GOVERNO LULA VAI LIBERAR SALDO DO FGTS DE DEMITIDOS QUE ADERIRAM AO SAQUE-ANIVERSÁRIO 

Foto: Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai editar uma Medida Provisória (MP) autorizando a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os trabalhadores que foram demitidos e não puderam acessar o saldo retido na conta por terem aderido à modalidade de saque-aniversário.

A reportagem apurou que a medida valerá apenas para os trabalhadores demitidos que têm saldo retido até a data de publicação da MP. Ou seja: quem for demitido depois da edição da medida não poderá ser beneficiado pela proposta.

Os trabalhadores que comprometeram os recursos com empréstimos bancários – por meio da chamada “antecipação” do saque-aniversário – e, portanto, não têm saldo em conta, não serão abarcados pela MP, que deve ser publicada nos próximos dias.

O que é o saque-aniversário?

O saque-aniversário foi criado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e entrou em vigor em 2020. O trabalhador que opta por essa modalidade pode sacar anualmente, no mês de aniversário, parte do seu saldo de FGTS. Em caso de demissão, no entanto, o saldo fica bloqueado para rescisão sem justa causa e só é possível acessar a multa rescisória – diferentemente da modalidade de saque-rescisão, em que é permitido, neste caso, recuperar todo o dinheiro do FGTS.

No saque-aniversário, para resgatar os valores que restaram, o trabalhador demitido precisa aguardar dois anos. É justamente este saldo que a MP pretende liberar.

O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, recebeu um convite do Palácio do Planalto para uma reunião amanhã com as centrais sindicais para discutir o tema do FGTS. Em nota, a CUT lembra que a liberação do FGTS dos trabalhadores que foram demitidos e não conseguiram acessar o dinheiro da rescisão porque optaram pelo saque-aniversário é uma demanda das centrais.

“Sacar o FGTS é um direito do trabalhador, que pode usar esse dinheiro para pagar suas contas, fazer compras, consumir e, dessa forma, se injeta mais dinheiro na economia”, defende Nobre.

Desde que assumiu o cargo, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defende a ideia de pôr fim ao saque-aniversário. Um dos pontos mais criticados por ele era, inclusive, a impossibilidade de que os trabalhadores que aderiram à modalidade têm de acessar o fundo no momento da demissão. A proposta, no entanto, enfrenta grande resistência por parte dos bancos.

Novo consignado privado

O novo formato do consignado privado, já anunciado pelo governo e que vai atender os trabalhadores com carteira assinada com desconto direto no salário, chegou a ser visto pelo Ministério do Trabalho como uma substituição ao saque-aniversário – o que não vingou.

As instituições financeiras e o Poder Executivo passaram a discutir a possibilidade, inclusive, de ampliar o uso do FGTS como garantia no empréstimo consignado, medida criticada por Marinho.

Hoje, o trabalhador titular do FGTS pode oferecer como garantia até 10% do saldo de sua conta vinculada ao fundo – e, em caso de demissão, pode ser oferecida ainda a totalidade da multa de 40% que é paga pelo empregador no ato da dispensa.

Fonte: Estadão

NÓS VAMOS PROCURAR O GOVERNO DOS EUA E NEGOCIAR, DIZ ALCKMIN SOBRE TAXAS

Foto: reprodução

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que existe espaço para negociar a taxação de 25% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à importação de aço e alumínio.

A taxação é algo natural, o comércio exterior é sempre um ‘toma lá da cá’. […] Mas nós vamos procurar o governo norte-americano e negociar, trabalhar. Da outra vez [primeiro mandato de Trump] já houve isso, aí foi estabelecido uma cota para o aço. Então, existe espaço para negociar”, disse Alckmin.

Ainda foi avaliado pelo vice-presidente que a balança comercial entre Brasil e Estados Unidos é bastante equilibrada, inclusive com superávit aos norte-americanos.

Se a gente pegar Brasil e Estados Unidos, a balança é equilibrada. Nós exportamos US$ 40 bilhões e eles US$ 40,7 bilhões. Além disso, dos dez produtos que eles mais vendem para nós, oito possuem alíquota zero, são ex-tarifário”, explicou.

No início de fevereiro, Trump anunciou tarifas de até 25% para todo o aço e alumínio importado pelos Estados Unidos com o intuito de fortalecer o mercado nacional.

