Foto: Reprodução/Novo Notícias
Apontada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, como o “pior furacão a atingir a Flórida em 100 anos”, o Furacão Milton atraiu a atenção da população estadunidense e da comunidade internacional. Até esta quinta-feira (10), o fenômeno causou dez mortes, além da interrupção da energia elétrica para mais de 2 milhões de clientes no estado americano, alagamentos, suspensão no fornecimento de água e danos ao patrimônio. O cenário foi visto de perto pelo jornalista natalense Marcius Melo, morador da cidade de Orlando, que integra a Flórida, há pelo menos 5 anos. O potiguar contou sua experiência e relatou como se preparou para a calamidade.
Marcius Melo vive com sua esposa, a arquiteta Nina Melo, de 33 anos, e seu filho, de 2 anos. De acordo com ele, o governo local concedeu uma série de orientações a população, incluindo um plano de evacuação, ainda no domingo (6). As autoridades recomendaram que os moradores de Orlando coletassem água, comida e meios alternativos para geração de energia suficientes por pelo menos três dias. “Os Estados Unidos, em especial a Flórida, tem um histórico de combate a furacões. Na minha região, foi relativamente tranquilo. Eles tranquilizaram a população”, disse.
Diferente dos residentes de outras localidades, o jornalista e sua família não precisaram sair de sua casa. Ele contou que a região não estava entre que exigiam uma evacuação obrigatória. Entre outras medidas de prevenção, o governo americano utilizou alertas enviados pelo celular, a fim de informar a população sobre danos causados pelo fenômeno. “Éramos informados a todo momento sobre possíveis alagamentos, mas a evacuação não foi necessária”, relatou.
O processo de estocagem exigiu algumas improvisações por parte da família. Ainda assim, antes da chegada do furacão, todas as medidas preventivas de desastre foram seguidas. Marcius Melo também testou a rota de fuga projetada pelas autoridades antes da chegada do furacão. “Armazenamos gelo na máquina de lavar e água em garrafinhas. Mas ficamos seguros em casa e estávamos acompanhando as atualizações sobre o furacão”, contou
O Furacão Milton atingiu a cidade de Orlando no grau 1, um nível mais baixo. Porém, presenciar um fenômeno da natureza e seus efeitos trouxe um sentimento de preocupação para ele e a esposa. “No momento em que o fenômeno surgiu, foi um pouco tenso, já que se vê a força da natureza na sua frente. Em certos momentos, eu conseguia levemente me apoiar sem que o vento me derrubasse. Se eu colocasse um pouco mais do meu corpo, eu cairia. Só de você saber que existe um vento dessa forma, e que existem ventos muito mais fortes, gera uma tensão”, afirmou.
Entre os meses de junho e outubro, os EUA passam pela “temporada de furacões”. O potiguar relatou ainda que o próximo, que pode atingir a região, é o Furacão Nadine. As autoridades locais ainda irão confirmar a população quais os possíveis riscos que este pode oferecer.
Serviços de busca e resgate ativos
Autoridades informaram que esforços de busca e resgate estão em andamento na Flórida depois que tornados perigosos devastaram a região. As informações são do Estadão Conteúdo
Antes mesmo de chegar à costa, vários tornados gerados pelo Milton atingiram a Flórida. Três escritórios do Serviço Nacional de Meteorologia da Flórida em Miami, Tampa e Melbourne emitiram mais de 130 alertas de tornado associados ao furacão Milton até a noite desta quarta-feira.
O chefe de polícia de St. Lucie, Keith Pearson, relatou a morte de moradores com a passagem dos tornados. Em entrevista à WPBF News, Pearson, não detalhou qual seria o número de vítimas no local.
Cerca de 125 casas foram destruídas antes do furacão chegar à costa, muitas delas casas móveis em comunidades para idosos, disse Kevin Guthrie, diretor da Divisão de Gerenciamento de Emergências da Flórida. (Com agências internacionais).
Fonte: Tribuna do Norte