Foto: Dylan Martinez/Reuters

Após ser vítima de um ataque cometido pelo ex-companheiro, a maratonista ugandesa Rebecca Cheptegei morreu nesta quinta-feira (5). A atleta tinha 33 anos e foi um dos nomes que disputaram os Jogos Olímpicos de Paris em agosto, terminando na 44ª posição. Ela deixa duas filhas, com quem morava em uma casa construída na localidade de Endebess, no Quênia, a 25 km da fronteira com Uganda.

A morte de Rebecca Cheptegei acontece quatro dias após ela ser vítima de feminicídio pelo ex-companheiro. O suspeito, identificado como Dickson Ndiema Marangach, invadiu a casa da atleta no domingo (1º) e colocou fogo em seu corpo.

A morte da maratonista foi confirmada por Kimani Mbugua, diretor da UTI do Moi Teaching and Referral Hospital (MTRH) na cidade de Eldoret, no Quênia. Ela morreu por volta das 5h30. “Os ferimentos cobriam a maior parte de seu corpo. Isso levou à falência de múltiplos órgãos. Fizemos o nosso melhor, mas não tivemos sucesso”, disse.

O novo caso de feminicídio no mundo do atletismo gerou repúdio. O presidente do Comitê Olímpico de Uganda, Donald Rukare, denunciou em uma mensagem na rede X, atingo Twitter, que esse foi “um ato covarde e sem sentido que provocou a perda de uma grande atleta”. “Condenamos de modo veemente a violência contra as mulheres”, afirmou.

A confederação de atletismo do Quênia, a ‘Athletics Kenya’, afirmou que “a morte prematura e trágica é uma perda profunda” e exigiu “o fim da violência de gênero”.

Fonte: Tribuna do Norte