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É lamentável observar como as eleições para a presidência da OAB Mossoró se tornaram uma encenação repetitiva e previsível. A cada ciclo eleitoral, assistimos ao mesmo espetáculo: um grupo restrito de advogados, alguns deles ex-presidentes, se reúne para impor nomes escolhidos a dedo, sem qualquer participação real da classe.
Esses nomes, muitas vezes, são de pessoas que sequer se dignam a cumprimentar os colegas, mas que, ostentando o título de doutor, acreditam ser automaticamente merecedores da presidência.
Mal sabem – ou talvez preferem ignorar – as verdadeiras necessidades e desafios enfrentados pela advocacia local, pois raramente são vistos nos corredores da instituição que almejam liderar.
Nesse círculo fechado, a prática parece ser mais sobre minar a imagem de colegas do que fortalecer a advocacia. O ego e as vaidades se inflaram ao longo dos anos, ao ponto de acharem mais produtivo depreciar uns aos outros do que discutir propostas que realmente tragam avanço para a classe.
Falar em unidade e renovação virou apenas uma fachada, palavras vazias para disfarçar o real interesse em manter um clube de privilégios restrito a poucos.
Esses mesmos advogados, ironicamente, dizem que a OAB precisa ser de todos, mas se mantêm distantes da realidade dos advogados de Mossoró e região, que têm crescido e se esforçado para melhorar o cenário jurídico nos últimos anos.
Pregam que a OAB não deve ser dominada por grupos, mas estão sempre aliados a pequenos clãs de interesse. Disfarçam suas intenções com promessas de uma “OAB para todos”, mas a verdade é que estão mais preocupados em perpetuar um poder já gasto e ultrapassado, desconsiderando qualquer tipo de mudança real.
E o pior é que alguns desses “salvadores da OAB” são apoiados por figuras que deixaram marcas vergonhosas na instituição. Como se não bastasse a hipocrisia, é de se espantar que a própria candidatura seja endossada por alguém que, após escândalos envolvendo violência doméstica – com provas em vídeo –, ainda posa como defensor dos interesses da advocacia.
Chega desse teatro! A advocacia de Mossoró e região merece uma liderança que realmente compreenda suas necessidades, que conheça o cotidiano de quem atua na linha de frente.
Precisamos de representantes que respeitem a classe e não de nomes fabricados para satisfazer egos.