INJEÇÃO REDUZIU EM 96% RISCO DE INFECÇÃO POR HIV EM NOVO ESTUDO

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Um medicamento atualmente utilizado para tratar o HIV também se mostrou capaz de reduzir drasticamente o risco de infecção, de forma significativamente superior à principal opção disponível para profilaxia pré-exposição ou PrEP. A descoberta foi divulgada na última quinta-feira (12).

Em um ensaio clínico de Fase 3, 99,9% dos participantes que receberam uma injeção de lenacapavir duas vezes ao ano para prevenção do HIV não contraíram a infecção, de acordo com dados da farmacêutica Gilead Sciences.

Houve apenas dois casos entre 2.180 pacientes, reduzindo efetivamente o risco de infecção por HIV em 96% e provando ser 89% mais eficaz do que o Truvada, uma pílula tomada uma vez ao dia. O ensaio foi aberto mais cedo, pois, segundo os pesquisadores, atingiu seus principais objetivos, permitindo que o lenacapavir fosse oferecido a todos os participantes.

A dificuldade que algumas pessoas podem ter ao tomar um comprimido oral todos os dias, incluindo desafios com adesão e estigma, dificultaram a aceitação e a continuidade do padrão de tratamento por muito tempo, diminuindo o impacto da PrEP na prevenção do HIV”, disse Onyema Ogbuagu, investigador principal do ensaio e diretor do Programa de Pesquisa em Antivirais e Vacinas da Universidade de Yale.

A eficácia incrível demonstrada no ensaio PURPOSE 2, os potenciais benefícios de uma injeção semestral e a diversidade de locais e participantes do ensaio mostram o impacto que o lenacapavir para PrEP pode ter para pessoas ao redor do mundo que precisam de novas opções para reduzir suas chances de contrair o HIV”, continuou. “Esta descoberta acrescenta significativamente ao nosso arsenal de ferramentas para nos aproximar de uma geração livre de AIDS.

O ensaio PURPOSE 2 incluiu homens cisgêneros, homens transgêneros, mulheres transgêneras e indivíduos não binários com 16 anos ou mais que têm relações sexuais com parceiros designados do sexo masculino ao nascer. Havia 88 locais de ensaio nos países Argentina, Brasil, México, Peru, África do Sul, Tailândia e Estados Unidos.

Outro ensaio descobriu que tomar o lenacapavir injetável de ação prolongada como profilaxia pré-exposição pode fornecer proteção total contra a aquisição do HIV em mulheres, demonstrando 100% de eficácia entre mulheres jovens e adolescentes na África, de acordo com dados do ensaio publicados em julho.

Trata-se de um “avanço significativo na prevenção do HIV”, segundo um comunicado à imprensa da Organização Mundial da Saúde em julho.

A Gilead afirmou que usará esses dados de ensaios para iniciar o processo de aprovação do medicamento em vários países até o final do ano. A empresa planeja priorizar a autorização em países com alta incidência e poucos recursos.

Fonte: Blog de Daltro Emerenciano

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE PRÉ-QUALIFICA PRIMEIRA VACINA CONTRA MPOX

Foto: Débora F. Barreto-Vieira/IOC/Fiocruz

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira 13 que pré-qualificou a vacina contra a mpox produzida pela farmacêutica Bavarian Nordic. Este é o primeiro imunizante contra a doença que passa a integrar a lista de insumos pré-qualificados da entidade.

Na prática, a dose, a partir de agora, pode ser distribuída a países de baixa renda e que enfrentam surtos de mpox por meio de entidades como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi, na sigla em inglês).

A aprovação da pré-qualificação deve facilitar o acesso ampliado e oportuno a um insumo essencial em comunidades com necessidades urgentes, para reduzir a transmissão e ajudar a conter surtos”, avaliou a OMS em nota.

Para o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a primeira pré-qualificação de uma vacina contra a mpox representa um passo importante no combate à doença, tanto do ponto de vista dos atuais surtos registrados na África como considerando cenários futuros relacionados à doença.

