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Dois botafoguenses salvaram o Brasil de mais um vexame e foram decisivos para a vitória sobre o Chile, de virada, por 2 a 1 nesta quinta-feira (10). Igor Jesus e Luiz Henrique foram às redes no triunfo em Santiago, conquistado com gol perto dos acréscimos, quando a partida apontava para um empate com marasmo O resultado pode dar confiança e faz a seleção brasileira do pressionado Dorival saltar na tabela.
A apresentação não foi das melhores mais uma vez, mas foram importantes os três pontos que levaram o Brasil ao quarto lugar na tabela de classificação das Eliminatórias, com 13 pontos, Manteve-se o futebol pobre, com pouco repertório e sem soluções táticas. Mas o poder de decisão de Igor Jesus, em grande fase, e a ousadia de Luiz Henrique, salvaram a pragmática seleção.
As estrelas, como Rodrygo, decisivo em seu clube, o Real Madrid, se mantiveram apagadas – por responsabilidade própria e também por causa da pobreza tática e técnica dessa equipe.
Em Santiago, foi previsível e improdutiva a seleção brasileira, repetindo atuações abaixo da média que havia feito sob o comando de Dorival e outros técnicos. O time, por vezes, acelerou muito e pensou pouco. Foi afoito e em alguns momentos desesperado, provavelmente pela necessidade do resultado positivo, que enfim veio e deu alívio aos jogadores e à comissão técnica.
Diante do Chile, freguês histórico, o Brasil saiu vencedor, mas não foi soberano. A seleção chilena atual é valente, mas bastante limitada, tanto que só ganhou uma vez nas Eliminatórias e tem a segunda pior campanha do torneio, com cinco pontos. Mesmo assim, segurou os brasileiros por algum tempo e até exerceu certo domínio em parte do duelo.
Foi melancólico o início de jogo da seleção, que levou um gol no primeiro minuto e complicou o que já era difícil. O gol foi resultado de falhas em sequência na marcação e uma clara desatenção de jogadores como Danilo, que não se sabe se é zagueiro ou lateral. Certo é que joga mal nas duas posições, mas é considerado um líder por Dorival, que lhe concedeu a braçadeira de capitão. Ele não viu Vargas às suas costas. O chileno, atacante reserva do Atlético Mineiro, cabeceou por cima de Ederson, outro a falhar.
A pressão dos chilenos seguiu até perto dos 15 minutos, período depois do qual o Brasil passou a controlar a partida. Mas não foi um domínio tão claro. O time de Dorival teve a bola, procurou espaços e rondou a área do rival, só que, com um futebol burocrático, não levou perigo. Até que Savinho, um dos que mais tentou, driblou na ponta direita e cruzou na cabeça de Igor Jesus. O estreante mandou para as redes e comemorou efusivamente. Foi a primeira vez no século que um atleta do Botafogo marcou um gol pela seleção.
Um destaque pelo baixo desempenho na partida foi Lucas Paquetá. Investigado por suposta participação em esquema de apostas, o meio-campista levou cartão amarelo com um minuto de jogo. Depois, errou passes em profusão e mais reclamou do que correu. Foi justamente sacado no intervalo.
As presenças de Gerson na vaga de Paquetá e Bruno Guimarães no lugar de André deu qualidade ao meio de campo da formação brasileira, mas outros jogadores, como Raphinha e Rodrygo, pouco apareceram. A ‘estratégia’ por muitas vezes foi bola em Savinho e o ponta do Manchester City que se vire. Ele tentou, mas, na maioria das vezes sozinho, não progrediu.
Luiz Henrique, que substituiu Savinho, resolveu chamar a responsabilidade e fazer o que ninguém vinha fazendo: arriscar. O meia-atacante limpou a marcação e acertou o canto direito do goleiro para salvar o Brasil e garantir a sofrida vitória na capital chilena.
Com informações do Portal 98FM