ANEEL ACIONA BANDEIRA VERMELHA 2 EM OUTUBRO E CONTA DE LUZ FICARÁ MAIS CARA

Foto: Agência Brasil 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira (27) que a bandeira tarifária será vermelha, patamar 2, em outubro. Essa é a mais cara do sistema de bandeiras, que significa uma cobrança extra nas contas de luz e sinaliza o custo “real” da energia para o consumidor.

Na bandeira vermelha patamar 2 são cobrados R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Isso passará a valer a partir do dia 1º de outubro e vai até o fim do mês.

Os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram influenciados pelas previsões poucas chuvas nos reservatórios das hidrelétricas e pela elevação do preço do mercado de energia elétrica ao longo do mês de outubro.

Uma sequência de bandeiras verdes foi iniciada em abril de 2022 e interrompida em julho de 2024 com bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto e a vermelha, patamar 1, em setembro.

Para setembro, inicialmente, a Aneel havia decidido pela bandeira vermelha nível 2. Mas voltou atrás, após revisão de dados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e estabeleceu a bandeira vermelha 1, com a cobrança de R$ 4,463 para cada 100 quilowatt-hora consumidos.

O acionamento das bandeiras tarifárias ocorre toda vez em que a previsão de chuvas para determinado período fica abaixo da média, o que afeta diretamente a geração de energia hidrelétrica no país.

O custo mais elevado nas contas de luz é resultado do acionamento das termelétricas nos momentos de pico de consumo.

As regiões Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por 70% da capacidade de armazenamento dos reservatórios do país enfrentam uma seca severa. Para evitar falta de energia ou racionamento, o governo federal adotou algumas medidas, como represensamento da água dos reservatórios dessas regiões e do Norte.

O governo também cogita decretar a volta do horário de verão, medida recomendada pelo ONS para dar um fôlego ao sistema.

Fonte: Agência Brasil

BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA GASTARAM R$ 3 BI EM BETS EM AGOSTO

Foto: Reprodução

Parte dos recursos dos programas sociais está indo parar nas casas de apostas. Segundo nota técnica elaborada pelo Banco Central (BC), os beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em bets (empresas de apostas eletrônicas) via Pix em agosto.

O levantamento foi feito a pedido do senador Omar Aziz (PSD-AM), que pretende pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) que entre com ações judiciais para retirar do ar as páginas das casas de apostas na internet até que elas sejam regulamentadas pelo governo federal.

Segundo a análise técnica do BC, cerca de 5 milhões de beneficiários de um total aproximado de 20 milhões fizeram apostas via Pix. O gasto médio ficou em R$ 100. Dos 5 milhões de apostadores, 70% são chefes de família e enviaram, apenas em agosto, R$ 2 bilhões às bets (67% do total de R$ 3 bilhões).

O relatório inclui tanto as apostas em eventos esportivos como jogos em cassinos virtuais.

O volume apostado pelos beneficiários do Bolsa Família pode ser maior. Os dados do BC incluem apenas as apostas via Pix, não outros meios de pagamento como cartões de débito e de crédito e transferência eletrônica direta (TED). O levantamento, no entanto, só registrou os valores enviados às casas de apostas, não os eventuais prêmios recebidos.

O BC também estimou o valor mensal gasto via Pix pela população em apostas eletrônicas. O volume mensal de transferências para bets variou entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões. Somente em agosto, o gasto somou R$ 20,8 bilhões, mais de dez vezes o R$ 1,9 bilhão arrecadado pelas loterias oficiais da Caixa Econômica Federal.

Em agosto, o Bolsa Família pagou R$ 14,12 bilhões a 20,76 milhões de beneficiários. O valor médio do benefício no mês ficou em R$ 681,09.

Declarações
Em evento organizado por um banco nesta manhã em São Paulo, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que as transferências via Pix para apostas triplicaram desde janeiro, crescendo 200%. Ele manifestou preocupação que o comprometimento da renda, principalmente de camadas mais pobres, com as bets prejudique a qualidade do crédito, por causa de um eventual aumento da inadimplência.

A correlação entre pessoas que recebem Bolsa Família, pessoas de baixa renda, e o aumento das apostas tem sido bastante grande. A gente consegue mapear o que teve de Pix para essas plataformas e o crescimento de janeiro pra cá foi bastante grande. A gente pega o ticket médio e subiu mais de 200%. É uma coisa que chama atenção e a gente começa a ter a percepção de que vai ter um efeito na inadimplência na ponta”, comentou Campos Neto.