Precisamos agora intensificar urgentemente a aquisição, as doações e a distribuição, para garantir acesso equitativo às doses onde elas são mais necessárias, juntamente a outras ferramentas de saúde pública, no intuito de prevenir infecções, interromper a transmissão e salvar vidas”, completou.

Indicação e esquema vacinal
De acordo com a OMS, a vacina produzida pela Bavarian Nordic pode ser administrada em pessoas com 18 anos ou mais em esquema de duas doses, com intervalo de quatro semanas entre elas. Após armazenamento frio prévio, a dose pode ser mantida em temperatura que varia de 2 a 8 graus Célsius (°C) por até oito semanas.

Uso off label
A entidade ressalta que, embora o imunizante não esteja atualmente licenciado para aplicação em menores de 18 anos, o chamado uso off label está permitido em crianças e adolescentes e também em gestantes e pessoas imunossuprimidas. “Isso significa que o uso da vacina é recomendado em situações de surto onde os benefícios superam os riscos potenciais”.

Dose única
A OMS também recomenda a aplicação de dose única em situações de surto combinado à oferta limitada do imunizante. A entidade destaca, entretanto, a necessidade de coleta de dados sobre segurança e eficácia da vacina nesse tipo de circunstância.

Dados disponíveis mostram que uma única dose da vacina administrada previamente à exposição tem eficácia estimada de 76% na proteção contra a mpox, enquanto o esquema de duas doses atinge eficácia estimada de 82%. A vacinação após exposição ao vírus é menos eficaz do que a vacinação pré-exposição.

Segurança
Ainda de acordo com a organização, a vacina da Bavarian Nordic apresenta bom perfil de segurança e desempenho, demonstrado em estudos clínicos e também em meio à primeira emergência global por mpox, declarada em 2022.

Em razão da mudança epidemiológica e do surgimento de novas variantes do vírus, continua sendo importante colher o máximo de dados possível sobre a segurança e eficácia da vacina em diferentes contextos”, completou.

Cenário
Dados da OMS indicam que, até o momento, 120 países confirmaram mais de 103 mil casos de mpox desde 2022. Apenas este ano, foram contabilizados 25.237 casos suspeitos e confirmados, além de 723 mortes pela doença, provenientes de surtos distintos, causados por variantes diferentes, em 14 países africanos.

Fonte: Agora RN

INTOLERÂNCIA POLÍTICA: VEREADORA E PRESIDENTE DA CÂMARA DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU, TEM PRINCÍPIO DE INFARTO APÓS AGRESSÕES DE ADVERSÁRIOS

A vereadora e Presidente da Câmara de São José de Mipibu, Carla Simone, sofreu um princípio de infarto na noite desta quinta-feira (12). Simone participava de uma movimentação política quando recebeu a informação que circulava vídeos contendo informações falsas e sabidamente mentirosas por parte de adversários políticos. Ao passar mal, Simone foi socorrida na UPA 24h e depois foi encaminhada ao hospital em Natal.

O quadro da vereadora Simone é estável, no entanto permanece internada e deverá passar por novos exames e procedimentos médicos nesta sexta-feira (13). Os compromissos de campanha foram suspensos.

Blog do RR: Desejamos uma recuperação rápida à vereadora Simone e registramos nossa solidariedade aos amigos, familiares e correligionários políticos de Simone que se revoltam com a quantidade e o nível de baixaria que a campanha eleitoral em São José de Mipibu tem chegado. Lamentável.

INFOGRIPE APONTA QUE A COVID-19 SE ESPALHA POR CINCO ESTADOS

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz divulgado nesta quinta-feira (12) aponta o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 não apenas em Goiás e São Paulo, como apontado na semana passada, mas também nos estados de Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

O estudo da Fiocruz observou ainda a manutenção do crescimento de casos de SRAG por rinovírus em muitos estados das regiões Nordeste e Centro-Sul, e especialmente no estado do Amapá, onde chama a atenção que a maioria dessas ocorrências graves por rinovírus estão concentradas principalmente entre crianças e adolescentes de até 14 anos de idade.

A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz Tatiana Portella alerta que, devido à alta movimentação de pessoas entre o estado de São Paulo e outras regiões do país, o aumento de casos de SRAG por covid-19 em São Paulo pode, nas próximas semanas, continuar impulsionando a disseminação e o crescimento dos casos do Sars-CoV-2 (Covid -19) em outros estados.

