na hora do nascimento. Essa atribuição é feita com base no sexo biológico do indivíduo.

Desde 2017, o Departamento de Justiça americano orienta que presos trans sejam alojados de acordo com o gênero com que eles se identificam. Para isso, recomenda laudos médicos e avaliação psicológica. Beth Schwartzapfel é jornalista especializada em direitos civis e alerta:

As prisões são um lugar especialmente perigoso para mulheres trans, que são alvo de agressões e abusos sexuais em níveis muito mais altos do que outras pessoas”.

Dados do próprio governo federal mostram que pessoas trans têm dez vezes mais probabilidade de sofrerem crimes sexuais dentro da cadeia. Em 1994, a Suprema Corte dos Estados Unidos estabeleceu que as autoridades têm o dever de proteger detentos em risco. A decisão foi uma resposta à queixa de uma mulher trans que foi presa com homens e denunciou ter sido violentada por um deles.

O decreto de Trump também proíbe que o governo federal custeie a transição de gênero de detentos. Nos últimos anos, pelo menos duas detentas conseguiram que o governo pagasse pela cirurgia de mudança de sexo e afirmação de gênero. Outras conseguiram o financiamento de tratamentos hormonais. A Justiça americana reconhece que o acesso a esses procedimentos faz parte do acesso a cuidados médicos para detentos, uma garantia prevista na Constituição. Em 2022, o governo gastou US$ 153 mil com esses tratamentos e cirurgias – 0,01% do orçamento daquele ano do Departamento de Saúde.

As decisões sobre presos e presas trans são parte de um decreto mais amplo, que Trump assinou no mesmo dia em que tomou posse. O documento altera a forma como todos os serviços federais entendem sexo e gênero. O texto afirma:

Sexo se refere à classificação biológica imutável de um indivíduo como masculino ou feminino. Sexo não é sinônimo nem inclui o conceito de identidade de gênero”.

O médico brasileiro Thiago Caetano, especialista em cuidados médicos para pessoas trans, explica que sexo e gênero são conceitos complementares.

Sexo trata de biologia, trata de cromossomos, de órgãos sexuais. É um conceito biológico. Já gênero é construção social, é um conceito social. É através do gênero que a pessoa se expressa e se mostra perante o mundo. Então, quando se desrespeita o gênero de uma pessoa, a gente acaba desrespeitando toda a expressão dessa pessoa perante a sociedade, perante as outras pessoas”, afirma Thiago Caetano, cirurgião do Instituto Oswaldo Cruz.

Fonte: g1