Na semana passada, o Ministério da Fazenda anunciou a suspensão das bets que não tiverem pedido, até 30 de setembro, autorização para operar no país. Na ocasião, o ministro Fernando Haddad comentou que o país enfrenta uma pandemia de apostas on-line.

[A regulamentação] tem a ver com a pandemia [de apostas eletrônicas] que está instalada no país e que nós temos que começar a enfrentar, que é essa questão da dependência psicológica dos jogos”, disse Haddad. “O objetivo da regulamentação é criar condições para que nós possamos dar amparo. Isso tem que ser tratado como entretenimento, e toda e qualquer forma de dependência tem que ser combatida pelo Estado.

Fonte: Portal 98FM

VOLTA DO HORÁRIO DE VERÃO PODE GERAR ECONOMIA DE R$ 400 MILHÕES, ESTIMA GOVERNO FEDERAL

Foto: Reprodução | Agência Brasil

A volta do horário de verão pode resultar em uma economia próxima a R$ 400 milhões para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), com uma diminuição de até 2,9% da demanda máxima de energia elétrica entre os meses de outubro a fevereiro. A estimativa foi divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que recomendou o retorno da medida na última quinta-feira (19).

Segundo nota técnica do ONS, a alteração no horário brasileiro durante o verão diminuiria o uso das termoelétricas e hidroelétricas. Isso resultaria em uma “redução de custo de combustível termoelétrico, para o horizonte de outubro/2024 a fevereiro/2025, de R$ 356 milhões no pior cenário hidrológico e R$ 244 milhões no melhor cenário hidrológico”.

“Em termos de contratação de reserva de capacidade, tomando por base os resultados do Leilão de Reserva de Capacidade de 2021, a economia anual, em termos de pagamento de receita fixa aos empreendimentos vencedores do leilão, foi cerca de R$ 1,8 bilhão por ano”, detalha o documento.

Além disso, o retorno resultaria em uma maior eficiência do SIN em horários de maior demanda, especialmente das 18h às 20h. “É nesse período que o sistema precisa lidar com os desafios da saída da geração solar centralizada e da micro e mini geração distribuída e do aumento da demanda por energia”, diz a nota técnica ao explicar que dados históricos mostram que o impacto positivo é especialmente percebido nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, além do SIN.

Fonte: Ponta Negra News

BRASIL TEM O 2º MAIOR JURO REAL DO MUNDO APÓS SELIC SUBIR A 10,75%

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Com a revisão para cima da Selic, em 10,75% ao ano, o Brasil se consolida na segunda posição do ranking de países com as maiores taxas de juros reiais do mundo, segundo relatório da MoneYou.

O país, com juros reais de 7,33%, fica apenas atrás da Rússia, primeira colocada com 9,05% de juros e acima de Turquia (5,47%), México (5,45%), Indonésia (4,37%) e Índia (3,08%).

Os juros reais são a conta considerando a taxa de juros descontada da inflação, e, mais do que a taxa bruta, é o número que de fato afeta a economia.

O cálculo considera tanto a inflação quanto os juros futuros, estimados pelo mercado para 12 meses à frente, já que é a tendência futura dessas duas variáveis o que realmente influencia tanto o andamento da economia quanto as decisões BC para a Selic.

Para a taxa brasileira, a metodologia usou a inflação projetada para os próximos 12 meses pelo mercado e coletada pelo Boletim Focus, que é de 4,1%. Também foi considerada a taxa de juros DI a mercado dos aproximados próximos 12 meses no vencimento mais líquido, em setembro de 2025.

Fonte: CNN

QUEIMADAS E ESTIAGEM PODEM ELEVAR PREÇOS DOS ALIMENTOS NO RN

Foto: Elisa Elsie/release

Em 2024, o Brasil está enfrentando um dos cenários mais severos de seca e queimadas dos últimos 44 anos, de acordo com levantamento do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). Além disso, a crise ambiental já tem repercussões econômicas em diversas regiões. Embora o Rio Grande do Norte não esteja entre os estados mais atingidos diretamente pelos incêndios florestais, os economistas alertam que o estado poderá sentir os reflexos dessa crise no futuro, especialmente na safra do próximo ano. Açúcar, feijão, café, soja, carne, laranja, melancia e hortaliças podem sofrer aumentos.