A medida trouxe impactos ao Brasil, já que o país é o segundo maior exportador de aço ao país.

Fonte: CNN

PREÇO DO OVO AUMENTA 70% NO MÊS DE FEVEREIRO EM NATAL, APONTA PROCON  

Foto: Romildo de Jesus/Estadão Conteúdo/ARQUIVO

O preço médio do ovo em Natal aumentou 70% no mês de fevereiro em comparação com o mês de janeiro, segundo uma pesquisa do Procon Natal. A bandeja com 30 ovos, segundo o órgão, passou a ser vendida, em média, a quase R$ 30.

“Diante das pesquisas que já foram iniciadas, conseguimos de fato observar um aumento, de antemão, abusivo. Com uma média acima de 70%. Quando encontrávamos, até semana passada, a bandeja de ovos com valor de R$ 17,50, hoje o consumidor encontra no mercado a bandeja a quase R$ 30”, disse o diretor técnico do Procon Rennan Nunes.

O Procon informou que iniciou uma pesquisa em mais de 20 estabelecimentos da capital potiguar para avaliar ofertas do preço do produto – a diferença de preço em alguns desses locais chegava a 50%. O Procon também informou que busca entender se há justificativas para o aumento.

No momento não estamos em um período sazonal, no qual a gente identifica que natualmente ocorre o aumento de alguns produtos, de algumas mercadorias, em virtude do período. Que não é o caso dos ovos de galinha“, disse Rennan Nunes.

O aumento do preço tem sido sentido pelos consumidores. A aposentada Oneide Araújo, por exemplo, desistiu nesta semana de comprar uma bandeja de ovos ao perceber que o preço estava acima de R$ 28.

“Caríssimo, caríssimo. Vou passar pelo outro lado [do corredor]. Não vou levar. Muito grande [o aumento]”, lamentou.

A dona de casa Ioneide Bezerra disse que percebeu o aumento no preço da bandeja de ovos no supermercado na última semana, além de outros produtos.

“Eu comprava na faixa de R$ 18, R$ 20. Mas não é só o ovo que está caro né. O café subiu, está tudo caro”, lamentou

Há justificativa?

O presidente da Associação de Supermercados do Rio Grande do Norte, Gilvan Mikelyson, disse que o aumento na exportação e o clima desfavorável – com calor excessivo -, que culminou com uma menor produção, contribuíram para um aumento no preço.

Isso vem em virtude de aumento na exportação. Nós tivemos uma gripe aviária nos EUA que favoreceu a exportação de mais de 220 toneladas que saíram no mês passado do nosso país para os EUA“, disse.

E o aumento das temperaturas. A galinha tem um ambiente favorável à produção em torno de 28ºC. As áreas produtivas estão acima de 30ºC, 32ºC, 33ºC. As galinhas são bastante sensíveis e isso também diminui a produção”, concluiu.

Para o economista Janduir Nóbrega, é pouca a probabilidade do preço baixar no próximo trimestre. Apesar disso, ele não acredita também em um grande aumento do valor, que deve se estabilizar.

Para o ano, a probabilidade desse preço se equilibrar e vir mais pra baixo existe e é possível acontecer. Mas nesse próximo trimestre é pouco provável que aconteça uma queda grande”, disse.

O que pode acontecer é a gente ter uma diminuição nos valores de subida, porque chega uma hora que o próprio mercado não suporta mais aquele preço e ele tende a se estabilizar”.

Fonte: g1RN

COMERCIANTES ESPERAM ALTA NAS VENDAS DE FANTASIAS EM NATAL  

Foto: Alex Régis

Com vários blocos pelas ruas e diversas outras prévias de Carnaval já animando a folia em Natal, vendedores ambulantes da capital iniciaram as tradicionais vendas de fantasias infantis e de adultos para 2025. Para este ano, a expectativa dos trabalhadores é aumentar entre 15 e 30% as vendas em relação ao ano passado. Na avenida Antônio Basílio, zona Leste, as vendas foram efetivamente iniciadas nesta segunda-feira (17). Na capital, o Carnaval de Natal começará oficialmente na próxima quinta-feira (27), com o tradicional Baile de Máscaras.