Diante desse cenário, a pesquisadora reforça a importância de que todas as pessoas do grupo de risco – como idosos, crianças e pessoas com comorbidades – estejam em dia com a vacinação contra a covid-19.

Nessa época do ano, começam as campanhas de vacinação contra a influenza na Região Norte. E é muito importante que todas as pessoas elegíveis nos estados do Norte também estejam em dia com a vacina contra a influenza”, recomenda.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 14,4% para influenza A; 3,2% para influenza B; 9% para vírus sincicial respiratório (VSR), 34,7% para rinovírus, e 32% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a prevalência entre os casos positivos foi de 25,4% para influenza A, 4,1% para influenza B, 3,7% para VSR, 9,8% para rinovírus e 50,2% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Com esse quadro preocupante, é fundamental seguir recomendações como uso de máscara em locais fechados com maior aglomeração de pessoas e com menor circulação de ar, assim como dentro dos postos de saúde. Em caso de aparecimento dos sintomas, o recomendado é ficar em isolamento em casa, se recuperando da infecção e, assim, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas. Mas, se não for possível fazer isolamento, o recomendado é sair de casa usando uma boa máscara”, orienta a pesquisadora.

Fonte: Tribuna do Norte

SESAP CONFIRMA PRIMEIRO CASO DE FEBRE OROPOUCHE NO RN

Foto: José Aldenir/Agora RN

A Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) confirmou, na manhã desta quarta-feira 11, o registro do primeiro caso da febre Oropouche no RN. O caso aconteceu em Parnamirim, na Grande Natal, no mês de agosto.

A paciente, uma mulher de 69 anos, já foi curada da doença e encontra-se bem de saúde. Até esta semana, o Rio Grande do Norte era o único estado do Nordeste sem ocorrências confirmadas da doença.

O estado foi notificado com 17 casos suspeitos e conta com nove sendo investigados pela Sesap.

A febre do Oropouche é uma doença transmitida pelo inseto conhecido como maruim ou mosquito-pólvora (Culicoides paraensis). Por causa da predileção do mosquito por materiais orgânicos, a recomendação é que a população mantenha os quintais limpos, evitando o acúmulo de folhas e lixo orgânico doméstico, além de usar roupas compridas e sapatos fechados em locais com muitos insetos.

Alguns dos sintomas da doença são febre, dor de cabeça, dores musculares e atrás dos olhos.

A coordenadora de vigilância em saúde, Diana Rêgo, informou que o mosquito que transmite a Oropouche, diferente do Aedes aegypti, não convive com água parada e se alimenta de matéria orgânica.

Atenção ao armazenamento de lixo, em especial lixo orgânico. As pessoas que moram próximas de bananeiras e mangues devem utilizar repelente, roupas de mangas compridas, de preferência claras, e se possível, colocar telas nas residências”, completou.

Fonte: Agora RN

PACIENTES DO SUS FICAM SEM ATENDIMENTO RENAL NO RN

Foto: Reprodução

Há 46 dias, pacientes que necessitam de tratamento contra cálculo renal através do serviço público no Rio Grande do Norte estão desamparados. A situação envolve a falta de renovação do convênio por parte do Governo do Estado com uma clínica privada que presta esse atendimento há 30 anos. Desde o dia 27 de julho com o contrato expirado, a estimativa é que mais de 200 pacientes já foram prejudicados sem a realização de cirurgias que seriam contempladas através do convênio.

De acordo com Maryo Kemps, diretor da clínica privada, a unidade é a única com a prestação desses atendimentos ao cuidados renais no Rio Grande do Norte através do Sistema Único de Saúde (SUS), acumulando uma média de 120 atendimentos por mês ou 1.440 por ano. “De 90 a 95% da nossa atividade é direcionada ao SUS. Eu venho mandando ofício tentado pleitear uma negociação para abrir um discurso de renovação e a gente sempre com dificuldade de burocracia”, explica.