As queimadas têm efeitos tanto no meio ambiente quanto na agricultura, prejudicando florestas, áreas de preservação e zonas agrícolas, o que provoca consequências em culturas essenciais para a economia brasileira, como frutas, soja, café e cana-de-açúcar. O comprometimento da fertilidade do solo e a possibilidade de novos eventos extremos, como a estiagem atual, são fatores que preocupam os especialistas. A junção dos fatores climáticos, ambientais e meteorológicos acende um sinal de alerta para a subida de preço dos alimentos.

O economista Thales Penha diz que a dificuldade no plantio devido à falta de chuvas e às queimadas em outras regiões pode afetar a logística e a distribuição de alimentos no Rio Grande do Norte. “Neste ano, já enfrentamos um período de estiagem, que resultou em uma colheita inferior à do ano passado. No próximo ano, haverá custos adicionais para recuperar as terras afetadas, o que demandará mais tratamento de solo, gerando um aumento de despesas para os produtores. Algumas áreas podem se tornar impróprias para o cultivo, o que pode gerar custos no médio prazo”, explica.

Penha acrescenta que os efeitos deverão ser mais sentidos no setor de grãos e alerta sobre as mudanças climáticas. “O impacto será mais evidente no setor de grãos, especialmente no Centro-Oeste, que é a principal região produtora de grãos no Brasil, com destaque para a soja, o algodão e, em menor escala, a cana-de-açúcar em São Paulo. O grande risco atual para o agronegócio brasileiro está relacionado às mudanças climáticas. O Brasil, por estar em uma zona tropical, é uma das áreas que, segundo alguns estudos, será mais afetada pelo aumento das temperaturas e pela diminuição das chuvas”.

O economista Janduir Nóbrega diz que a combinação entre queimadas e estiagem é determinante para uma eventual alta dos preços dos alimentos. “Se tivermos um inverno mais seco do que molhado, o cenário se complicará. Isso vai gerar um impacto na produção primária. Ou seja, há uma probabilidade, hoje não muito clara, de uma redução na produção. Se essa redução for significativa, haverá uma tendência natural de elevação nos preços dos produtos, o que, consequentemente, impactará o desenvolvimento econômico como um todo”, analisa.

Produtos mais afetados
Um levantamento da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) mostra que alguns alimentos já enfrentam impactos significativos no País, que refletem a escassez de oferta e os prejuízos causados aos produtores.

Entre os produtos mais impactados estão o açúcar cristal e o refinado. Com extensas áreas de cultivo de cana-de-açúcar destruídas por incêndios, o preço do açúcar disparou na Bolsa de Valores. Esse aumento afetará tanto o mercado interno quanto as exportações, que correspondem a 75% da produção nacional. O Brasil, sendo o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, também lidera as exportações do setor, que já somam U$ 8,69 bilhões este ano. Outro alimento que enfrenta elevação de preço é o feijão, cuja alta estimada pode chegar a 40% até o fim do ano.

A pesquisa da Conafer aponta que frutas como laranja, melancia e banana também estão sofrendo com aumentos de preços. Segundo análise da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a previsão de uma safra menor e estoques baixos devem prolongar a alta nos preços. Além disso, a falta de regularidade das chuvas comprometeu o crescimento das bananas, enquanto a produção de melancia, principalmente em São Paulo e Goiás, foi prejudicada por condições climáticas extremas.

O preço da carne bovina deve subir devido à escassez de pasto seco, o que força os pecuaristas a complementar a alimentação do gado com ração, elevando os custos de produção. No atacado, a arroba do boi gordo pode aumentar em 2,47%. O impacto será sentido também no preço do leite e derivados, como manteiga e requeijão. Outro aspecto a ser considerado é o aumento na demanda por outras carnes, como suína e de frango.

Fonte: Tribuna do Norte

DINHEIRO ESQUECIDO: GOVERNO PODE RECOLHER ATÉ R$ 8,5 BI PARA FECHAR ORÇAMENTO

Foto: Sandro Menezes

Concluído e aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (12), projeto que prevê a reoneração gradual da folha de pagamentos de 17 setores da economia também autoriza o Governo Federal, entre outros pontos, a recolher até R$ 8,5 bilhões em recursos esquecidos em contas bancárias que não foram reclamados pelos titulares. O texto já foi aprovado pelo Senado irá a sanção do presidente Lula, o qual pode vetar trechos ou o projeto como um todo. A proposta tem como objetivo fechar o orçamento deste ano.