Na capital potiguar, os pontos mais tradicionais de vendas desses adereços são na Avenida Antônio Basílio e nas imediações da Av. Roberto Freire, no Cidade Jardim. Há ainda pontos de vendas na zona Norte e também no bairro do Alecrim. Para este ano, há fantasias com preços entre R$ 30 a R$ 130, além de itens como chapéus, sprays, espumas, tintas, confetes, entre outros.

Segundo vendedores ouvidos pela TRIBUNA DO NORTE, o fato do Carnaval ser no começo de março pode ser considerado um ponto positivo, uma vez que, com a volta às aulas e as festinhas de Carnaval nas escolas, as vendas são impulsionadas. Porém, alguns lojistas temem o fato da festividade ser justamente no final do mês, quando parte dos trabalhadores não recebeu seus salários.

“Estamos com uma expectativa boa, porque quando o Carnaval é em março é melhor para as vendas. Em fevereiro o pessoal ainda está se recuperando de dezembro. Quando o Carnaval é em março as escolas já fazem as festinhas”, explica a vendedora Maria Renata Alves, 43 anos, que trabalha com adereços há 10 anos, seguindo tradição da família, que já trabalha com os produtos há décadas.

Quem também nutre expectativas positivas para este ano é Heriberto Fernandes, 66 anos, dono de uma banca há 42 anos. “As vendas estão começando agora, então ainda está pingando. Mas as expectativas estão boas. Quando o Carnaval é no começo do mês, o pessoal vai recebendo dinheiro, os colégios estão começando, então aumentam as vendas”, cita.

Entre as principais fantasias à venda no comércio local estão roupinhas de super-heróis, personagens de desenhos animados, princesas e figuras de jogos de videogame e filmes. “A expectativa é de que possamos vender tudo. Estamos percebendo que o pessoal está mais interessado, tanto pela internet quanto aqui nas vendas presenciais”, explica Aldacir Costa, 61, que trabalha com vendas de adereços carnavalescos desde 1991.

Fonte: Tribuna do Norte

PREÇO DO CAFÉ DISPARA EM NATAL E MAIS DO QUE DOBRA EM UM ANO

Foto: Adriano Abreu

A expressiva elevação no preço do café fez os consumidores de Natal começarem 2025 gastando mais que o habitual. Em comparação ao mês de janeiro de 2024, quando o café (250g) custava em média R$ 7,85 na cesta básica, o produto teve um aumento de aproximadamente 123,31% no mesmo período deste ano, com o valor do café chegando em média a R$ 17,53, segundo dados do Instituto Municipal de Proteção de Defesa do Consumidor de Natal (Procon Natal).

O economista, Helder Cavalcanti, explica que os principais fatores que ocasionaram essa elevação de preços foram problemas de seca e de queimadas nas safras, gerando queda na produção e fazendo com que o produto tenha mais demanda. Países como Estados Unidos e China também estão em busca de café para exportação.

É a lei da oferta e da procura. Evidentemente, o preço, à medida que alguém oferece um valor maior, vai sempre levar o produto”, falou o economista, ressaltando que a expectativa é que os preços continuem elevados de acordo com as condições climáticas e comprometimento das safras.

Fonte: Tribuna do Norte

RN FECHA ÚLTIMO TRIMESTRE DE 2024 COM 5ª MAIOR TAXA DE DESEMPREGO DO BRASIL, APONTA IBGE

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O Rio Grande do Norte teve a 5ª maior taxa de desemprego, do Brasil no último trimestre de 2024. Os dados estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última semana.

Pernambuco (10,2%), Bahia (9,9%), Distrito Federal (9,1%) e Amapá (8,7%) foram os quatro primeiros na taxa de desocupação no período entre os meses de outubro, novembro e dezembro de 2024.

Seguindo o padrão internacional, para permitir a comparação dos dados do Brasil com os de outros países, o IBGE considera como desocupadas as pessoas que não trabalham, mas estão ativamente em busca de uma oportunidade. A taxa de desocupação, por sua vez, popularmente conhecida como taxa de desemprego, é o percentual de desocupados dentro do grupo de pessoas que estão na força de trabalho do país (saiba mais AQUI).

Em comparação com o trimestre anterior de 2024, o RN apresentou uma queda de 0,3% na taxa de desemprego, saindo de 8,8% para 8,5%, indicando estabilidade.