Desde a renovação em 2019, o convênio entre a clínica e o Governo do Estado apresenta valores defasados dos custos reais da empresa. Na avaliação de Maryo Kemps, os custos operacionais apresentaram uma forte elevação, agravado ainda pela pandemia da Covid-19 e os reajustes do piso salarial de enfermagem. “Apenas de recomposição inflacionária nesse período até julho deste ano, representa uma diferença de 32% nos valores”, afirma.

Segundo o diretor da unidade, as negociações para essa atualização de valores foi iniciada ainda em 2021. Retomadas em março deste ano, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) teria se comprometido a viabilizar o reajuste diante do contrato, o que não foi firmado até o momento. Todas as necessidades financeiras também teriam sido apresentadas pela clínica ao Conselho Estadual de Saúde.

No último levantamento que levei ao Conselho Estadual de Saúde, acho que a gente teve um prejuízo de quase R$1,3 milhão com o que a gente recebe e o que a gente gasta dentro da clínica. Todo ano isso aumenta porque os custos aumentam e os valores não suportam. Hoje nos pagamos para atender os pacientes”, esclarece o diretor da unidade que aguarda a renovação do contrato com o Governo do Estado.

Mesmo com o convênio vencido, Maryo Kemps, diretor da clínica, explica que houve tentativas de proceder com os atendimentos aos pacientes diante da promessa de pagamento. Apesar dos procedimentos terem sido realizados durante os primeiros dias, não foram apontadas resoluções para a quitação desses valores.

Procurada pela imprensa para esclarecer se existem perspectivas para a renovação do convênio, a Sesap explicou que um novo contrato com a empresa está em vias de finalização, com empenho encaminhado e deverá ser assinado “em breve” entre as partes.

Essa pendência de mais de um mês que ainda aguarda ajustes é avaliada por Maryo como um prejuízo “incalculável” para quem depende dos serviços. Sendo a única a realizar o “bombardeamento renal”, termo que designa a técnica de litotripsia extracorpórea (LECO), pelo SUS, o paciente ficará sujeito a precisar de uma cirurgia com custos entre R$15 mil a R$30 mil.

Fonte: Blog Jair Sampaio

SAÚDE NAS COMUNIDADES AMPLIA OFERTA DE ATENDIMENTO MÉDICO E ODONTOLÓGICO EM MACAÍBA

O Programa Saúde nas Comunidades, lançado em 2023 pela gestão Emídio Júnior, segue levando atendimento médico ambulatorial itinerante para as comunidades rurais de Macaíba e amplia o acesso da população às consultas médicas e atendimento odontológico. O ser é realizado realizado de segunda a sexta, das 8h às 13h e 14h às 17h, conforme o cronograma de cada localidade.

O programa faz parte de uma série de ações que ampliam o acesso à saúde em todo o município com atendimento médico e odontológico nos pontos de apoio (anexos de saúde), nas unidades básicas de saúde que possuem demanda maior, em associações, equipamentos da comunidade, através da Unidade Móvel médico-odontológica, na residência dos pacientes acamados e com dificuldade de locomoção, assim como também atendimento odontológico em pacientes internados na UPA Aluízio Alves e no Hospital Regional Alfredo Mesquita.

O programa foi criado na gestão Emídio Júnior com o objetivo de facilitar o acesso da população aos serviços considerando principalmente a grande área territorial do município, resolvendo problemas de saúde e ampliando diagnósticos precoces.De acordo com o secretário municipal de Saúde, Júnior Rêgo, o Programa Saúde nas Comunidades e a ampliação dos serviços oferecidos nas 12 Unidades Polos, com a aplicação de injetáveis e atendimento de urgências como hidratação, troca de curativos, crise hipertensiva e outras; e as duas Unidades Sentinelas, Potengi e Campo das Mangueiras, com funcionamento ampliado até as 19h, visam atender a população que estava desassistida e desafogar gradativamente UPA do município.

Ele informou ainda, que o programa teve início no mês de julho de 2023, com o atendimento de um médico visitando as comunidades, tendo sua equipe ampliada . “Desde o início de 2024, o programa já conta com 6 médicos atuando dentro das comunidades e mais um profissional na unidade móvel”, explicou.