O Banco Central divulgou, na semana passada, que há R$ 8,56 bilhões esquecidos e disponíveis para resgate pelo Sistema de Valores a Receber (SVR). Os valores são referentes ao montante registrado até o final de julho.

Caso ocorra vetos, a decisão final será de responsabilidade do Congresso. Se aprovada pelo Executivo, os titulares dos valores esquecidos terão ate 30 dias para realizar o recolhimento. Após este prazo, os recursos serão direcionados ao Tesouro Nacional.

Depois dessa apropriação, o Ministério da Fazenda publicará no Diário Oficial da União a relação das contas, seus números, bancos em que estão e valores recolhidos. A partir dessa listagem, os titulares poderão contestar o recolhimento no prazo de 30 dias.

No caso de contestação indeferida, caberá recurso com efeito suspensivo ao Conselho Monetário Nacional, a ser apresentado em dez dias após o indeferimento. Embora o texto considere que a incorporação será definitiva se não houver contestação, concede prazo de seis meses para o requerente entrar na Justiça reclamando os recursos.

O prazo conta a partir da publicação da listagem ou, se houver decisão administrativa definitiva indeferindo a restituição, contará a partir da ciência dessa decisão pelo interessado.

Por outro lado, o texto permite também, em outro trecho, que o titular da conta reclame os recursos junto à instituição financeira até 31 de dezembro de 2027.

Expediente similar já foi utilizado por governo e Congresso na proposta de emenda à Constituição (PEC) da Transição, aprovada no fim de 2022. Na ocasião, a PEC autorizou o governo Lula a incorporar R$ 26 bilhões esquecidos por trabalhadores nas cotas do PIS/Pasep como receita primária – engordando os cofres públicos. O Tesouro seguiu o texto da lei e incorporou o valor no primário de 2023, mas o mesmo não foi feito pelo BC – gerando uma discrepância bilionária nas duas contabilidades.

Fonte: Tribuna do Norte

HADDAD DIZ QUE COM EFEITO DO CLIMA, INFLAÇÃO PREOCUPA UM POUQUINHO

 

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (11/9) que acompanha a evolução da questão climática, porque há efeitos sobre o preço dos alimentos e da energia.

Questionado por jornalistas sobre a deflação registrada em agosto e o fato de o mercado estar precificando alta de juros, no início de um ciclo de subida da taxa Selic, Haddad respondeu:

Vamos aguardar a semana que vem. A inflação preocupa um pouquinho, sobretudo em virtude do clima. Nós estamos acompanhando a evolução dessa questão climática, porque o efeito do clima sobre o preço de alimento e, eventualmente, o preço de energia faz a gente se preocupar um pouco com isso”.

Em seguida, ele ponderou que essa inflação advinda do fenômeno climático “não se resolve com juro”. “Juro é outra coisa. Mas, enfim, o Banco Central está com um quadro técnico bastante consistente para tomar a melhor decisão, e nós vamos aguardar o Copom da semana que vem”, salientou.

O ministro ainda frisou que a atividade econômica “continua vindo forte” e citou o dado do dia relativo ao setor de serviços, que cresceu 1,2% em julho, em relação ao mês anterior, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em agosto, a mudança de bandeira tarifária da energia foi o fator preponderante para explicar o resultado do recuo do grupo habitação. Já neste mês de setembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que será fixada a bandeira vermelha patamar 1, que resulta em acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 quilowatt-hora consumidos. Com isso, o preço deve voltar a subir.

Fonte: Metrópoles

GASOLINA ESTÁ 5% MAIS CARA EM TODAS AS REFINARIAS NO PAÍS DO QUE NO EXTERIOR

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com o recuo das cotações do petróleo no mercado internacional, os preços dos derivados da commodity no Brasil ficaram mais altos do que os praticados no Golfo do México – usados como parâmetro pelos importadores.

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina está 5% mais cara em todas as refinarias no País, mantendo as janelas abertas para importação. Para uma equiparação ao mercado internacional, seria necessário redução, em média, de R$ 0,16 por litro.

