MAIS DE 3 TONELADAS DE COCAÍNA INTERCEPTADAS EM OPERAÇÃO NO IATE CLUBE DE NATAL

Foto: Reprodução

Em setembro do ano passado, um veleiro de 17 metros de comprimento, ostentando a bandeira da Rússia e nomeado Albina, atracou no Iate Clube de Natal, Rio Grande do Norte. A bordo estavam dois homens, um russo que se apresentou como capitão e um tripulante lituano. Eles pagaram dois meses de estadia adiantados e deixaram o local logo após a chegada de uma jovem da Letônia, encarregada de cuidar da embarcação. Pouco depois, ambos fugiram do Brasil sem retornar.

O que parecia uma chegada comum escondia um plano internacional de tráfico de drogas. O veleiro, roubado na Croácia um ano antes e originalmente batizado de Mischief (“Travessura”, em português), seria usado para transportar mais de 3,5 toneladas de cocaína do Brasil para a Europa. O esquema foi frustrado pela Marinha do Brasil e pela Polícia Federal, que interceptaram a droga antes que fosse transferida para o veleiro.

A operação começou a desmoronar no dia anterior à chegada do veleiro, quando, na costa de Pernambuco, a Marinha interceptou o barco de serviço Palmares 1. A bordo, cinco homens foram flagrados com 3,6 toneladas de cocaína embaladas para transporte. Posteriormente, ficou provado que a carga seria destinada ao veleiro ancorado em Natal.

No dia seguinte à apreensão da droga, os tripulantes do veleiro deixaram o país às pressas, abandonando a embarcação e seus planos. A jovem letã, após ter o passaporte confiscado pela Polícia Federal, conseguiu recuperá-lo por meio de uma decisão judicial e também fugiu do Brasil.

A ação conjunta resultou na maior apreensão de cocaína pela Marinha brasileira em águas nacionais. Os cinco tripulantes do Palmares 1 foram presos em flagrante, mas os dois homens do veleiro e a mulher letã escaparam sem ser responsabilizados.

Informações de Jorge de Souza para o UOL

Fonte: Agora RN

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