Em relação ao atendimento odontológico, o Programa Saúde nas Comunidades atualmente atende na unidade móvel pela manhã e à tarde, com duas equipes compostas por dentista e técnico de saúde bucal; e em dois consultórios odontológicos portáteis que são instalados nos anexos com atendimento realizado pelo dentista e o técnico de saúde bucal da UBS que cobre a comunidade.

As comunidades atendidas com o trailer são: Conjunto Manoel Dias, Novo Alecrim, Xingu, Porteiras, Lagoa dos Espinheiros, Assentamento José Coelho, Tabatinga, Lagoa Seca, Barro Branco, Eldorado dos Carajás, Quilombo dos Palmares, Cajarana e Lagoa do Boi; e as comunidades atendidas em anexos são: Pé do Galo, Novo Alecrim, Recanto Verde, Lagoa do Lima, Caracaxá, Félix Lopes, Retiro, assentamento José Coelho, Mata Verde, Lamarão, Japecanga e Curralinho, Lagoa do Mato, Tabatinga, Peri Peri, Jundiaí e Rua da Palha.

As UBS do Loteamento Esperança, Campinas, Campo da Santa Cruz e Centro recebem médicos itinerantes uma vez por semana, ampliando a oferta de atendimento de consultas de segunda a sexta-feira.

PREFEITURA DO NATAL INAUGURA 1º HOSPITAL PÚBLICO VETERINÁRIO

Foto: Eryka Silva/98 FM

A Prefeitura do Natal inaugurou nesta terça-feira (10) o primeiro hospital público veterinário da cidade. Localizada no bairro da Ribeira, a unidade é gerida pela Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, organização da sociedade civil (OSC) selecionada por edital lançado pela Prefeitura. O hospital tem foco no atendimento gratuito de cães e gatos da cidade.

A cerimônia de inauguração contou com a presença do prefeito Álvaro Dias (Republicanos).

Além de atender presencialmente, o hospital veterinário terá demanda remota, pela TeleVet, disponível pelo aplicativo “Natal Digital”.

No hospital, serão realizados serviços diversos, desde consultas a cirurgias, passando ainda por exames de imagem e tratamento ambulatorial. A meta é que o hospital veterinário efetue mais de 3 mil procedimentos por mês, incluindo ainda diagnósticos por imagem, 50 cirurgias e mais de 500 consultas.

O hospital está localizado na Rua Dr. Barata, 233, Ribeira. Os serviços estarão disponíveis das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira.

Por dia, serão distribuídas 50 fichas de atendimento. Será destinado um atendimento individual para o animal por cada CPF do tutor. Para ter acesso, o cidadão deve possuir o comprovante de residência do Município de Natal e documento oficial.

Fonte: Portal 98 FM Natal

SUS PASSARÁ A CUSTEAR NOVO REMÉDIO PARA TRATAMENTO DE NEUROBLASTOMA

Foto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou na quinta-feira (5) a incorporação do medicamento betadinutuximabe ao tratamento do neuroblastoma de alto risco. Isso significa que o remédio passará a ser custeado e distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A condição para o tratamento é a de que o paciente tenha sido previamente tratado com quimioterapia e alcançado pelo menos uma resposta parcial, seguida de terapêutica mieloablativa e transplante de células tronco.

O pedido de incorporação do medicamento foi submetido à Conitec em janeiro deste ano pelo laboratório farmacêutico Recordati, que comercializa o remédio com o nome Qarziba.

O neuroblastoma é o terceiro tipo de câncer infantil mais recorrente, depois da leucemia e de tumores cerebrais. O remédio, que custa cerca de R$ 2 milhões, é indicado para casos de alto risco ou recidiva e já foi utilizado em mais de mil pacientes de 18 países. Segundo o fabricante, ele melhora a sobrevida, aumenta a probabilidade de cura e reduz o risco de a doença voltar.

Em janeiro deste ano, uma campanha de arrecadação de recursos para o tratamento de Pedro, filho do indigenista Bruno Pereira, chamou a atenção para a urgência da incorporação do betadinutuximabe ao SUS. Em apenas três dias, a campanha alcançou a meta, mas a família de Pedro se uniu a outras famílias que também vivenciam a dificuldade de acesso aos remédios para o tratamento do neuroblastoma.