A pesquisa apontou ainda que o rendimento médio mensal no trabalho principal no 4ª trimestre no RN foi de R$ R$ 2.609,00 – havendo uma redução de R$ 14,00 se comparado ao 3º trimestre de 2024 (R$ 2.623,00).

Em dados gerais estimados, segundo o IBGE, dos 2,98 milhões de pessoas da população potiguar em idade de trabalhar (14 anos de idade ou mais), 1,59 milhão estavam na força de trabalho, sendo 1,462 milhão ocupados e 137 mil desocupados.

Já na capital Natal a taxa de desocupação no 4º trimestre foi de 6,8%, apresentando uma redução de 1,5 ponto percentual em relação a trimestre anterior.

Fonte: g1RN

MERCADO ESPERA CORTE DE R$ 35 BI NO ORÇAMENTO PARA ATINGIR DÉFICIT 0

Enquanto novas medidas fiscais não são apresentadas pela equipe econômica, o mercado financeiro vislumbra um corte de cerca de R$ 35 bilhões para o cumprimento da meta de resultado primário de 2025. Assim como em 2024, a meta deste ano é de déficit zero (ou seja, receitas equiparadas às despesas).

A estimativa já considera os efeitos do pacote fiscal aprovado no fim do ano passado. O corte deverá vir na forma de bloqueio e/ou contingenciamento e será apresentado no Relatório de Avaliação de Despesas e Receitas Primárias do 1º bimestre, em 22 de março.

Entenda

Tecnicamente, bloqueio e contingenciamento são duas coisas diferentes, embora geralmente usadas como sinônimos, por significaremretenção de gastos públicos. Enquanto ocontingenciamento guarda relação com as receitas, obloqueio é impactado pelas despesas.

Por meio do uso desses instrumentos da política fiscal, o mercado monitora se a União será capaz de cumprir a meta fiscal apresentada no Orçamento de cada ano. Para 2025, a meta é de déficit zero.

Como há um intervalo de tolerância (banda) de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), a meta será atingida mesmo se for registrado um rombo de até R$ 30,9 bilhões nas contas públicas.

Mercado trabalha com um número na casa dos R$ 30 bilhõesQualquer valor abaixo disso poderá gerar frustrações para esses agentes financeiros.

No fim de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “não há rombo fiscal” nas contas públicas do país e gerou mau humor no mercado. O petista destacou que, “se depender de mim, não tem outra medida fiscal”.

Apesar das palavras do presidente, a equipe econômica tem recebido indicações de que precisa acenar para a responsabilidade fiscal e reforçar o compromisso com as metas estabelecidas.

Entre os alertas que têm soado para o governo, está a previsão do Banco Central (BC) de que a meta de inflação não será cumprida no primeiro semestre deste ano, até junho, segundo o novo regime de metas.

A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, e não mais por ano-calendário — ou seja, o índice é apurado mês a mês. Nesse regime, se a inflação acumulada em 12 meses ficar fora desse intervalo por seis meses seguidos, a meta é tida como descumprida.

Em 2025, o centro da meta é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual, sendo 1,5% (piso) e 4,5% (teto). Ela será considerada cumprida se oscilar entre esse intervalo de tolerância. O mercado projeta uma inflação de 5,51% neste ano.

Também foram defendidas pelo banco medidas estruturais de contenção de despesas, além da eliminação do que chama de “manobras” para contornar as regras fiscais.

Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, estima para este ano um déficit de 0,59% do PIB, ou R$ 75,1 bilhões, o que possibilitará o cumprimento da meta fiscal. Nesse cálculo, estão desconsiderados os precatórios excedentes de R$ 44,1 bilhões. O cenário também leva em conta o intervalo inferior da meta de déficit de R$ 31 bilhões.

“A persistência do déficit até 2026, seguida de sua redução gradual, manterá a trajetória de aumento da dívida pública até 2034, sem que se vislumbre estabilidade no horizonte considerado. A dívida bruta parte de 76% do PIB, em 2024, para quase 83% do PIB, em 2026, e ultrapassará 95% do PIB, em 2033”, avalia Salto.

Orçamento de 2025

O relatório bimestral que deverá trazer indicações de cortes será apresentado pouco depois da possível data de votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que deverá ser apreciado no início de março, após o feriado de Carnaval.