O mesmo acontece com o preço do diesel, puxado pela Refinaria de Mataripe, na Bahia, única unidade privada do País, com uma diferença de 3%. Nas unidades da Petrobras, o preço na média está estável, segundo a Abicom.

Fonte: Blog do BG

NOVA ETAPA DO PIX VAI PERMITIR PAGAMENTO POR APROXIMAÇÃO; ENTENDA COMO FUNCIONA

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil / Estadão

O Pix por aproximação está previsto para fevereiro de 2025. A partir dessa data, todas as instituições financeiras credenciadas ao BC deverão oferecer o serviço por meio das iniciadores de pagamento credenciadas.

Segundo o regulador, as pessoas só vão precisar cadastrar uma chave Pix em uma carteira digital habilitada —como Google Pay ou PicPay—, que permita fazer o pagamentos pelo celular ou relógio digital. A partir desse momento, será possível pagar em lojas físicas com o Pix por aproximação como se faz hoje com o cartão.

“É importante que a disponibilidade dessa nova forma de utilização do Pix se dê por meio da abertura do mercado à participação de diferentes players, estimulando a competição e ampliando o acesso das pessoas à funcionalidade”, diz Fernanda Garibaldi, diretora-executiva da Zetta, uma entidade fundada pelo Nubank e pelo Google para tratar de pagamentos online.

A entidade pleiteia que essa abertura deve estar prevista na regulação para que os impactos positivos esperados sejam de fato atingidos.

“Para manter a competitividade do setor, enxergamos como necessária a discussão quanto a operacionalização para que instituição participante do ecossistema possa realizar a transação, sem que seja preciso passar por wallets específicas e sem que sejam cobrados custos que impeçam que players menores acessem a tecnologia, trazendo mais autonomia e fomentando a inovação para aprimoramento da experiência dos usuários”, afirma Garibaldi.

Caso a Apple não abra seu sistema a carteiras digitais até fevereiro, a empresa pode estar sujeita a um processo no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

O PIX POR APROXIMAÇÃO É SEGURO?

De acordo com Wagner Martin, da Veritran, os protocolos do Pix por aproximação determinados pelo Banco Central devem garantir segurança para o cliente. Além da criptografia tradicional do NFC, o cliente terá de confirmar o pagamento com uma senha, token ou chave biométrica (digital ou reconhecimento facial).

“É um sistema baseado na tecnologia do iniciador de pagamentos que já está em uso pelo menos desde o ano passado e demonstrando integridade”, diz Martin.

Para o pesquisador-chefe da Kaspersky para América Latina, Fabio Assolini, ainda não há detalhes técnicos o suficiente para citar vulnerabilidades do Pix por aproximação. “Sempre há uma possibilidade de que um sistema seja explorado por malwares (vírus) —já que esse é um contato por aproximação, a vítima teria que estar perto do dispositivo do fraudador para que o malware possa automatizar essa transação.”

“Tudo vai depender do design do sistema de pagamentos, se haverá brechas ou facilidades para explorar algum ponto fraco no flow das transações — nem que seja o ponto mais fraco, que sempre será o usuário”, acrescenta.

O principal argumento da Apple para manter seu sistema de pagamento por aproximação fechado é a prevenção de fraudes. É um padrão de segurança por obscuridade, quando uma empresa não divulga informações técnicas de uma ferramenta, para deixar criminosos também no escuro.

Fonte: Folhapress

ANEEL AJUSTA BANDEIRA VERMELHA, E AUMENTO NA CONTA DE LUZ SERÁ MENOR

Foto: Custodio Coimbra

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mudou a bandeira tarifária nas contas de luz de setembro. No lugar de bandeira vermelha 2, foi acionada a bandeira vermelha 1. Dessa forma, o aumento nas contas de luz dos brasileiros neste mês será menor.

Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia dito que poderia haver uma revisão na decisão da agência.

A mudança foi causada por uma “correção” de informações do Programa Mensal de Operação (PMO), de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema (ONS).

Diante dessa alteração, a Aneel solicitou para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) avaliação das informações e recálculo dos dados, o que indicou o acionamento da bandeira vermelha patamar 1”, disse a Aneel em nota.

Além disso, a diretoria da Aneel definiu que serão instaurados processos de fiscalização para auditar os procedimentos dos agentes envolvidos na definição da PMO e cálculo das bandeiras.

Fonte: Blog do BG