Foto: Instagram/@amigosdajubarte
Uma aparição rara surpreendeu pesquisadores do projeto Amigos da Jubarte no Espírito Santo. Em 21 de junho, um tubarão-baleia – considerado o maior peixe do mundo – foi flagrado na costa de Vila Velha, ao lado da embarcação usada pelo grupo.
Apesar da aparição ter sido em junho, as imagens foram divulgadas pelos pesquisadores apenas nesta semana, depois de passarem por uma análise em laboratório. Na checagem, feita através de imagens de drones, foi confirmado que o animal tratava-se de um tubarão-baleia, com cerca de 8 metros de comprimento.
O tubarão-baleia é uma espécie de tubarão da ordem dos orectolobiformes e a maior existente conhecida. A espécie recebe esse nome devido à combinação de características dos tubarões e das baleias — como, por exemplo, ser um peixe cartilaginoso, como os tubarões, e se alimentar por filtração, como algumas baleias.
Apesar de seu tamanho, que pode chegar a 12 metros de comprimento, o tubarão-baleia não representa nenhum perigo para os seres humanos. São peixes dóceis e, no caso dos mais jovens, podem até brincar com mergulhadores.
Atualmente, não há estimativa da população global de tubarões-baleia. A espécie, no entanto, é considerada ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) devido aos impactos da pesca e colisões com navios. Em 2018, o tubarão também foi incluído no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Aparição em 2023
A última vez que um tubarão-baleia apareceu no Espírito Santo foi em março de 2023, mas já morto. A carcaça do tubarão, de 11,6 metros de comprimento e 12 toneladas, foi encontrada por moradores na Baía de Vitória.
Análises feitas pelo Instituto Orca, Ambipar e Projeto Baleia Jubarte (PBJ) apontaram que o tubarão estava saudável e bem nutrido. Também não foram encontrados materiais como plástico ou borracha no estômago do animal. Com isso, os pesquisadores disseram que o tubarão deve ter morrido dias antes e trazido para a baía pelas correntes marítimas.
Fonte: Ponta Negra News