A equipe econômica precisa encaixar dentro das regras fiscais programas que estavam sendo colocados à parte, como o Pé-de-Meia e o auxílio-gás. A tentativa de desconsiderar essas despesas do Orçamento foi criticada intensamente pelo mercado e foi um dos fatores que contribuíram para abalar a credibilidade do governo entre o fim do ano passado e o início deste ano.

Fonte: Metrópoles

CAI O NÚMERO DE ENDIVIDADOS NO PAÍS, APONTA ENTIDASE DO COMÉRCIO   

Foto: José Aldenir – Agora RN

Pelo segundo mês consecutivo, o percentual de famílias endividadas caiu no país, chegando a 76,1%, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O resultado de janeiro representa uma queda de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro e de 2 p.p. no comparativo com o mesmo período em 2024.

Em janeiro, 20,8% dos brasileiros destinaram mais da metade dos rendimentos às dívidas, o maior percentual desde maio de 2024. Em média, as famílias destinaram 30% dos ganhos para esta finalidade, um aumento de 0,2 p.p.. O estudo mostrou o crescimento da percepção de endividamento, com 15,9% da população considerando estar “muito endividada”, contra 15,4% no final do ano passado.

Os juros elevados e a seletividade do crédito fazem com que os consumidores procurem fazer menos dívidas e, como efeito adverso, aumentam sua percepção de endividamento. A leve melhora da inadimplência indica que houve um esforço nas casas brasileiras para equilibrar suas finanças, mas o comprometimento crescente da renda acende um sinal de alerta para a economia em 2025”, avalia o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

Segundo a entidade, como consequência dessa preocupação crescente, menos famílias estão com dívidas em atraso. Elas agora representam 29,1%, diante dos 29,3% de dezembro. O percentual daquelas que não têm condições de pagar o que devem também teve recuo mensal, de 13% para 12,7%. Apesar disso, os resultados ainda se mantêm acima dos patamares observados em janeiro de 2024, de 28,3% e 12%, respectivamente.

Apesar da queda do endividamento, as dívidas estão consumindo uma parcela maior da renda das famílias brasileiras, especialmente por causa dos juros altos e prazos mais curtos. Esse cenário pode manter a inadimplência em patamares elevados nos próximos meses”, explica o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.

A pesquisa também analisou o endividamento por faixa de renda. Houve queda de 0,8 p.p. entre as famílias que recebem mais de dez salários mínimos (65,3%) e de 1 p.p. entre as que ganham até três salários mínimos (79,5%), no comparativo com dezembro.

As famílias mais vulneráveis – até 3 salários mínimos – representaram o único grupo cujo percentual de endividamento aumentou, na comparação com janeiro de 2024 (79,2%).

Já a saída da inadimplência demonstra ser um caminho mais longo. A redução da parcela de consumidores com dívida em atraso ocorreu apenas entre os que ganham de três a cinco salários mínimos, saindo de 28,1% em dezembro para 27,5%. No decorrer de 1 ano, houve alívio apenas na faixa entre cinco e dez salários mínimos, com o índice caindo de 22,7% para 22%.

O cartão continua sendo a principal modalidade de crédito utilizada pelos consumidores, atingindo 83,9% do total de devedores, mesmo com a retração de 2,9 p.p., na comparação anual. Em contrapartida, destacam-se o crédito pessoal, com um aumento de 1,3 p.p., atingindo 10,9%, e os carnês, com crescimento de 0,6 p.p. em relação a 2024, chegando a 16,8%.

Apesar da recente melhora dos índices de endividamento e inadimplência, a CNC alerta que o endividamento das famílias pode voltar a crescer ao longo do ano. Os percentuais devem começar a subir a partir de março, fechando 2025 com 77,5% das famílias brasileiras endividadas e 29,8% inadimplentes.

A necessidade de recorrer ao crédito para consumo, somada à manutenção de juros elevados, deve tornar a gestão financeira um desafio ainda maior para os consumidores brasileiros”, disse o economista Felipe Tavares.