Na reunião da Conitec desta quinta-feira também foi aprovada a incorporação ao SUS de novos remédios para doença pulmonar obstrutiva crônica.

Fonte: Ponta Negra News

VARIANTE DO OROPOUCHE QUE CAUSOU SURTO NO NORTE CHEGOU A MAIS ESTADOS E HÁ NOVAS MUTAÇÕES

Foto: Reprodução

Cientistas identificaram que a variante do vírus oropouche (OROV) responsável pelo surto de febre oropouche no Norte do Brasil já se espalhou para a Bahia, Espírito Santo e Santa Catarina.

No novo estudo, publicado na revista científica The Lancet, os pesquisadores do grupo Fleury e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) confirmaram ainda a existência de duas novas mutações, presentes nesses mesmos Estados.

As alterações no genoma do vírus podem ter contribuído para sua propagação pelo País, para o aumento de casos e para as manifestações graves da doença, que causou as duas primeiras mortes do mundo em 2024.

Neste ano, o Brasil registrou mais de 7.800 casos de febre oropouche em 22 Estados, segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. Para comparação, em 2023, foram 831 casos da doença, todos em Estados da região Norte (Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima).

Novo passo para entender o vírus
As informações do estudo complementam o que já indicava uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre o genoma do vírus que iniciou o surto de febre oropouche no Norte do País, em 2022.

Segundo a análise da Fiocruz, o aumento de casos foi causado por uma nova linhagem do OROV que surgiu no Amazonas entre 2010 e 2014 e se espalhou silenciosamente na última década.

Agora, a nova pesquisa mostra que essa mesma variante já chegou à Bahia, Espírito Santo e Santa Catarina, o que indica o avanço do vírus pelo País.

Mutações
Os cientistas também encontraram novas mutações que datam do período entre 2023 e 2024, depois do início do surto. Isso indica que a disseminação do vírus nos últimos dois anos pode ter desencadeado alterações no seu genoma.

À medida que o vírus vai sendo transmitido, mutações vão acontecendo”, diz Daniela Zauli, coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Fleury.

A pesquisa indica que o vírus passou por um rearranjo – alterações que impactam uma extensão maior de seu DNA. As evidências apontam que o OROV se rearranjou com dois outros microrganismos de sua família: o vírus Iquito e o PEDV, que circulam na Amazônia e têm potencial para infectar seres humanos

O vírus tem três pedacinhos. O que aconteceu em um dado momento é que dois ou até três vírus diferentes contaminaram a mesma célula. Na hora de empacotar um vírus novo, em vez de pegar os três segmentos do mesmo oropouche, eles pegaram um pedacinho dos outros vírus, que são parecidos”, explica o infectologista Celso Granato, diretor clínico do Grupo Fleury não envolvido no estudo

Essa troca com outros vírus pode acontecer eventualmente, de acordo com os especialistas. “Isso faz parte da evolução natural (dos vírus). A gente tem que ficar atento ao que essa evolução traz para os seres humanos”, diz Daniela.

Ela ressalta que não é possível afirmar se essas mutações estão relacionadas a casos graves de febre oropouche ou a mudanças na maneira como o vírus se propaga. Novos estudos devem investigar essas associações.

A febre oropouche é transmitida pelo inseto Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. “Quando você tem uma mutação, isso pode gerar a capacidade de ser transmitido por outros tipos de insetos”, afirma Granato. “Falando em hipótese, se esse vírus se adapta bem ao Aedes aegypti, por exemplo, isso é muito ruim porque é um mosquito mais difundido no País”, complementa.

Os especialistas enfatizam a importância de ampliar a testagem porque as amostras oferecem material de análise e permitem aos pesquisadores entender se as alterações do OROV demandam alterações nas medidas de prevenção da doença, por exemplo.

Essa vigilância genética do vírus é importantíssima porque é através dela que vamos conhecer melhor como esse vírus está se comportando em um País como o Brasil, que é tão heterogêneo”, conclui Granato.

Fonte: Blog Jair Sampaio