Fonte: Agora RN

MÉDIA DA CARNE DE PRIMEIRA EM NATAL EM JANEIRO É DE R$ 51,22/KG; AUMENTO FOI DE 3,21%

O preço médio da carne de primeira em Natal fechou janeiro em R$ 51,22/kg, registrando um aumento de 3,21% em relação a dezembro. O reajuste seguiu a tendência de alta da cesta básica, que subiu 2,95% no mês, chegando ao valor médio de R$ 441,63. Os dados são da Pesquisa de Preços da Cesta Básica realizada pelo Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal), que monitora os valores de 40 produtos essenciais nos supermercados da capital potiguar​.

Além da carne de primeira, outros itens da cesta básica também tiveram aumento significativo. Um dos maiores aumentos identificados, foi no café moído e torrado de 250g, que subiu 17,85%, chegando a média de R$ 17,53. No setor de hortifrúti, o tomate ficou 16,75% mais caro, assim como a cebola (+24,83%) e banana (+7,13%). Entre os grãos e óleos, o feijão-carioca teve alta de 1,99%, enquanto o óleo de soja subiu 0,82%.

A pesquisa também mostrou variações no custo da cesta básica conforme o tipo de estabelecimento. Os hipermercados registraram o maior preço médio, R$ 474,90, enquanto nos supermercados de bairro o valor foi R$ 439,07. Já os atacarejos mantiveram a menor média, R$ 414,59.

No acumulado dos últimos 12 meses, a cesta básica em Natal já subiu 6,63%, o que representa um acréscimo de R$ 31,52 para o consumidor em relação a janeiro de 2024, quando o valor médio era de R$ 416,11.

Diante dos aumentos, o Procon Natal reforça a necessidade de pesquisa antes da compra. “As variações de preço entre os estabelecimentos podem representar uma economia significativa no orçamento doméstico. A recomendação é que os consumidores comparem os valores e busquem promoções para minimizar os impactos da inflação”, destacou o órgão.

Os dados completos da pesquisa estão disponíveis no site do Procon Natal.

 

Fonte: Tribuna Do Norte

ALIMENTOS DEVEM FICAR MAIS CAROS NO RN COM ALTA DOS COMBUSTÍVEIS

O reajuste do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis, que entrou em vigor no último sábado (1º), deve impactar também a cadeia de produção de alimentos no País e provocar novos aumentos de preços nas prateleiras dos supermercados. No Rio Grande do Norte, segundo fontes ouvidas pela reportagem, os hortifrutigranjeiros devem ser os mais impactados, mas não apenas eles. Em todo o Brasil, as carnes, que registraram alta de R$ 20,8%, conforme o IBGE, também devem ser afetadas.

O efeito acontece mais especificamente em razão da alta do diesel, de R$ 0,06, o que representa um reajuste de 5%. O aumento do preço do diesel influencia diretamente na cadeia de produção de alimentos por causa do transporte de mercadorias, feito essencialmente por rodovias. Não só os fretes são impactados, mas também tratores, colheitadeiras e vários outros equipamentos utilizados no meio rural para a produção de alimentos.

Toda a cadeia será impactada, uma vez que o diesel está presente em todos os insumos básicos, desde a logística até o deslocamento. No Rio Grande do Norte, os hortifrutigranjeiros serão os itens mais afetados, com destaque para aqueles produzidos mais distantes de Natal e região. Os alimentos que não são produzidos no cinturão verde da Região Metropolitana ficam mais caros devido ao aumento do custo de transporte. Alimentos industrializados fabricados fora do estado também sentirão os efeitos, impactando praticamente toda a cadeia de consumo.

Itens como frutas, verduras, legumes e produtos de granjas devem continuar subindo de preço. Os aumentos não deverão demorar para aparecer, podendo ser percebidos já nesta semana, já que o aumento do combustível costuma impactar imediatamente o consumo.

O setor de supermercados acompanha com preocupação mais este reajuste. Em 2024, houve uma redução de vendas, e a expectativa é que as altas nos preços sejam observadas dentro de 15 a 20 dias, devido aos estoques que permitem segurar os valores temporariamente. Ainda não há um cálculo exato de quanto será o impacto, mas produtos perecíveis, abastecidos semanalmente, já deverão ter uma precificação diferenciada devido ao aumento do frete.

Os aumentos do diesel serão repassados às transportadoras e, consequentemente, aos clientes e ao setor de comércio de bens e serviços. Esse impacto se estenderá também ao setor de alimentação fora do domicílio, tornando-se mais um desafio para o setor econômico.

Fonte: 98 FM